segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

MOMENTOS DA SEMANA CATEQUÉTICA DAS PARÓQUIAS DE MOCOCA

A igreja São Lucas recebeu a Semana Catequética das paróquia de Mococa. Durante três noites os catequistas da cidade refletiram sobre temas práticos da vivência na catequese e os desafios dessa prática nos nossos dias pelas palavras de padre Nelbert. Na última noite aconteceu um forte momento de adoração ao santíssimo conduzidos pelos missionários da Comunidade Providência Santíssima. 

MOMENTOS DA SEMANA
Fotos: Geni Appolinário















sábado, 28 de janeiro de 2012

Entenda a Campanha da Fraternidade 2012

 “Fraternidade e Saúde Pública”
“Que a saúde se difunda sobre a terra”


    Uma vez mais nos aproximamos de um tempo propício para reflexão e conversão, a quaresma traz consigo os mistérios de nossa salvação. É preciso que estejamos com o coração lavado e renovado para celebrarmos os sofrimentos e a entrega de Cristo, culminando com a sua páscoa, pela qual fomos libertos da corrupção do pecado e da morte.
    Para aprimorar nossa reflexão e nortear nossas discussões a CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil propõe todos os anos nesse tempo litúrgico em especial, a Campanha da Fraternidade, com início a partir da celebração de quarta-feira de cinzas, realizada por todas as igrejas do Brasil, a fim cria ambiente favorável para o diálogo e mobilização social através de sues temas.

    Em 2012 nos é proposto refletir sobre a problemática da saúde pública em nosso país e no mundo. “Fraternidade e Saúde Pública”, com o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”. Discutiremos também o acesso dos idosos e mais necessitados à tratamentos humanizados e eficientes. A campanha da Fraternidade 2012 chega em boa hora, uma vez que, nos preparando para a década do esporte no país associada à pujança econômica, poucos projetos parecem abranger o setor da saúde e definitivamente deixou e ser prioridade pública, já que os planos de saúde nunca faturaram tanto, chegando ao patamar de 60% do total de investimentos no setor ser de origem privada. Talvez esse dado explique o descaso com a área, será que algum filho do alto escalão do Ministério da Saúde freqüenta as emergências dos hospitais públicos? Fica a dúvida...

    Se o Brasil almeja figurar entre as nações com melhores índices sociais no mundo, apesar da mudança no perfil econômico, está longe de alcançar a excelência na saúde. Nos últimos anos o país tem invertido apenas metade do que investem países como Canadá e Alemanha, cerca de 3,6% do PIB (soma de tudo que é produzido pela economia de um país), denunciando uma defasagem de quase 30 anos. Atrás de números insuficientes esconde-se um dos maiores projetos de saúde do mundo: o SUS – Sistema Único de Saúde, criado em 1988 e que desperta atenção de estudiosos do mundo inteiro por sua extensão e universalidade, porém existe um vão entre as aspirações e a realidade.


   No mesmo ano da criação do SUS foi promulgada a Constituição de 1988 que declara a saúde um direito do cidadão, o Brasil, como a maior parte dos vizinhos latino-americanos, tinha um sistema duplo, um primeiro voltado para trabalhadores com emprego formal e um segundo para o restante da população. Especialistas declaram que o governo deve mudar a forma com que gasta os orçamentos do Sistema de Saúde, sendo talvez um problema mais grave de gerência do que financeiro.

    A CF 2012 quer plantar a semente da mudança na opinião pública. Não devemos nos naturalizar com situações extremas de mortes inocentes e precariedades, as altas taxas de impostos têm o dever se serem revertidas em qualidade de vida aos cidadãos. Por questões de necessidades podemos terceirizar a educação, a segurança e até mesmo a saúde, mas não devemos nos omitir e delegar a terceiros nossa voz e vontade de transformação social.Você tem direitos!
Pedro Moreno

CF 2012 - FRATERNIDADE E SÁUDE PÚBLICA: Raio X da saúde no Brasil

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

CF 2012 - FRATERNIDADE E SAÚDE PÚBLICA: Sem atendimento, homem fica mais de 20 horas caído na porta de hospital em SP

    Segundo informações do portal Folha.com, um homem passou 20 horas caído na calçada do pequeno pronto-socorro da Barra Funda, à vista de todos os funcionários do lugar, sem ser atendido.

    Miguel Centurion, 37, é morador de rua, como o homem que morreu em abril do ano passado na frente do mesmo pronto-socorro, depois de passar o fim de uma tarde e uma noite inteira na calçada.

    No pronto-socorro Álvaro Dino de Almeida, um atendente disse que o local não pode pegar pessoas da via. Ele afirma que pacientes que estejam na rua precisam chegar com o Samu.
Fernando Nascimento, 33, que mora ao lado do pronto-socorro, diz que ligou para o Samu para pedir que levasse o homem até dentro da unidade. A resposta foi negativa, porque o paciente estava no local de destino.

  
Campanha da Fraternidade 2012
Fraternidade e Saúde Pública
"Que a saúde se difunda sobre a Terra"

A Campanha da Fraternidade 2012 (CF) - CNBB tem início a partir da celebração de quarta-feira de cinzas, que abrirá a quaresma. Reflitiremos sobre a problemática da saúde pública em nosso país e no mundo.
 
A Campanha cria ambiente favorável para a discussão e mobilização social para a mudança em nosso sistema de saúde. Discutiremos também o acesso dos idosos e mais necessitados à tratamentos humanizados e eficientes. Vamos viver e refletir esse momento proposto para a Igreja do Brasil.
 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

BLOG COMPLETARÁ 1 ANO NO AR

O blog da Paróquia São Domingos vai completar no mês de fevereiro 1 ano no ar.

Nesse período alcançamos a marca de mais de 23 mil acessos, consolidando-se com uma importante ferramenta de formação e informação à serviço da evangelização da igreja de Cristo.
 
Sem falar que somos o cartão de visitar de nossa paróquia na rede, divulgando os trabalhos das pastorais e promovendo a ligação com o mundo digital. Todos os eventos marcaram presença na telinha do nosso blog, assim pessoas de outros estados e países puderam conhecer um pouco de nossa dedicação.
Obrigado à todos que se conectam, e aos que nunca acessaram fica o convite!

Continuaremos juntos em 2012, com muitas novidades por vir!

CONTINUEM ACESSANDO!

CURTA A PARÓQUIA SÃO DOMINGOS NO FACEBOOK

ECUMENISMO: Unidade entre os cristãos é arma na luta contra as injustiças, diz Bento XVI


    Bento XVI afirmou que a unidade entre os cristãos é fundamental para levar “esperança” a um mundo dominado pela “injustiça, o ódio e o desespero”.

    O Papa falava na Basílica de São Paulo fora dos Muros, durante uma celebração com a presença de representantes de todas as Igrejas e comunidades eclesiais da capital italiana, assinalando o final da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
“A meta da plena unidade, que esperamos em esperança laboriosa e pela qual rezamos com confiança, é uma vitória que não é secundária, mas é importante para o bem da família humana”, disse.

    A Semana de Oração é dedicada em 2012 ao tema ‘Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo’, frase apoiada na carta bíblica de São Paulo aos Coríntios.

    Para Bento XVI, apesar da “dolorosa situação da divisão”, os cristãos pode olhar para o futuro “com esperança”, porque “a vitória de Cristo significa a superação de tudo o que impede de partilhar a plenitude de vida com ele e com os outros”.
As principais divisões entre as Igrejas cristãs ocorreram no século V, depois dos Concílios de Éfeso e de Calcedónia (Igreja Copta, do Egito, entre outras); no século XI com a cisão entre o Ocidente e o Oriente (Igrejas Ortodoxas); no século XVI, com a Reforma Protestante (Luteranismo, Calvinismo) e, posteriormente, a separação da Igreja de Inglaterra (Igreja Anglicana).

    O Papa declarou que o restabelecimento da unidade no cristianismo “é um dever e uma grande responsabilidade para todos”.
“Mesmo que, por vezes, se tenha a impressão de que o caminho para o pleno restabelecimento da comunhão é ainda demasiado longo e cheio de obstáculos, convido todos a renovarem a sua própria determinação em perseguir, com coragem e generosidade, a unidade que é vontade de Deus”, indicou. Bento XVI sustentou que, nesse caminho, “não faltam sinais positivos” de uma nova fraternidade e de um sentido de responsabilidade comum “face aos grandes problemas que afligem o mundo” de hoje.

    Na celebração, que evocou a conversão do apóstolo São Paulo, houve momentos de oração em russo, grego, romeno, alemão e francês.
A primeira realização do ‘Oitavário’ pela unidade dos cristãos ocorreu em 1908, por iniciativa do norte-americano Paul Wattson (1863-1940), presbítero anglicano que mais tarde se converteu ao catolicismo.

AGÊNCIA ECLLESIA

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

25 DE JANEIRO: Conversão de São Paulo

Um dos maiores santos do firmamento católico, São Paulo, nos diz que era judeu, nascido na “ilustre” Tarso, na Cilícia, Ásia (At 21, 39), de pai cidadão romano (At 22, 26-28), de uma família na qual a pureza de consciência era hereditária (II Tim, 1, 3), muito apegada às tradições e observâncias dos fariseus (Fil. 3, 5-6). Como pertencia à tribo de Benjamim, foi-lhe dado o nome de Saul (Saulo), muito comum nessa tribo em memória do primeiro rei dos judeus.

Como todo judeu respeitável tinha que ensinar a seu filho uma profissão, o jovem Saulo aprendeu a tecer os fios dos quais eram feitas as tendas e a confeccioná-las, o que lhe seria de muita utilidade no futuro. Ainda muito jovem foi enviado a Jerusalém para receber educação na escola de Gamaliel.

Ao contrário do que muitos imaginam, o grande São Paulo era de pequena estatura, calvo, de fraca voz e má saúde. Por isso, não impressionava à primeira vista. Entretanto, a alma que movia esse corpo frágil era toda de fogo, e praticamente não encontra paralelo não só nos primeiros tempos do Cristianismo, mas em toda sua história.
De perseguidor a Apóstolo de Cristo

Formado na tradição dos fariseus, que exageravam o cumprimento das exterioridades da lei, seu fanatismo ardente, que nada podia moderar, iria se chocar contra o Cristianismo nascente. A doutrina deste, dotada de força e vida, ameaçava tudo conquistar para Cristo, o que preocupava muito a Saulo. Diante dessa marcha conquistadora, ele não hesitava em opor-se com todas suas forças e até pela violência, conforme narram os Atos dos Apóstolos (9, 1-2): “Respirando ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, apresentou-se ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos a Jerusalém quantos achasse desta doutrina, homens e mulheres”. A isso comenta São João Crisóstomo: “Que males não havia feito? Havia enchido de sangue Jerusalém, matado os fiéis, afligido a Igreja, perseguido os Apóstolos, apedrejado Estêvão, e não perdoando a homem nem mulher, porque não se contentava com levá-los aos tribunais e acusá-los ante os juízes, senão que os buscava em suas casas, tirando-os delas; e, como uma fera, os arrebatava”.(1)

“Saulo, Saulo, por que me persegues?”

Entretanto, no caminho de Damasco o Senhor o esperava. “Saulo, Saulo, por que me persegues?”. Ele caiu do cavalo diante da fulgurante luz. “Coisa maravilhosa é considerar que, tendo sido toda a vida de Cristo, nosso Redentor, semeada de trabalhos, perseguições e penas, e sua sagrada paixão cheia de tantas e tão inexprimíveis afrontas e tormentos, nunca o Senhor se queixou nem abriu a boca para dizer: ‘Por que me persegues?’... E agora, com voz portentosa e sonora, diz a Saulo: ‘Por que me persegues?’. Como podia Saulo perseguir a Vós, Senhor, sendo ele um pouco de pó, e vós o Rei da glória, estando ele na Terra e vós no Céu? Mas, porque Saulo perseguia os membros de Cristo, nossa cabeça, Ele tomava por próprias as injúrias que contra seus membros se faziam”.(2)
“Senhor, que quereis que eu faça?” Era a coerência falando. Se Aquele que lhe aparecia era o próprio Cristo, Filho de Deus, Saulo deveria, em vez de perseguir seus discípulos, entregar-se inteiramente e de vez a seu serviço.

Os teólogos asseguram que uma conversão é obra mais maravilhosa que a ressurreição dos mortos. Assim, a conversão de São Paulo constituiu fato maior e mais notável que a ressurreição de Lázaro, encerrado havia quatro dias no sepulcro, e já cheirando mal.
Para Santo Agostinho, se a ressurreição de um morto e a conversão de um pecador são obras de igual poder, a conversão é obra de maior misericórdia.
Se isso se pode dizer de qualquer conversão, mais se pode dizer da de São Paulo. “Com efeito, se todas as outras são milagrosas, estando elevadas acima da ordem da natureza, esta o é na mesma ordem da graça, sendo como um milagre estabelecido sobre outros milagres. O que parecerá evidente, tanto se se consideram os efeitos que produziu, quanto os grandes frutos que a Igreja dela tirou”.(3)

Realmente, vemos nessa conversão uma circunstância inteiramente milagrosa, pois é milagre na ordem da graça que uma alma tão carregada de pecados, e com disposições totalmente contrárias a ela, se converta assim inopinadamente, sem ter sido preparada antes por atos opostos a esses maus hábitos e a essas disposições perniciosas.
A conversão de São Paulo foi também um “prodigioso acontecimento, de incalculável importância, sem o qual todo o futuro do Cristianismo teria mudado de feição. [...] A transformação foi nele radical e completa. O que havia odiado, passa, da noite para o dia, a adorar; e a causa que combateu com toda a violência vai, igualmente com toda a violência, servi-la de futuro. Num segundo, e na pista do deserto, Deus vencera o adversário e o ligara a Si, para todo o sempre”.(4)

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

ESTÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA A CATEQUESE PAROQUIAL

BENTO XVI SAÚDA POVOS ORIENTAIS PELO ANO NOVO LUNAR


    Bento XVI enviou uma saudação aos povos do Extremo Oriente, na Ásia, que celebram nesta segunda-feira o início do novo ano lunar, sublinhando a sua “alegria” nesta festividade, que ocorre num momento difícil.

    “Na presente situação mundial de crise económico-social, desejo a todos estes povos que o novo ano seja concretamente marcado pela justiça e a paz, leve alívio a quem sofre e que os jovens, em particular, com o seu entusiasmo e o seu incentivo possam oferecer uma nova esperança ao mundo”, disse no Vaticano, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a oração do Angelus.

     A catequese do Papa centrou-se sobre a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, iniciada esta quarta-feira, que considerou como “elemento central na atividade ecuménica da Igreja”, convidando à oração por esta causa, em busca de uma união “plena”.
Esta semana de oração tem como tema ‘Todos seremos transformados pela vitória de Jesus Cristo, Nosso Senhor’, inspirado numa carta bíblica do apóstolo São Paulo.

    O guião para as celebrações do oitavário foi originalmente concebido pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, organismo católico sediado no Vaticano, e pelo Conselho Mundial de Igrejas, a partir do trabalho de um grupo ecuménico polaco que se baseou na experiência de ‘alegria e adversidade’ dos cristãos daquele país do leste europeu. O Papa aludiu, neste contexto, à “longa história de lutas corajosas, contra várias adversidades” dos cristãos na Polónia, louvando a sua “grande determinação, animada pela fé”.

    “Ao longo dos séculos, os cristãos polacos intuíram espontaneamente uma dimensão espiritual no seu desejo de liberdade e compreenderam que a verdadeira vitória apenas pode acontecer se for acompanhada por uma profunda transformação interior”, declarou.
Na próxima quarta-feira, Bento XVI vai presidir em Roma a uma cerimónia litúrgica, na basílica de São Paulo fora de muros, no encerramento desta semana de oração, convidando os representantes das Igrejas e comunidades cristãs presentes na capital italiana.

AGÊNCIA ECCLESIA

ARTIGO: Trabalho escravo ou escravos do trabalho?

    No dia 28 de janeiro celebra-se no Brasil o dia nacional de combate ao trabalho escravo. Não há dúvidas que nestas últimas décadas no Brasil houve avanços significativos na defesa dos direitos humanos com a elaboração e a promulgação de estatutos que defendem as categorias de pessoas mais vulneráveis e indefesas. Baste pensar no Estatuto da criança e do adolescente, da pessoa idosa, na lei Maria da Penha, na lei contra a discriminação racial etc. Isso honra o nosso país e cria uma cultura sempre mais sensível na defesa dos direitos da pessoa humana.

    Pouco se divulga uma realidade triste, presente em quase todos os estados da União e que atinge cerca de 25.000 pessoas submetidas às condições análogas ao trabalho escravo. É a escravidão “moderna” onde não há tráfico nem comercialização de pessoas, como acontecia na época colonial, mas onde a privação da liberdade continua sendo a principal característica dessa prática.

    O maior número de seres humanos submetidos ao trabalho escravo encontra-se no campo e está ligado ao latifúndio ou à extração de minério, mas existe também em regiões de grande desenvolvimento turístico onde os empregados (homens e mulheres) não tem nenhum direito, são explorados de todas as formas e carecem de apoio, pois estão a serviço e à mercê de pessoas da alta sociedade: artistas, juízes, promotores, grandes empresários que intimidam e escravizam.

    E tudo isso em nome do progresso e do desenvolvimento! Parece que na nossa serra chegou o Eldorado, se encontrou o país das maravilhas! Porque assim todo mundo ganha mais, tem trabalho para todos! Mas, a custo de que? Da descaracterização da região com a invasão agressiva de novas, grandes e numerosas construções, da perda ou diminuição dos valores familiares, comunitários e religiosos por falta de tempo para cultivá-los, exploração no trabalho pois quem manda é a necessidade ou o capricho do turista que não se importa com a saúde e a situação de quem está a seu serviço. Este é o preço que se paga!

   Parece que ganhar dinheiro tornou-se a finalidade da vida e que a lei da vida seja ditada pelo deus mamona! Desta forma o trabalho humano perde o seu sentido de ser “humano” para se tornar “mercadoria”, objeto de lucro e exploração! Se é difícil combater o trabalho escravo pelos interesses que estão em jogo e pelo status das pessoas que dele se beneficiam, mais difícil é derrotar a cultura do ter que impulsiona muitas pessoas a serem escravas do trabalho só para acumular, para ter cada vez mais ou para competir motivadas pela vontade de manter e aparentar um estilo de vida de alto nível econômico a qualquer preço!

    Deparamo-nos aqui com uma das raízes dos males que desde sempre estragou a convivência entre os seres humanos e que João bem descreve na sua primeira carta: “Tudo o que há no mundo – a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a ostentação da riqueza – não vem do Pai, mas do mundo”. (1 Jo 2,16). O próprio Jesus chama de insensato o homem que acumula para si e não se enriquece diante de Deus (cfr. Lc 12, 13-21) e condena “o grande abismo” entre ricos e pobres construído por quem se locupleta insensível ao clamor dos últimos. (cfr Lc 16, 19-31). Combater o trabalho escravo e libertar o coração humano da escravidão da ganância exige uma conversão que, a partir da dignidade e da consciência de cada ser humano, atinja a organização da sociedade e suas estruturas econômicas e políticas, para que sejamos livres da liberdade que Jesus nos conquistou!

Dom Francisco Biasin
Bispo da Diocese de Barra do Piraí Volta Redonda (RJ)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

JMJ 2013: Cristo Redentor será o embaixador do encontro em 2013 no Rio


O Cristo Redentor será o embaixador da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013, que acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho de 2013.

O maior cartão postal do Brasil foi escolhido para levar o nome da cidade aos quatro cantos do mundo em uma exposição itinerante – Cristo Redentor para Todos – que será oficialmente lançada no dia 21 de dezembro, no Palácio Laranjeiras.

Segundo o reitor do Santuário Arquidiocesano do Cristo Redentor do Corcovado, padre Omar Raposo, “o Cristo é o símbolo maior do Rio de Janeiro e, dessa maneira, ele é não somente um receptor de todos os turistas e peregrinos, mas, com os seus braços abertos, vai ao encontro das demais culturas e países, mostrando que o Rio é uma cidade aberta e acolhedora”, afirmou.

A exposição ainda não teve a programação divulgada, mas, de acordo com o diretor geral do projeto dos 80 anos do Cristo Redentor, Eduardo Maruche, a mostra trará a história do monumento e também apresentará em workshops informações sobre o Rio de Janeiro, que será apresentado como aquele que congrega belezas naturais, tem valores importantes e está recebendo uma ótima infraestrutura de acolhimento e segurança para o evento mundial de 2013.

SUGESTÃO DE LEITURA: "Milagres que a medicina não contou" - Dr. Roque Savioli


"Milagres que a medicina não contou" é um livro do Dr. Roque Saviolli, cardiologista e um dos diretores da Unidade de Saúde Suplementar do Instituto do Coração (Incor).

Discute a correlação entre a medicina e a fé, concluindo que a experiência de Deus e sua graça, produzem na vida das pessoas grandes transformações, grandes milagres e que, além de recuperar a saúde física, a fé permite o resgate do bem-estar espiritual.

O livro tem muito a ver com as experiências de quase morte que foi tema do Globo Repórter no mês passado. Também tem muito a ver com os milagres e experiências, do ponto de vista científico classificados como coincidências, mas, que são relevantes para os que tem fé. Confesso que sou cético até um certo ponto em que me atrapalha em perceber os pequenos ( e grandes) sinais de Deus.

Recomendado especialmente  para aqueles que  gostariam de sabe de experiências de ocorrência de fatos que superam o rigor científico. Também para aqueles que querem reavivar sua fé. O estilo do texto é muito agradável, sendo que se lê em pouco tempo. Também é um livro meditativo. Chama a atenção também o triângulo da depressão, criado pelo Dr. Saviolli, que representa bem a doença bem como dá solução para a mesma.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Nota com indicações pastorais para o Ano da Fé

CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ
Introdução

William Card. Levada
Prefeito
Luis F. Ladaria, S.I.
Arcebispo titular de Thibica
Secretário


Com a Carta apostólica Porta fidei de 11 de outubro de 2011, o Santo Padre Bento XVI convocou um Ano da Fé. Ele começará no dia 11 de outubro 2012, por ocasião do qüinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, e terminará aos 24 de novembro de 2013, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.

Este ano será uma ocasião propícia a fim de que todos os fiéis compreendam mais profundamente que o fundamento da fé cristã é "o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo".1 Fundamentada no encontro com Jesus Cristo ressuscitado, a fé poderá ser redescoberta na sua integridade e em todo o seu esplendor. "Também nos nossos dias a fé é um dom que se deve redescobrir, cultivar e testemunhar" para que o Senhor "conceda a cada um de nós viver a beleza e a alegria de sermos cristãos"2.



O início do Ano da Fé coincide com a grata recordação de dois grandes eventos que marcaram a face da Igreja nos nossos dias: o qüinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, desejado pelo beato João XXIII (11 de outubro de 1962), e o vigésimo aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica, oferecido à Igreja pelo beato João Paulo II (11 de outubro de 1992).



O Concílio, segundo o Papa João XXIII, quis "transmitir pura e íntegra a doutrina, sem atenuações nem subterfúgios", empenhando-se para que "esta doutrina certa e imutável, que deve ser fielmente respeitada, seja aprofundada e exposta de forma a responder às exigências do nosso tempo"3. A este propósito, continua sendo de importância decisiva o início da Constituição dogmática Lumen gentium: "A luz dos povos é Cristo: por isso, este sagrado Concílio, reunido no Espírito Santo, deseja ardentemente iluminar com a Sua luz, que resplandece no rosto da Igreja, todos os homens, anunciando o Evangelho a toda a criatura (cfr. Mc. 16,15)"4. A partir da luz de Cristo, que purifica, ilumina e santifica na celebração da sagrada liturgia (cf. Constituição Sacrosanctum Concilium) e com a sua palavra divina (cf. Constituição dogmática Dei Verbum), o Concílio quis aprofundar a natureza íntima da Igreja (cf. Constituição dogmática Lumen gentium) e a sua relação com o mundo contemporâneo (cf. Constituição pastoral Gaudium et spes). Ao redor das suas quatro Constituições, verdadeiras pilastras do Concílio, se agrupam as Declarações e os Decretos, que enfrentam alguns dos maiores desafios do tempo.



Depois do Concílio, a Igreja se empenhou na assimilação (receptio) e na aplicação do seu rico ensinamento, em continuidade com toda a Tradição, sob a guia segura do Magistério. A fim de favorecer a correta assimilação do Concílio, os Sumos Pontífices convocaram amiúde o Sínodo dos Bispos5, instituído pelo Servo de Deus Paulo VI em 1965, propondo à Igreja orientações claras por meio das diversas Exortações apostólicas pós-sinodais. A próxima Assembléia Geral do Sínodo dos Bispos, no mês de outubro de 2012, terá como tema: A nova evangelização para a transmissão da fé cristã.



Desde o começo do seu pontificado, o Papa Bento XVI se empenhou de maneira decisiva por uma correta compreensão do Concílio, rechaçando como errônea a assim chamada "hermenêutica da descontinuidade e da ruptura" e promovendo aquele que ele mesmo chamou de "’hermenêutica da reforma’", da renovação na continuidade do único sujeito-Igreja, que o Senhor nos concedeu; é um sujeito que cresce no tempo e se desenvolve, permanecendo porém sempre o mesmo, único sujeito do Povo de Deus a caminho"6.



O Catecismo da Igreja Católica, pondo-se nesta linha, é, de um lado, "verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II"7, e de outro pretende favorecer a sua assimilação. O Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985, convocado por ocasião do vigésimo aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II e para efetuar um balanço da sua assimilação, sugeriu que fosse preparado este Catecismo a fim de oferecer ao Povo de Deus um compêndio de toda a doutrina católica e um texto de referência segura para os catecismos locais. O Papa João Paulo II acolheu a proposta como desejo "de responder plenamente a uma necessidade verdadeira da Igreja Universal e das Igrejas particulares"8. Redigido em colaboração com todo o Episcopado da Igreja Católica, este Catecismo "exprime verdadeiramente aquela a que se pode chamar a ‘sinfonia da fé’"9.



O Catecismo compreende "coisas novas e velhas (cf. Mt 13,52), porque a fé é sempre a mesma e simultaneamente é fonte de luzes sempre novas. Para responder a esta dupla exigência, o ‘Catecismo da Igreja Católica’ por um lado retoma a ‘antiga’ ordem, a tradicional, já seguida pelo Catecismo de São Pio V, articulando o conteúdo em quatro partes: o Credo; a sagrada Liturgia, com os sacramentos em primeiro plano; o agir cristão, exposto a partir dos mandamentos; e por fim a oração cristã. Mas, ao mesmo tempo, o conteúdo é com freqüência expresso de um modo ‘novo’, para responder às interrogações da nossa época"10. Este Catecismo é "um instrumento válido e legítimo a serviço da comunhão eclesial e como uma norma segura para o ensino da fé."11. Nele os conteúdos da fé encontram "a sua síntese sistemática e orgânica. Nele, de facto, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história.
Desde a Sagrada Escritura aos Padres da Igreja, desde os Mestres de teologia aos Santos que atravessaram os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé."12.



O Ano da Fé quer contribuir para uma conversão renovada ao Senhor Jesus e à redescoberta da fé, para que todos os membros da Igreja sejam testemunhas credíveis e alegres do Senhor ressuscitado no mundo de hoje, capazes de indicar a "porta da fé" a tantas pessoas que estão em busca. Esta "porta" escancara o olhar do homem para Jesus Cristo, presente no nosso meio "todos os dias, até o fim do mundo" (Mt 28, 20). Ele nos mostra como "a arte de viver" se aprende "numa relação profunda com Ele"13. "Com o seu amor, Jesus Cristo atrai a Si os homens de cada geração: em todo o tempo, Ele convoca a Igreja confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor duma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé"14.



Por ordem do Papa Bento XVI15, a Congregação para a Doutrina da Fé redigiu a presente Nota, em acordo com os Dicastérios competentes da Santa Sé e com a contribuição do Comitê para a preparação do Ano da Fé16, com algumas indicações para viver este tempo de graça, sem excluir outras propostas que o Espírito Santo quiser suscitar entre os Pastores e os fiéis nas diversas partes do mundo.
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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

JMJ 2013: Faltam poucos dias para o encerramento do concurso do hino


    O tempo passa e a Jornada Mundial da Juventude RIO2013 ganha, aos poucos, forma, força e vez. Cada passo dado é motivo de alegria e entusiasmo neste curto caminho até julho de 2013.

    Com a logomarca definida, e que em breve será anunciada, agora é a vez da escolha da letra do hino da JMJ. O concurso termina no dia 31 de janeiro. O hino e a logomarca são os dois pontos principais que formam a identidade, “dão a cara” do evento.

    Na JMJ RIO2013, decidiu-se que estas escolhas seriam feitas através de concursos, possibilitando a participação de qualquer pessoa interessada em contribuir de maneira direta na construção da Jornada.

    “A letra do hino da Jornada Mundial da Juventude RIO2013 refletirá o rosto da juventude do Brasil e do mundo. Jovens animados que têm o sentido de sua existência em Jesus Cristo, que descobrem neste amor o que os faz sentirem-se plenamente realizados e felizes. Esta relação de amizade e intimidade com o Senhor convida-nos a um autêntico testemunho da fé, com coragem e criatividade. Por isso, participar do concurso que escolherá a letra do hino oficial da Jornada Mundial da Juventude é deixar que este amor se torne concreto e seja capaz de contagiar a todos que ouvirem”, destaca o texto do edital do concurso.
inda dá tempo de participar.

Basta enviar a letra para o Setor de Preparação Pastoral da JMJ RIO2013, que fica no 7º andar do edifício João Paulo II (Rua Benjamin Constant, 23, bairro Glória – RJ). Mais detalhes de como participar podem ser vistos no edital do concurso, na página oficial da JMJ RIO2013 (www.rio2013.com) ou através do email: pastoral@rio2013.com

domingo, 8 de janeiro de 2012

FESTA DO BATISMO DO SENHOR

    A festa do batismo de Jesus nas águas do rio Jordão, é uma das etapas da Manifestação do Senhor e abre o Tempo Comum. É o tempo em que procuramos viver o Mistério de Cristo em sua totalidade com o um dom para cada dia. É o tempo presente de Deus para vivermos o que Cristo viveu em seu Mistério Pascal.  


   O Batismo de Jesus é a Manifestação de Cristo aos Judeus. A comunidade cristã provinda do judaísmo não se baseava em palavras somente, mas em fatos da vida de Jesus que muitos haviam presenciado. A celebração de seu Batismo mostra a ligação de Jesus com seu Pai. O Pai lhe dá o Espírito, ungindo-o para a missão que nasce no Antigo Testamento, nas águas do Rio que se abriu para passar o povo de Deus. Agora o rio se abre novamente para que passe o Primeiro do novo povo, o Filho de Deus.
  
    Em nosso Batismo entramos nas mesmas águas da salvação para nos constituir como povo da Nova Aliança. Jesus inicia sua vida pública marcado pelo Espírito que O invade e unge para que cumpra a missão de realizar a vontade do Pai. Ser possuído pelo Espírito será para fazer sempre o bem, curar a todos e eliminar as forças do mal. Pedro ensina que Ele passou fazendo o bem (At 10,38). Seu Batismo é um projeto para implantar o Reino de Deus. Quando os céus se abrem, revela-se a união permanente de Jesus com o Pai, que lhe demonstra seu afeto: “Tu és meu Filho amado em ti coloquei todo meu agrado”. Jesus, em tudo quis fazer sempre a vontade do Pai.
  
    Em nossos batismos, devemos perguntar se as pessoas que levam as crianças a serem batizadas, estão realmente vendo Jesus batizar e entrar na vida de seu filho ou afilhado. O que mais precisamos ver é que somos filhos amados de Deus como Jesus o é. Deus diz naquele momento: “Tu é meu filho amado, em quem muito me alegro”. Ser filho amado do Pai não é pouca coisa. É preciso continuar vendo Jesus na sua vida e no que faz. O cristão só o será de verdade, se for como Cristo foi, amado pelo Pai e fiel até o fim. O grande desafio do cristão é espelhar em si a imagem de Cristo de tal modo que quem nos vê, vê uma face de Cristo.
  
    O batismo não é um ato social, como alguns querem, pois nem aceitam fazer juntos com os demais. Quando irmão de fé é um empecilho, algo deve estar errado na minha vida.
    O Batismo de Jesus ensina a viver como Ele vivia na escuta do Pai que também nos ama. Jesus é a manifestação deste amor de predileção de Deus por cada um de nós. Esse amor é a missão do fiel conduzido pelo Espírito para fazer o bem e anular toda força do mal. No Batismo somos adotados por Deus como seus filhos.

    Dizemos sobre os filhos adotivos que são filhos do coração. Ele continua amando cada um que O escolhe e aqueles pequeninos que Ele escolhe para receberem seu afeto de Pai. Esses novos filhos assumem as qualidades do Servo de Deus, que Jesus viveu: simplicidade, humildade e bondade no trato. Ele não exige, aceita mesmo aquele que, como uma vela está se apagando. Quem crê, permanece fiel no amor que o Pai nos oferece transformando-o em ação. Louvamos a Deus e agradecemos aqueles que nos abriram o caminho da fé.

CRISTO QUE SE MANIFESTA AOS POVOS


    Estamos no tempo da Manifestação do Senhor que compreende quatro momentos: Nascimento, Epifania, Batismo e Bodas de Caná. O ponto central da compreensão desse tempo litúrgico é a Manifestação do Senhor. Ele veio para povo humilde, foi mostrado às Nações na Epifania, é revelado aos judeus no Batismo e apresentado aos discípulos. A missão de Jesus é mostrar-nos o Pai e nos colocar em comunhão com Ele. Paulo, na carta aos Efésios, faz a grande revelação de um segredo encoberto às gerações passadas: “Os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho” (Ef 2,5-6).

    Jesus veio somente para seu povo. Deus salva todos. Vemos como existe encarnada esta idéia de grupos que se considerarem donos de Deus e da salvação. Por isso os Magos, homens de sabedoria, não só de ciência, buscaram nas estrelas as respostas para suas questões. Quem é a Estrela? É Jesus, conforme a profecia da Balaão, profeta pagão que viu subir um astro dos acampamentos do povo no deserto (Nm 24,17).

    Todos os judeus, menos Herodes, sabiam que Jesus nasceria em Belém, da família de Davi (Sl 132,11). Já naquele momento Herodes decide acabar com o Menino, como vemos no mundo atual. Nesta liturgia rezamos no prefácio: “Revelastes hoje o mistério de vosso Filho como Luz para iluminar todos os povos no caminho da salvação”. Deus cumpriu a promessa com o nascimento de seu Filho, como rezamos “Quando Cristo se manifestou em nossa carne mortal, Vós nos recriastes na luz eterna de sua divindade” (Prefácio). O que recebemos é para todos os povos.

Os dons dos povos

    Lembramos a alegria dos judeus quando Paulo começa a anunciar o evangelho aos pagãos,  uma vez que os judeus recusaram. Somos descendentes destes pagãos representados pelos Magos.   
    Isaías anuncia um futuro grandioso para Jerusalém que vai se transformar em ponto de atração de todos os povos porque o Senhor vai brilhar sobre ela (Is 60,2). Esta cidade recebe a missão de acolhimento universal. No mundo atual, com tanta diversidade, é um imperativo a missão de acolher o diferente. O maior presente que os Magos oferecem a Jesus e voltar por outro caminho. Suas vidas se tornam missão de conduzir aos povos a fazerem o caminho de Belém para encontrar o Salvador. Numa sociedade onde há tantos ídolos, é necessário conhecer quem enche nosso coração. Ele é Deus que merece nossa adoração. Ele é a fonte da vida. Na Eucaristia sabemos ouví-lo, oferecer nossa vida e partilhar de seu Corpo e Sangue.

Uma missão que continua
    São Mateus narra que o Cristo Vivo Ressuscitado é o Senhor Deus verdadeiro na sua divindade e verdadeiro na carne de Davi. Davi era pastor em Belém. Cristo é o Pastor de seu povo. Ele é o Rei Salvador. Por isso perguntam: “Onde está o Rei que acaba de nascer? (Mt 2,2). Ele é o Emanuel, Deus Conosco. As ofertas dos Magos reconhecem, com o ouro, Seu Senhorio; com o incenso, Sua Divindade; com a mirra, sua natureza humana no sofrimento. Eles vêm do Oriente, lugar do Sol Nascente. Cristo é o Sol que vem do alto para iluminar (Lc 1,76). A alegria dos Magos é a mesma que sentiram as mulheres ao verem o Ressuscitado. Vemos a unidade do Mistério de Cristo. A presença do Cristo é a alegria universal.   

Pe. Luiz Carlos de Oliveira

sábado, 7 de janeiro de 2012

BRASIL TERÁ MAIS UM CARDEAL, ANUNCIA BENTO XVI

    Bento XVI anunciou que no próximo dia 18 de fevereiro realizará um Consistório para a criação de 22 novos cardeais, dentre eles está o ex-arcebispo de Brasília e atual prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, dom João Braz de Aviz.

    Segundo o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, a "Igreja se alegra muito com a escolha feita pelo papa Bento XVI do nome de dom João como sendo um dos 22 novos cardeais".
Dom João Braz de Aviz nasceu em 1947, em Mafra (SC). Foi ordenado padre em 1972, em Apucarana (PR). No dia 6 de abril de 1994 foi nomeado pelo papa João Paulo II, bispo auxiliar da arquidiocese de Vitória (ES). Atuou em Vitória de 1994 a 1998, quando foi nomeado bispo da diocese de Ponta Grossa (PR), onde ficou até 2003. Em 2002 foi elevado a arcebispo, sendo nomeado para a arquidiocese de Maringá (PR), onde tomou posse no dia 4 de outubro do mesmo ano.

    No dia 28 de janeiro de 2004 foi nomeado arcebispo da arquidiocese de Brasília (DF). Em 2007 foi eleito presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB. Ainda na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil foi membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé e vice-presidente das Edições CNBB. No mês de maio de 2010 esteve a frente da organização do 16º Congresso Eucarístico Nacional, que aconteceu em Brasília, ano do cinquentenário da Capital Federal.

    No dia 4 de janeiro de 2011 foi nomeado pelo papa Bento XVI prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, no Vaticano.
Na lista dos 22 escolhidos pelo papa estão 16 da Europa, quatro das Américas (incluindo dom João) e dois da Ásia.

    Dom João Braz de Aviz se juntará aos também cardeais brasileiros dom Eugênio Sales, dom Evaristo Arns, dom José Falcão, dom Serafim Fernandes Araújo, dom Cláudio Hummes, dom Geraldo Majella Agnelo, dom Eusébio Sheid, dom Odilo Pedro Sherer e dom Raymundo Damasceno de Assis.

CELEBRAMOS A EPIFANIA DO SENHOR


    Epifania é palavra grega que significa “manifestação”. Manifestação de que? Do ser divino de Jesus.

     Como se deu essa manifestação? Deu-se através dos Reis Magos. Eles seguiram a Estrela e encontraram Deus como pessoa humana. A Estrela os levou à Luz da humanidade. E hoje, continua levando? Continua, mas poucos olham para o céu. A Estrela de Belém continua brilhando. Mas, quem a segue?
    No Natal Deus se manifestou como ser humano; na Epifania essa mesma pessoa se revelou como Deus. Foi a Epifania do Senhor.

    Está bem. O Senhor se manifestou como Deus, e qual a consequência? Cabe-nos fazer o que fizeram os magos: Eles o adoraram. Hoje, cabe-nos, então, adorar e ouvi-lo, prestar muita atenção. Comumente não se faz isto hoje. O Ungido de Deus se manifesta, fala, e quase ninguém lhe dá ouvidos. Triste!
    Mas a epifania do Senhor continua. Aos que desejam ver ele se manifesta. Hoje celebramos o Deus que se manifestou a nós.

     O Tempo do Natal é a memória da Manifestação do Senhor em suas diversas etapas: Nascimento, Epifania, Batismo e Bodas de Caná. A missão de Jesus é mostrar o Pai e levar à comunhão com Ele. Paulo revela que a salvação é também para os pagãos. Os Magos, em sua sabedoria, querem conhecer o Menino, pois sabem que Ele é o Prometido.
    Este texto nos fala do Cristo Senhor que os Magos viram e que é o mesmo Cristo Senhor Ressuscitado. Suas ofertas reconhecem seu Senhorio, Divindade e Natureza sofredora. Ele é o Sol. É a causa de nossa alegria.

    Isaias anuncia um futuro grandioso para Jerusalém porque sobre ela vai bilhar o Senhor. A cidade recebe uma missão universal. Em nosso mundo há necessidade de abertura ao diferente. Os Magos têm a missão de conduzir os povos a Belém. Em cada Eucaristia vivemos a adoração, o reconhecimento e a participação.

    Não podemos querer imaginar muito os Magos, pois não eram três e nem eram reis. Eram homens que sabiam ler os sinais dos céus e da terra. Enxergavam longe e por isso entenderem que deveriam ir adorar o novo rei que havia nascido. O nascimento de Jesus significava uma grande alegria, uma iluminação nova do mundo.
    O evangelho vê nesta caravana que chega, a profecia de Isaías que vê a cidade renovada e para ela dirigindo-se os povos. Em Jesus se realiza a profecia.Paulo ensina que Jesus veio para todos os povos e não só para um povinho particular.

     Os senhorzinhos enxergavam longe: Guiados pela estrela foram até o lugar onde estava Maria e o Menino. Sentiram uma imensa alegria. É a alegria da salvação. Os presentes são reconhecimento de sua realeza (ouro), sua divindade (incenso) e sua paixão (mirra).
    E enxergavam longe. Gente pura de coração ouviu Herodes, mas viram sua maldade e voltaram por outro caminho para seu país. É uma lição para nós: Ver longe as realidades de Deus e saber mudar de caminho.



NOSSA PRECE

Glória a Deus nos céus e na terra.
A Estrela de Oriente continua me guiando.
Cabe a mim não  fechar os olhos a ela.
A Estrela de Davi me fala pela Bíblia, me alimenta na Eucaristia.
O mistério de Deus se revelou, para que eu o siga e não me desvie do caminho
Para a felicidade.
Por esta bondade, resta-me adorá-lo
e viver seus ensinamentos de amor ao próximo.
Senhor, és a Estrela que me guia no caminho.
Quero caminhar à tua luz, em comunidade, manifestando amor ao próximo,
Vivendo junto com os irmãos.
Deste modo, manifesto que te recebi como Deus em minha vida.
Assim seja.

CASAR ESTÁ MAIS CARO NO ESTADO DE SP


    O valor do casamento civil no Estado de São Paulo e das demais taxas de cartório ficam mais caros a partir desta sexta-feira. A taxa para o casamento no cartório passa de R$ 261,75 para R$ 276,60, e o valor para o casamento fora do cartório (em diligência) passa de R$ 905 para R$ 957. Além desse valor, é preciso pagar a taxa de publicação em jornal de grande circulação, de R$ 35.




    O reajuste ocorre porque começou a valer no Estado a nova Unidade Fiscal do Estado de São Paulo (Ufesp) referente ao ano de 2012, que passa de R$ 17,45 para R$ 18,44 - um reajuste de 5,7%. O valor do serviço de reconhecimento de firma por semelhança passa de R$ 3,50 para R$ 4 (sem valor econômico), e R$ 5,50 para R$ 6 (com valor econômico). A certidão passa a custar R$ 22,50 e a autenticação R$ 2,35.

Informações: Portal Terra

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

CULTURA POPULAR: A tradição das Folias de Reis


É um auto popular natalino, de origem portuguesa, de evocação da visita dos três Reis Magos ao Menino Jesus, com apresentação de danças dramáticas como o Terno de Reis, o Rancho e o Bumba-meu-boi. A Folia de Reis marca o fim do ciclo natalino. A Folia tem início no dia 24 de dezembro, à meia-noite, e termina no dia 6 de janeiro, Dia de Reis. O desfile leva uma bandeira que muitos acreditam ter o poder de curar as pessoas.
Os foliões fazem paradas em casas previamente escolhidas, para cantorias, em troca de comida e bebida. As Bandeiras de Reis, como também são chamadas as Folias, têm versos próprios para pedir, agradecer e despedir-se dos moradores.

As folias têm de 8 a 20 foliões que são organizados de acordo com suas funções. Eles representam os próprios Reis Magos, acompanhados de empregados, como o pajem e os mordomos, soldados e o Demônio ou Herodes e seus soldados, perseguidores de Jesus Cristo. O mestre e o contramestre são as figuras mais importantes e usam fitas cruzadas no peito, capas de renda e ombreiras para diferenciarem-se dos demais foliões. O mestre é responsável pela organização da folia e o contramestre recolhe os donativos oferecidos pelos donos das casas. O alferes fica encarregado de levar a bandeira, que traz estampadas as figuras dos Reis Magos e da Sagrada Família e que é feita de acordo com as posses do grupo. Os músicos e cantores animam a folia com bumbo, violão, sanfona, pandeiro e cavaquinho. Cantam versos inspirados em trechos da Bíblia e sua música recebe o nome de toada.

Os palhaços, que representam os perseguidores de Cristo, apresentam-se depois dos outros. Usando máscaras e roupas improvisadas, eles dançam descalços, saltitam e recitam versos engraçados chamados chulas. Depois da apresentação dos palhaços são feitas as despedidas.

No encerramento da Folia de Reis, no dia 6 de janeiro, parentes, amigos e participantes de outras folias se divertem com muitas música, comida e bebida. E uma ceia é realizada a 2 de fevereiro, dia de N. Sra das Candeias. Os foliões cumprem promessa de por 7 anos consecutivos saírem com a folia. Conhecida nas cidades, vilarejos e fazendas do interior do RJ, ES, MG, GO, SP e PR, a Folia era essencialmente rural, mas nos dias atuais se expandiu, resistindo até mesmo nas grandes cidades (RJ, Belo Horizonte e Goiânia), no PA e no MA. A Folia de Reis revivia no campo as jornadas das pastorinhas urbanas, entre Natal e Reis.

Registros de Folias de Reis na cidade de Mococa  - SP



Saiba +
Os rituais na folia de reis: uma das festas populares brasileiras

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

OS REIS QUE VIERAM DO ORIENTE


Das figuras bíblicas mais intimamente ligadas à tradição religiosa do povo destacam-se os Reis Magos, ou melhor, os Santos Reis uma vez que a hagiologia romana considera-os bem aventurados.
    O simbolismo dos Reis Magos é amplo e emprestam-lhes os exegetas as mais diversas interpretações. Estão ligados intimamente às festas do Natal e deles nasceu, praticamente, a tradição do Papai Noel, pois os presentes dados nessa ocasião reproduzem que os magos do Oriente, depois de cumprida a rota que lhes indicava a estrela de Belém, prestaram a Jesus na gruta onde ele nascera.

Reis Magos

    As referências bíblicas são vagas e o episódio quase passa despercebido dos evangelistas, mas as contribuições da tradição patriática são muitas e, como elas têm força de fé e verdade, nelas devemos buscar grande parte das coisas que se contam dos santos Belchior, Gaspar e Baltazar já referidos pelos profetas do Velho Testamento, que vaticinavam a homenagem dos Reis ao humilde filho de Davi que deveria nascer em Belém.
De onde vieram e o que buscavam, pouca gente sabe. Vinham do Oriente e Baltazar, o mago negro talvez viesse de Sabá (terra misteriosa que seria o sul da Península Arábica ou, como querem os etíopes, a Abissínia). Simbolizam também as três unicas raças bíblicas, isso é, os semitas, jafetitas e camitas. Uma homenagem, pois, de todos os homens da Terra ao Rei dos Reis.
    Eram magos, isto é, astrólogos e não feiticeiros. Naquele tempo a palavra mago tinha esse sentido, confundindo-se também com os termos sábio e filósofo.
Eles prescrutavam o firmamento e sentiram-se chocados com a presença de um novo astro e, cada um deles, deixando suas terras depois de consultar seus pergaminhos e papiros cheios de palavras mágicas e fórmulas secretas, teve a revelação de que havia nascido o novo Rei de Judá e, que ele, como soberano, deveria, também, prestar seu preito ao menino que seria o monarca de todos os povos, embora o seu Reino não fosse deste mundo.


O simbolismo dos presentes


    Conta ainda a tradição que, ao chegar a Canaã, indagaram os Magos onde havia nascido o novo Rei de Judá. Essa pergunta preocupou Herodes, que hoje seria considerado um quisting a serviço dos romanos, e que reinava na Judéia.
Os representantes do Império preocupavam-se com o aparecimento de um novo lider do povo de Israel. A revolta dos macabeus ainda não fora esquecida e o povo oprimido esperava, ansioso, pela vinda do Messias que iria libertar o Povo de Deus e cumprir a palavra do salmista: "Disse o Senhor ao meu Senhor senta-te à minha direita até que ponho os teus amigos como escarbelo aos teus pés".
    Os magos procuram conforme conselho de Herodes o novo Rei para render-lhe homenagem e para informar o representante romano do lugar onde nascera o Messias a fim de, com falso preito, sequestrá-lo.
    No presépio encontramos apenas os animais e os pastores e, inspirados pelo Espírito Santo, curvaram-se diante do filho do carpinteiro de Nazaré e depositaram, ao pé da mangedoura que lhe servia de berço, os presentes: ouro, incenso e mirra, isto é prendas que simbolizavam a realeza, a divindade e a imortalidade do novo Rei, e grão de areia que cresceria e derrubaria o ídolo de pés de barro (simbolo das grandes potências que se sucederam no domínio do mundo), do sonho de Nabucodonosor decifrado pelo profeta Daniel.

Símbolos da humildade

    Na tradição cristã os três Reis Magos simbolizavam os poderosos que deveriam curvar-se diante dos humildes na repetição real do canto da Virgem Maria à sua prima Isabel, e "Magnificat", pois sua alma rejubilava-se no Senhor, que exaltaria os pequenos de Israel e humilharia os poderosos.
    A igreja cultua os Reis Magos dentro desse simbolismo. Representam os tronos, os potentados, os senhores da Terra que se curvara diante de Cristo, reconhecendo-lhe a divina realeza. É a busca dos poderosos que vêem em Belchior, Gaspar e Baltazar o exemplo de submissão aos designios de Deus e que devem, como os magos, despojar-se de seus bens e depositá-los aos pés dos demais seres humanos, partilhando sua fortuna como dignos despenseiros de Deus.
    Os presentes de Natal também têm esse sentido. São as ofertas dos adultos à criança que com a sua pureza representa Jesus. Alguns, dão a essas festas um sentido mitológico pagão, buscando nas cerimônias dos druidas, dos germânicos ou saturnais romanas a pompa das festas natalinas que culminam com a Epifania.
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