domingo, 29 de novembro de 2015

Papa Francisco na África: veja os três principais momentos dessa viagem apostólica histórica


Esta foi uma semana especial para o Papa Francisco com a sua primeira visita ao continente africano naquela que foi a sua 11ª Viagem Apostólica do seu pontificado. De 25 a 30 de Novembro o Santo Padre visitou o Quénia, o Uganda e a República Centro Africana.

Nesta edição especial da Semana do Papa destacamos três momentos significativos, três fotografias, uma para cada país: no Quénia a visita a Kangemi, o bairro de lata de Nairobi, no Uganda a celebração dos mártires, na República Centro-Africana a abertura da Porta Santa de Bangui.

No bairro de lata no Quénia

Nairobi, 27 de Novembro – um início de manhã especial para o bairro de Kangemi, um dos 7 bairros de lata de Nairobi: grande entusiasmo entre os habitantes; presentes também muitas pessoas vindas de outros bairros da capital. O Papa Francisco foi à Igreja Paroquial de S. José Operário, animada por uma comunidade de jesuítas.

O Santo Padre ouviu os testemunhos de alguns dos habitantes do bairro e de uma religiosa que vive naquele lugar. Destaque para um filme que foi apresentado ao Papa onde se podem ver esgotos a céu aberto, barracas e estradas na lama, os pequenos negócios com que as pessoas vivem, e também as comunidades em oração e as crianças que jogam à bola.

Nas palavras que proferiu o Papa não poderia ter sido mais direto: “sinto-me em casa” – disse:

“Sinto-me em casa, partilhando este momento com irmãos e irmãs que têm um lugar preferencial na minha vida e nas minhas opções, não me envergonho de o dizer. Estou aqui porque quero que saibais que as vossas alegrias e esperanças, as vossas angústias e as vossas dores não me são indiferentes. Conheço as dificuldades que encontrais dia-a-dia! Como podemos não denunciar as injustiças?”

O Papa denunciou as injustiças e a marginalização promovida por “minorias que concentram o poder e a riqueza”, pediu trabalho para todos e declarou ainda “que todas as famílias tenham um teto digno, acesso à água potável, instalações sanitárias, energia segura para iluminar, cozinhar, que possam melhorar as suas casas, que todos os bairros tenham estradas, praças, escolas, hospitais”.

O Papa Francisco denunciou ainda a “apropriação de terras por parte de investidores privados sem rosto, que pretendem mesmo apoderar-se do pátio das escolas”. Ao mesmo tempo denunciou a criminalidade organizada que usa os mais jovens nas suas actividades ilícitas.

O Santo Padre recordou também que o mundo tem uma “grave dívida social” para com os pobres que não têm acesso à água potável, criticando quem acaba por lucrar com a exploração daquele que é um direito universal.

Mas o Papa quis colocar em realce um aspeto nem sempre reconhecido e que é a sabedoria dos bairros populares: uma sabedoria que provêm de uma “obstinada resistência daquilo que é autêntico”, e que uma frenética sociedade de consumo parece ter esquecido:

“Reconhecer estas manifestações de vida boa que crescem cada dia entre vós, não significa, de modo algum, ignorar a terrível injustiça da marginalização urbana. São as feridas provocadas pelas minorias que concentram o poder, a riqueza e perduram egoisticamente, enquanto a crescente maioria tem que refugiar-se em periferias abandonadas, poluídas e descartadas.”

O Papa Francisco fez um apelo especial a todos os cristãos, em particular aos pastores, a renovarem o ímpeto missionário e a tomarem iniciativas contra as tantas injustiças e a envolverem-se nos problemas dos cidadãos e a acompanhá-los nas suas lutas, a apoiarem os frutos do seu trabalho colectivo e a celebrarem com eles cada pequena ou grande vitória.

Celebração pelos mártires do Uganda


Na manhã deste sábado, dia 28 de novembro, o Papa Francisco presidiu à Eucaristia no Santuário de Namugongo na cidade de Kampala, capital do Uganda. Homenageou o ecumenismo de sangue de católicos e anglicanos durante as perseguições aos cristãos.

Nos 50 anos da canonização dos mártires do Uganda, dos quais se destaca S. Carlos Lwanga, o Papa Francisco afirmou que o que dá alegria e paz duradouras são a honestidade e a integridade e não os prazeres mundanos e os poderes terrenos.

Primeiro foi a visita do Santo Padre ao Santuário anglicano onde o Papa prestou homenagem aos mártires torturados e mortos no final do séc. XIX. O abraço ao bispo anglicano e a oração em silêncio. Depois a Missa no Santuário católico consagrado por Paulo VI no lugar onde S Carlos Lwanga foi queimado juntamente com os seus 21 companheiros a 3 de Junho de 1886. Uma herança cristã para levar Cristo ao mundo:

“ Não nos aproximamos desta herança com uma recordação de circunstância ou conservando-a num museu como se fosse uma jóia preciosa, Honrámo-la verdadeiramente e honramos todos os Santos, quando levamos o seu testemunho a Cristo nas nossas casas e aos nossos vizinhos, nos lugares de trabalho e na sociedade civil, quer fiquemos nas nossas casas, quer andemos no mais remoto canto do mundo.”

“Não apenas a sua vida foi ameaçada mas foi-o também a vida dos rapazes mais jovens confiados aos seus cuidados (…) não tiveram temor de levar Cristo aos outros, mesmo com o custo da vida. A sua fé tornou-se testemunho; hoje, venerados como mártires o seu exemplo continua a inspirar tantas pessoas no mundo.”

O testemunho destes mártires – disse o Santo Padre – mostra como não são os prazeres humanos ou os poderes terrenos que nos dão paz e alegria, mas a honestidade e integridade. “Construir uma sociedade mais justa, que promova a dignidade humana, sem excluir ninguém, que defenda a vida, dom de Deus, e proteja as maravilhas da natureza, a criação, a casa comum” – afirmou o Papa na conclusão da sua homilia tendo recordado ainda que tudo começa na família, escola de amor e misericórdia, onde se exprime o cuidado com os idosos, os pobres, viúvas e órfãos.

Jubileu na Catedral – a Porta Santa de Bangui

Na tarde deste I domingo do Advento (29/11), na Catedral de Bangui, o Papa Francisco procedeu à abertura da Porta Santa, dando assim início ao Jubileu Extraordinário do Ano da Misericórdia na República Centro-Africana, Jubileu proclamado pelo Papa a 11 de abril deste ano. Na homilia da Missa, participada por sacerdotes, religiosos, seminaristas e milhare de fiéis da RCA, o Papa disse ante de tudo que Deus guiou os seus passos até esta terra, precisamente quando a Igreja universal se prepara para inaugurar o Ano Jubilar da Misericórdia. E na pessoa dos presentes Francisco saudou o pvo da RCA:

“Através de vós, quero saudar todos os centro-africanos, os doentes, as pessoas idosas, os feridos pela vida. Talvez alguns deles estejam desesperados e já não tenham força sequer para reagir, esperando apenas uma esmola, a esmola do pão, a esmola da justiça, a esmola dum gesto de atenção e bondade».

Em seguida o Papa convidou a todos a confiar na força e no poder de Deus que curam o homem, convidando-os a «passar à outra margem», como diz o moto da visita do Papa à RCA, uma travessia, reiterou o Papa, que não faremos sozinhos mas juntamente com Jesus. E Francisco sublinhou :

« Devemos estar cientes de que esta passagem para a outra margem só se pode fazer com Ele, libertando-nos das concepções de família e de sangue que dividem, para construir uma Igreja-Família de Deus, aberta a todos, que cuida dos mais necessitados. Isto pressupõe a proximidade aos nossos irmãos e irmãs, isto implica um espírito de comunhão. Não se trata primariamente duma questão de recursos financeiros; realmente basta compartilhar a vida do Povo de Deus, dando a razão da esperança que está em nós e sendo testemunhas da misericórdia infinita de Deus”.

Na verdade, depois de nós mesmos termos feito a experiência do perdão, devemos perdoar, pois uma das exigências essenciais da vocação à perfeição é o amor aos inimigos, um amor que nos protege contra a tentação da vingança e contra a espiral das retaliações sem fim, disse Francisco que também acrescentou:

“Consequentemente os agentes de evangelização devem ser, antes de mais nada, artesãos do perdão, especialistas da reconciliação, peritos da misericórdia. É assim que podemos ajudar os nossos irmãos e irmãs a «passar à outra margem», revelando-lhes o segredo da nossa força, da nossa esperança, e da nossa alegria que têm a sua fonte em Deus, porque estão fundadas na certeza de que Ele está connosco no barco”.

Comentando os textos litúrgicos do domingo, o Papa falou de algumas características da salvação anunciada por Deus. Antes de tudo a felicidade de Deus é justiça. Aqui, como noutros lugares, muitos homens e mulheres têm sede de respeito, justiça, equidade, sem avistar no horizonte qualquer sinal positivo para eles, o Salvador vem trazer o dom da sua justiça, vem tornar fecundas as nossas histórias pessoais e colectivas, as nossas esperanças frustradas e os nossos votos estéreis, reiterou Francisco.
A salvação de Deus tem igualmente o sabor do amor, continuou o Papa, e o Filho nos veio revelar um Deus que não é só Justiça mas também e antes de tudo Amor. Em todos os lugares, mas sobretudo onde reinam a violência, o ódio, a injustiça e a perseguição, os cristãos são chamados a dar testemunho deste Deus que é Amor.

E por último, a salvação de Deus é força invencível que triunfará sobre tudo. Deus é mais forte que tudo, e esta convicção dá ao crente serenidade, coragem e força de perseverar no bem frente às piores adversidades. E Papa Francisco concluiu com um importante apelo:

“A todos aqueles que usam injustamente as armas deste mundo, lanço um apelo: deponde esses instrumentos de morte; armai-vos, antes, com a justiça, o amor e a misericórdia, autênticas garantias de paz».

E aos discípulos de Cristo, sacerdotes, religiosos, religiosas ou leigos comprometidos na RCA, este desafio e missão: «a vossa vocação é encarnar o coração de Deus no meio dos vossos concidadãos».

Com informações Rádio Vaticano

Alegria do Advento


Iniciamos mais um Ano Litúrgico, preparando-nos para o nascimento de Jesus Cristo no tempo do Natal. Nascimento que só tem sentido quando as pessoas conseguem abrir seus corações e deixarem acontecer o encontro íntimo com Aquele que vem como enviado do Pai. Assim se cumpre a realização da promessa de libertação projetada nos anúncios do Antigo Testamento.

Jesus foi prometido e proclamado como rei justo no meio de um mundo marcado pelas práticas de injustiça e de degradação da identidade da pessoa humana. O que vemos, na prática, e em todos os tempos, é o sofrimento condicionado pelos desvios do projeto querido pelo Criador. A injustiça, generalizada como está, diminui as condições necessárias para uma vida feliz e humana.

A vontade de Deus é a realização do direito e da justiça, isto é, de uma vida conforme as prescrições dos mandamentos e das indicações das bem-aventuranças do Evangelho. Não fomos criados para a destruição, indiscriminada, dos bens da natureza. “Dominai a terra” (Gn 9,7) significa construir, possibilitando o necessário para as pessoas terem uma vida saudável e digna.

A consistência do mundo depende do cuidado e de como ele é usado. Certas práticas causam medo e angústia nas pessoas, porque fragilizam a qualidade de vida e minam a alegria e as expectativas de um futuro promissor. A preparação para o Natal estimula uma concreta esperança, capaz de elevar o espírito abatido.

Estamos sensibilizados diante das ameaças causadas pelos últimos acontecimentos, tanto em Mariana, como nos atentados suicidas lá na França. Caminhamos por caminhos que levam ao caos, quase como o dilúvio citado pela Sagrada Escritura. Dá a impressão de que caminhamos para a destruição total. Isso pode acontecer se providências corajosas não forem tomadas.

A fonte do verdadeiro amor é Deus. Podemos até imaginar ou construir outros caminhos de amor, mas nunca estaremos totalmente realizados se nosso olhar não for voltado para essa fonte cristalina em Deus, através de Jesus Cristo, que causa compromisso de justiça de uns para com os outros no relacionamento.

Por Dom Paulo Mendes Peixoto – Arcebispo de Uberaba (MG)

Cinco detalhes sobre a Coroa do Advento que talvez você desconheça

A Igreja se prepara para iniciar o tempo de Advento neste domingo, 29 de novembro, e como é tradição os fiéis se reunirão para rezar e acender a primeira vela da Coroa do Advento. Confira a seguir, cinco detalhes que todo cristão deve saber sobre a Coroa.

1. Tradição e evangelização

A Coroa do Advento tem a sua origem em uma tradição pagã europeia. No inverno, acendiam-se algumas velas que representavam o “fogo do deus sol” com a esperança de que a sua luz e o seu calor voltassem. Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para evangelizar as pessoas. A partir de seus próprios costumes ensinavam-lhes a fé católica.

2. Por que deve ter uma forma circular?

O círculo não tem princípio, nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio nem fim, e também do nosso amor a Deus e ao próximo, o qual nunca deve terminar.

3. Usar ramos verdes

Verde é a cor da esperança e da vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida. O desejo mais importante deve ser querer chegar a uma união mais forte com Deus, nosso Pai, assim como a árvore e seus ramos.

4. Leva quatro velas

As quatro velas permitem refletir na experiência da escuridão provocada pelo pecado, o qual deixa o homem cego e o afasta de Deus. Depois da primeira queda do homem, Deus foi dando pouco a pouco uma esperança de salvação que iluminou todo o universo, como as velas da Coroa.

Neste sentido, assim como as trevas se dissipam com cada vela que acendemos, os séculos foram se iluminando cada vez mais com a próxima chegada de Cristo ao mundo.

As quatro velas colocadas na Coroa de Advento são acendidas semana a semana, nos quatro domingos do advento e com uma oração especial.

5. Inclui uma vela rosada

Tradicionalmente as velas da Coroa de Advento são três roxas e uma rosa, esta é acendida no terceiro Domingo do Advento. Este dia é conhecido também como “Domingo Gaudete”, ou da alegria, devido à primeira palavra do prefácio da Missa: Gaudete (regozijem-se).

Durante a Celebração Eucarística deste dia, os paramentos do sacerdote e as toalhas do altar são com detalhes rosa, simbolizando a alegria e convidando os fiéis a se alegrar porque o Senhor já está perto.

Em alguns lugares, todas as velas da Coroa são substituídas por velas vermelhas e, na Noite de Natal, é colocada no centro da coroa uma vela branca, simbolizando Cristo como centro de tudo que existe.

Sugestões

a) Recomenda-se fazer a coroa de Advento em família, aproveitando a ocasião para ensinar as crianças o sentido e o significado de tal símbolo do Natal.

b) A coroa deverá estar em um lugar privilegiado da casa, de preferência onde seja facilmente visível a todos, recordando assim a vinda cada vez mais próxima do Senhor Jesus e a importância de preparar-se bem para este momento.

c) É conveniente fixar um horário para se fazer a liturgia da coroa do Advento de maneira que seja uma ocasião familiar e ordenada, com a participação consciente de todos.

d) Recomenda-se repartir as funções de cada membro da família durante a liturgia. Um acende a vela, outro lê a passagem bíblica, outro faz algumas preces, a fim de que todos possam participar e que seja uma ocasião de encontro familiar.

sábado, 28 de novembro de 2015

Conheça o significado da Coroa do Advento


Desde a sua origem a Coroa de Advento possui um sentido especificamente religioso e cristão: anunciar a chegada do Natal sobretudo às crianças, preparar-se para a celebração do Santo Natal, suscitar a oração em comum, mostrar que Jesus Cristo é a verdadeira luz, o Deus da Vida que nasce para a vida do mundo. O lugar mais natural para o seu uso é família.

Além da coroa como tal com as velas, é uso antigo pendurar uma coroa (guirlanda), neste caso sem velas, na porta da casa. Em geral laços vermelhos substituem as velas indicando os quatro pontos cardeais. Entrou também nas igrejas em formas e lugares diferentes, em geral junto ao ambão. Cada domingo do Advento se acende uma vela. Hoje está presente em escolas, hotéis, casas de comércio, nas ruas e nas praças. Tornou-se mesmo enfeite natalino. Já não se pode pensar em tempo de Advento sem a coroa com suas quatro velas.

Simbolismo da Coroa de Advento 
Pelo fato de se tratar de uma linguagem simbólica, a Coroa de Advento e seus elementos podem ser interpretados de diversas formas. Desde a sua origem ela possui um forte apelo de compromisso social, de promoção das pessoas pobres e marginalizadas. Trata-se de acolher e cuidar da vida onde quer que ela esteja ameaçada. Podemos dizer que a Coroa de Advento constitui um hino à natureza que se renova, à luz que vence as trevas, um hino a Cristo, a verdadeira luz, que vem para vencer as trevas do mal e da morte. É, sobretudo, um hino à vida que brota da verdadeira Vida.

A mensagem da Coroa de Advento é percebida a partir do simbolismo de cada um de seus elementos.

O Círculo
A coroa tem a forma de círculo, símbolo da eternidade, da unidade, do tempo que não tem início nem fim, de Cristo, Senhor do tempo e da história. O círculo indica o sol no seu ciclo anual, sua plenitude sem jamais se esgotar, gerando a vida. Para os cristãos este sol é símbolo de Cristo.

Desde a Antigüidade, a coroa é símbolo de vitória e do prêmio pela vitória. Lembremos a coroa de louros, a coroa de ramos de oliveira, com a qual são coroados os atletas vitoriosos nos jogos olímpicos.

Os ramos verdes
Os ramos verdes que enfeitam o círculo constumam ser de abeto ou de pinus, de ciprestes. É símbolo nórdico. Não perdem as folhas no inverno. É, pois, sinal de persistência, de esperança, de imortalidade, de vitória sobre a morte.

Para nós no Brasil este elemento é um tanto artificial e, por isso, problemático, menos significativo, visto que celebramos o Natal no início do verão e com isso não vivenciamos esta mudança da renovação da natureza. Por isso, a tendência de se substituir o verde por outros elementos ornamentais do círculo: frutos da terra, sementes, flores, raízes, nozes, espigas de trigo.

Para ornar a coroa usam-se também laços de fitas vermelhas ou rosas, símbolo do amor de Jesus Cristo que se torna homem, símbolo da sua vitória sobre a morte através da sua entrega por amor.

Deste modo, nas guirlandas penduradas nas portas das casas, os laços ocupam o lugar das velas.

Lembram os pontos cardeais, a cruz de Cristo, que irradia a luz da salvação ao mundo inteiro.

As velas
As quatro velas indicam as quatro semanas do Tempo do Advento, as quatro fases da História da Salvação preparando a vinda do Salvador, os quatro pontos cardeais, a Cruz de Cristo, o Sol da salvação, que ilumina o mundo envolto em trevas. O ato de acender gradativamente as velas significa a progressiva aproximação do Nascimento de Jesus, a progressiva vitória da luz sobre as trevas.Originariamente, a velas eram três de cor roxa e uma de cor rosa, as cores dos domingos do Advento.

O roxo, para indicar a penitência, a conversão a Deus e o rosa como sinal de alegria pelo próximo nascimento de Jesus, usada no 3º domingo do Advento, chamado de Domingo “Gaudete” (Alegrai-vos).

Existem diferentes tradições sobre os significados das velas. Uma bastante difundida:
a primeira vela é do profeta;
a segunda vela é de Belém;
a terceira vela é dos pastores;
a quarta vela é dos anjos.

Outra tradição vê nas quatro velas as grandes fases da História da Salvação até a chegada de Cristo. Assim:
a primeira é a vela do perdão concedido a Adão e Eva, que de mortais se tornarão seres viventes em Deus;
a segunda é a vela da fé dos patriarcas que crêem na promessa da Terra Prometida;
a terceira é a vela da alegria de Davi pela sua descendência;
a quarta é a vela do ensinamento dos profetas que anunciam a justiça e a paz.

Nesta perspectiva podemos ver nas quatro velas as vindas ou visitas de Deus na história, preparando sua visita ou vinda definitiva no seu Filho Encarnado, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:
o tempo da criação: de Adão e Eva até Noé;
o tempo dos patriarcas;
o tempo dos reis;
o tempo dos profetas.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Dia Nacional de Ação de Graças: momento de agradecer por tudo que Deus realiza em nossa vida

O Dia Nacional de Ação de Graças teve origem em 1621, na festa celebrada em gratidão a Deus pela boa safra, que garantiu a sobrevivência da frágil colônia de ingleses “peregrinos”, recém-chegados na América do Norte. Mais tarde esse dia foi oficializado e difundido. Trata-se de uma data em que se reconhece a ação de Deus na vida de um povo. No Brasil, o presidente Gaspar Dutra instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças através da lei 781, de 17 de agosto de 1949, na quarta quinta-feira do mês de novembro, como celebramos até hoje. É interessante ver que essa data surge com um decreto presidencial, marcando para o país a sua cultura cristã de reconhecer a presença de Deus na vida do povo.

Para aqueles que estão no caminho espiritual, o Dia de Ação de Graças anuncia formalmente a chegada de um novo tempo, iniciando o Advento que nos conduz ao Natal e simboliza a gratidão que sentimos à medida que nos aproximamos de Deus. Da mesma forma que o dia de Ação de Graças precede o Natal, o coração que é constantemente agradecido é um precursor do glorioso nascimento interno da Consciência Crística – alegre realização da Presença Divina em toda a criação.

Deve-se aproveitar o Dia de Ação de Graças para se refletir sobre como se tem agido, como cristão, no ano que se finda: como me comportei diante da palavra de Deus? Como agi em relação a meu próximo? Movidos pela Fé, qual foi o testemunho que dei sobre Nosso Senhor Jesus Cristo? Fiz alguma boa ação?

Mas o Dia de Ação de Graças evoca ainda algo mais: o momento em que se deve, sobretudo, agradecer a Deus por tudo que Ele proporciona à vida de cada um de nós, pois ela é um Dom de Deus que d’Ele se emprestou e, por ela, se deve agradecer. Agradecer a Deus, de modo especial pela vida e por tudo que concede ao ser humano, é reconhecer que Ele é o Senhor de tudo e de todos e, para tanto, é preciso estar revestido do espírito de humildade.

Este dia, simboliza a gratidão que sentimos à medida que nos aproximamos de Deus. Ora, se este dia está caindo no esquecimento, isto significa que não estamos tão próximos de Deus como se pensa. Então, devemos parar e rever nossa condição de cristão e se estamos imbuídos do espírito de humildade para reconhecer que o Senhor é nosso Deus. Nesse sentido, devemos nos preocupar em resgatar o verdadeiro valor do Dia de Ação de Graças e torná-lo uma realidade não só em nossas vidas, mas também em nosso calendário, visando a exortar todos os seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo a celebrar este dia como ele realmente merece ser celebrado.

Estamos vivendo uma “mudança de época”. O mundo está em polvorosa, porque, de modo inesperado, se desenha a instabilidade econômica em muitas partes do mundo. A realidade de violência assusta a todos e desestabiliza a sociedade.

O rápido desenvolvimento das comunicações conduz a um processo de globalização cultural, que exerce um significativo impacto sobre a nossa sociedade. Alguns efeitos são positivos, outros, porém, são, sem dúvida, negativos.

Ao ganharmos de Deus e da Igreja a graça de três novos íntimos colaboradores como bispos auxiliares, ontem nomeados, devemos demonstrar sabedoria no seu discernimento, e de coragem nas nossas decisões pastorais. Por isso, vamos dar louvores a Deus neste dia de ação de graças!

Queremos, neste dia de oração, agradecer pela nova evangelização que é levada a efeito em nossa Arquidiocese, para responder às necessidades das circunstâncias presentes, que mudam rapidamente. A nova evangelização exige que o Evangelho seja anunciado de modo novo no seu ardor, nos seus métodos e na sua expressão (cf. Veritatis splendor, 106). A mutável situação que hoje devemos enfrentar apresenta novos desafios, o que requererá imaginação e coragem como aquelas demonstradas pelos missionários que outrora plantaram o Evangelho nesta terra carioca. A tarefa pode parecer enorme, mas «Aquele que vos chama é fiel; Ele o realizará!» (1 Ts 5, 24).

Temos muito que agradecer nesse dia: a nossa caminhada pastoral, a inserção dos jovens em nossas comunidades e a vida de uma Igreja viva e pastoral que caminha em nossa Arquidiocese do Rio de Janeiro. Queremos agradecer a Deus pelos bispos auxiliares que vêm para servir, para criar espírito de trabalho coletivo, como disse o Papa Bento XVI nesta semana: “Não é a lógica do domínio, do poder segundo os critérios humanos, mas a lógica de ajoelhar-se para lavar os pés, a lógica do serviço, a lógica da Cruz, que é a base de todo exercício da autoridade”. “Em todo tempo a Igreja está comprometida em se moldar a esta lógica e a testemunhá-la para fazer transparecer o verdadeiro ‘Senhorio de Deus’, o do amor”, seguiu dizendo.


Dia de ação de graças na paróquia, participe!

Nos uniremos à muitas comunidades pelo mundo nessa quinta-feira no Dia de Ação de Graças 2015. Um momento especial de elevar ao Pai nosso sincero agradecimento por tudo aquilo que conquistamos e também o que perdemos nesse ano, pelo dom da vida e pela nossa família: "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" (1 Ts 5, 18).

Venha participar conosco e traga seu gesto concreto de ação de graças em forma de alimentos, que serão doados àqueles que necessitam. Nessa quinta-feira, às 19:30h, na igreja matriz de São Domingos. Participe!


A vez da África



É a vez da África receber Francisco. O Papa tomará novamente o seu cajado de peregrino da misericórdia e deixará o Vaticano para a sua 11ª Viagem Apostólica Internacional que o levará desta vez ao Quênia, Uganda e República Centro-Africana entre os dias 25 e 30 de novembro. Será a primeira vez, em absoluto, de Bergoglio em terras africanas.

Já durante o III Retiro Mundial de Sacerdotes em Roma, no último mês de janeiro, Francisco expressara o seu desejo de realizar uma viagem ao continente africano, condicionando o seu desejo ao desejo de Deus: “se Deus quiser”. Falando sobre esta importante terra, o Santo Padre recordou a relevante ação da Igreja Católica naquele continente, em especial nas áreas da educação e da saúde.

O olhar de Francisco para essa terra, que ao longo dos séculos viveu e ainda hoje vive a exploração, a miséria, a guerra, se detém nas pessoas, no caminho de povos que suportaram e suportam tanto sofrimento, na esperança de poder viver dias melhores sob um céu de justiça e reconciliação.

Por isso, o Santo Padre em muitas ocasiões não deixou de chamar a atenção para a exploração do homem e dos recursos naturais africanos por parte das potências mundiais, pedindo respostas urgentes que ainda não chegaram.

Sua ida ao continente negro colocará em foco dramas de países que vivem problemas indescritíveis e situações ainda por resolver que interessam a comunidade internacional. Problemas de instabilidade política, social e econômica. Os temas-chave desta viagem, segundo o porta-voz vaticano, Pe. Federico Lombardi serão: paz, diálogo inter-religioso e o testemunho dos mártires cristãos. Quando o avião papal tocar a terra queniana na próxima quarta-feira estará sendo escrita uma nova história para o continente africano com a presença de Francisco que, mais uma vez, demonstra a sua predileção pelos últimos, “pelas periferias”.

No Quênia, Papa pede autêntica preocupação com os pobres

“A vossa nação é também uma nação de jovens.” “A juventude é o recurso mais valioso de qualquer nação”: nesses termos, o Papa Francisco quis dirigir suas primeiras palavras à nação queniana, no início de sua primeira viagem ao continente africano.

Na visita de cortesia ao presidente do Quênia [com o Papa na foto] – na State House de Nairóbi –, no encontro com as autoridades da nação africana e com o corpo diplomático, teve lugar a execução dos hinos, as honras militares com a tradicional execução das 21 salvas de canhão e a apresentação das duas delegações.

Antes do discurso, o Santo Padre plantou uma oliveira, na esteira da tradição existente no país – por parte dos alunos – de plantarem árvores para a posteridade.

Futuro

Após expressar sua expectativa, neste dias, de encontrar muitos jovens e falar com eles a fim de encorajar suas esperanças e aspirações para o futuro, Francisco disse que “proteger os jovens, investir neles e dar-lhes uma mão amiga é o modo melhor para garantir um futuro digno da sabedoria e dos valores espirituais queridos aos seus anciãos, valores que são o coração e a alma de um povo”.

Tendo agradecido pela calorosa recepção em sua primeira visita à África, o Papa disse olhar com esperança a sua estada entre eles.

Reconhecendo no Quênia uma comunidade com ricas diversidades, que desempenha um papel significativo na região, o Pontífice disse tratar-se de “uma nação jovem e vigorosa.”

País abençoado

Evidenciando as riquezas do país, Francisco disse que “o Quênia foi abençoado não só com uma beleza imensa nas suas montanhas, rios e lagos, nas suas florestas, savanas e regiões semidesertas, mas também com a abundância de recursos naturais.

“A grave crise do meio ambiente, que o mundo enfrenta, exige uma sensibilidade ainda maior pela relação entre os seres humanos e a natureza. Temos a responsabilidade de transmitir a beleza da natureza, na sua integridade, às gerações futuras e a obrigação de exercer uma justa administração dos dons que recebemos”, disse o Papa.

Estes valores estão profundamente arraigados na alma africana. Num mundo que continua mais a explorar do que proteger a nossa casa comum, tais valores devem inspirar os esforços dos governantes para promover modelos responsáveis de desenvolvimento econômico, acrescentou.

Dito isso, Francisco evidenciou que há uma ligação clara entre a proteção da natureza e a construção duma ordem social justa e equitativa. “Não pode haver renovação da nossa relação com a natureza, sem uma renovação da própria humanidade”, disse o Santo Padre, citando a Laudato si (118).

A busca do bem comum deve ser um objetivo primário na obra de construção duma ordem democrática sã, fortalecendo a coesão e a integração, a tolerância e o respeito pelos outros, disse o Papa, acrescentando:

Superação

“A experiência demonstra que a violência, os conflitos e o terrorismo se alimentam com o medo, a desconfiança e o desespero que nascem da pobreza e da frustração. Em última análise, a luta contra estes inimigos da paz e da prosperidade deve ser conduzida por homens e mulheres que, destemidamente, acreditam e, honestamente, dão testemunho dos grandes valores espirituais e políticos que inspiraram o nascimento da nação.”

Em seu primeiro discurso em terras africanas, o Papa fez, por fim, uma premente exortação:

“Peço-vos, de modo particular, que manifesteis uma autêntica preocupação com as necessidades dos pobres, as aspirações dos jovens e uma distribuição justa dos recursos naturais e humanos com que o Criador abençoou o vosso país. Garanto-vos a prossecução dos esforços da comunidade católica, através das suas obras educacionais e caritativas, procurando oferecer a sua contribuição específica nestas áreas.”

O Papa Francisco concluiu invocando abundantes bênçãos ao povo queniano.
Por Rádio Vaticano

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Dom Geraldo comenta tragédia com barragens em Bento Rodrigues (MG)

A tragédia em Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG) é de proporção incalculável, afirma o arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha. Em entrevista à Rádio Canção Nova, ele comentou o acidente e a solidariedade do povo e da Igreja Católica para com as vítimas e desalojados.

O rompimento de duas barragens da mineradora Samarco na última quinta-feira, 5, deixou, até agora, cinco mortos e 24 desaparecidos. Uma enxurrada de lama deixou o distrito de Mariana submerso e teve impacto também ambiental: pelo menos 500 mil pessoas devem ficar sem água, pois a lama com resíduos de mineração deve atingir 23 municípios entre os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. No estado capixaba, já foram afetadas as cidades de Linhares, Baixo Gandu e Colatina.

“A tragédia ganhou proporções ainda maiores porque todo esse detrito está sendo encaminhado para os rios e atingiu o Rio Doce, que é um dos grandes rios aqui de Minas. Ele nasce aqui nas proximidades de Mariana e vai desaguar no Estado do Espírito Santo. Esse rio passa por uma região muio populosa, o Vale do Aço”, explicou Dom Geraldo.

A Igreja Católica está recebendo e distribuindo alimentos, remédios, roupas e outros tipos de ajuda às vítimas e desalojados. Dom Geraldo contou que há uma articulação da arquidiocese, através de suas paróquias, e o poder público tem agido de forma organizada. “Graças a Deus, mesmo no meio da tragédia, a gente pode experimentar os sinais de amor, de solidariedade, de fraternidade”.

O momento é de muita dor e também de muita incerteza, já que os sobreviventes da tragédia não têm para onde ir. Alguns lugares de Bento Rodrigues já nem existem mais, pois ficaram inteiramente destruídos após a enxurrada de lama. Não é possível identificar nem mais o local da igreja, lamentou Dom Geraldo.

O arcebispo informou que nesta quinta-feira, 12, quando a tragédia completa sete dias, haverá uma celebração na catedral de Mariana pelas vítimas da tragédia.

Para ajudar todos os atingidos, a arquidiocese disponibilizou e está monitorando a seguinte conta bancária, onde podem ser depositadas doações:

Titular: Arquidiocese de Mariana
CNPJ: 16.855.611/0001-51
Banco: 104 – Caixa Econômica Federal
Agência: 1701 – Mariana
Operação: 003
Conta Corrente: 00.000.001-7

Mais informações podem ser obtidas no Departamento Arquidiocesano de Comunicação (Dacom) pelo telefone: (31) 3557-3167.
Por Canção Nova

Papa assegura que toda peregrinação é “uma experiência de misericórdia”

“A peregrinação é também esperança de misericórdia, partilha e solidariedade com quem faz o mesmo caminho, como também de acolhimento e generosidade da parte de quem hospeda os peregrinos”.

Assim o assegurou o Papa Francisco em uma mensagem enviada às Pontifícias Academias por razão da Assembleia Plenária que celebram estes dias com o tema “Ad limina Petri. Traços monumentais da peregrinação nos primeiros séculos do Cristianismo”.

A respeito deste tema, o Santo Padre assinalou que o título “nos prepara para o início do Ano Santo, reclamando oportunamente a atenção acerca da peregrinação como elemento constitutivo do Jubileu”, a ser realizado a partir do próximo dia 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição.

“Espero de coração que todos aqueles que visitarão a cidade de Roma por motivo do Ano Santo, ou vivam a experiência da peregrinação das diversas metas propostas pelas Igrejas locais, se sintam como os discípulos de Emaús, o Senhor Jesus junto a eles como companheiro de viagem. Portanto, possam experimentar a alegria do encontro com Ele”, disse o Pontífice.

“Sua reflexão ajudará a aprofundar o sentido da peregrinação cristã, assim como nos remete aos primeiros séculos da era cristã os itinerários dos peregrinos nos santuários romanos”, assegurou o Papa.

Com relação aos trabalhos das Pontifícias Academias assinalou: “Quero expressar a esperança de que estas sessões constituem sempre momentos de enriquecimento cultural e interior, de incentivo a um compromisso pessoal e comunitário cada vez mais fecundo e capaz de suscitar na Igreja o desejo de um humanismo renovado, aos desafios de nosso tempo”.

No encontro foram entregues o prêmio das Academias Pontifícias e a Medalha do Pontificado aos vencedores deste ano.

Por ACI

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Audiência: TV e celular comprometem convívio familiar, diz papa Francisco

O convívio familiar foi o tema da Audiência Geral desta quarta-feira (11/11) do Papa Francisco. Cerca de 20 mil fiéis e peregrinos compareceram na Praça S. Pedro, entre eles os participantes do III encontro dos missionários brasileiros na Europa.

O convívio, a partilha dos bens da vida, explicou Francisco, é uma característica das relações familiares. A família reunida ao redor da mesa é um símbolo, um ícone, desta experiência fundamental. “Uma família que quase nunca faz junta as refeições, ou que à mesa não fala, mas assiste à televisão, ou olha o celular, é uma família ‘pouco família’. “Significa que há algum problema.” “É o silêncio do egoísmo”, disse.

Neste sentido, recordou o Pontífice, o Cristianismo possui uma vocação especial a esta índole convivial. Jesus, além ensinar quando se encontrava à mesa, também usava esta imagem para falar do Reino de Deus; aliás, foi na mesa da última Ceia que Ele nos deixou a Eucaristia como testamento do seu Sacrifício na Cruz.

Nos dias de hoje, em que vemos as famílias sempre menos reunidas, advertiu o Papa, a passagem da mesa da família à mesa da Eucaristia é ainda mais importante. Na Missa, o Senhor oferece o seu Corpo e Sangue para todos, fazendo que a própria experiência do convívio familiar se abra a uma experiência de uma convivência universal: assim a família cristã mostra o seu verdadeiro horizonte, que é o da Igreja, Mãe de todos os homens, onde não existem excluídos nem abandonados.

Até ontem, recordou, bastava uma única mãe para cuidar das crianças no pátio, porque os filhos eram considerados um bem de toda a comunidade.

Hoje, acrescentou o Pontífice, muitos contextos sociais põem obstáculos ao convívio familiar. “Devemos encontrar o modo para recuperá-lo”, pois “parece que se tornou uma coisa que se compra e vende”, disse o Papa.

Todavia, notou o Papa, o nutrimento nem sempre é o símbolo de uma justa compartilha dos bens, capaz de alcançar quem não tem nem pão nem afetos. E advertiu para a opulência dos países ricos diante dos demasiados irmãos e irmãs que permanecem fora da mesa. “É uma vergonha”, reiterou o Papa.

“Rezemos para que este convívio familiar possa crescer e amadurecer no tempo de graça do próximo Jubileu da Misericórdia”, concluiu Francisco.

Ao saudar os numerosos grupos de peregrinos na Praça, o Papa mencionou os fiéis brasileiros de Aracaju, Divinópolis, Pernambuco e São Paulo.

Bósnia-Herzegóvina

Antes da Audiência Geral, o Papa recebeu o Presidente da Bósnia-Herzegovina, Dragan ?ovi?, com uma delegação de 40 pessoas.

No encontro, Francisco recordou a viagem que fez a Sarajevo, em junho passado. “Ainda guardo no meu coração tantas coisas grandes e belas que aprendi com vocês: a capacidade de sofrimento, a capacidade de perdão, ou pelo menos de buscar o perdão, a capacidade de unir-nos e trabalhar juntos, a capacidade de diálogo. Obrigado pelos exemplos que dão à humanidade.”

Ao cumprimentar a delegação do Presidente, o Pontífice estendeu sua saudação a toda a população do país, de modo especial os jovens.

Por Rádio Vaticano

Cáritas Brasileira promove Semana da Solidariedade em prol da paz


A Cáritas Brasileira, organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), promove todos os anos a Semana da Solidariedade. Neste ano, quando a Cáritas Brasileira completa 59 anos, a Semana da Solidariedade acontece até esta quinta-feira, 12 de novembro, com o tema ‘Nunca mais a violência, nunca mais a guerra’.

São dias de celebração pelo aniversário da organização, em que a rede, por meio de seus agentes por todo o Brasil, empenha-se em dar visibilidade às múltiplas ações realizadas na garantia dos direitos das pessoas.

Este período tem o objetivo de apresentar à sociedade denúncias de violação dos direitos da juventude, fortalecendo e pautando o debate social e político em torno das violências e das possibilidades de superação dessa realidade.

A Rede Cáritas, no Brasil, soma forças de solidariedade para vivenciar a Semana da Solidariedade com gestos concretos para a superação da violência. Nessa perspectiva, foram sugeridas atividades para serem trabalhadas em cada local, grupo ou comunidade onde há atuação da Cáritas Brasileira, por meio dos secretariados regionais e entidades-membro.

Sugestão de atividades

Os jogos e esportes coletivos devem ser espaços de viver lúdico e colaborativo. Nessas práticas, pode-se viver a experiência da cooperação, rompendo com o individualismo, sendo também espaço para estimular a criatividade, o diálogo e apoio coletivo, confiança, mediação, resolução de problemas e o desejo de realização.

Por A12

Francisco na Polônia irá à JMJ, ao santuário de Czestochowa e a Auschwitz

O presidente da Polônia, Andrzej Duda, confirmou nesta segunda-feira que o papa Francisco em sua viagem apostólica – além de participar da Jornada Mundial da Juventude que se realizará do 26 ao 31 de Julho do ano que vem na cidade de Cracóvia – quer ir também ao santuário de Nossa Senhora de Czestochowa (foto) e ao campo de concentração de Auschwitz.

O anúncio foi depois da audiência que o Papa Francisco lhe concedeu no Vaticano nesta segunda-feira, e na qual o presidente lhe presenteou com um quadro de Nossa Senhora de Czestochowa, com a intenção de que o proteja, que o Santo Padre disse: “Sim, porque eu preciso’.

Por sua parte, o Papa deu-lhe um medalhão da paz e uma cópia encadernada da Evangelii Gaudium em polonês.

O presidente, acompanhado por sua esposa Agatha e sua filha Kinga, demonstrou a sua profunda satisfação por ter conhecido pessoalmente o papa latino-americano, acrescentou que é “um homem extraordinário que transpira bondade”. Também disse que falaram de imigração e de refugiados.

Por outro lado, ontem, domingo pela tarde, o cardeal polonês Zygmunt_Zimowski, do Pontifício Conselho da Pastoral para os trabalhadores sanitários, celebrou a santa missa diante do túmulo do papa São João Paulo II, na qual participou o presidente e vários compatriotas .

A sala de imprensa da Santa Sé indicou em um comunicado que “durante o colóquio ficou clara a positiva contribuição da Igreja católica na sociedade polonesa”.

“Posteriormente – continua o comunicado – conversaram sobre temas de mútuo interesse, como a promoção da família, o apoio às classes sociais mais necessitadas e a acolhida dos imigrantes”.

Também falou-se, conclui a nota, de “temas relacionados à comunidade internacional, como segurança, o conflito da Ucrânia e a situação do Oriente Médio”.

O presidente polonês também se reuniu com o secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin, acompanhado pelo subsecretário para as Relações com os Estados, mons. Antoine Camilleri.

Por Zenit

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Concorra a um lindo presépio para bem celebrar o nascimento de Jesus Cristo

Todo cristão deve celebrar o verdadeiro sentido do natal, e um costume muito antigo é montar os tradicionais presépios. A paróquia São Domingos irá sortear dois lindos presépios, para concorrer basta comprar seu cupom nas secretarias. O sorteio será no dia 08/12. Não fiquei fora dessa!


Padre Victor será beatificado no próximo sábado

Será beatificado no próximo sábado, dia 14 de novembro em Três Pontas (MG), o Beato Padre Victor, sacerdote diocesano que viveu entre 1827 e 1905. O representante do Santo Padre será o Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos. O Arcebispo de Aparecida, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, escreveu sobre o novo beato brasileiro: 


Beato Padre Vitor

Francisco de Paula Victor nasceu na cidade da Campanha (MG), no dia 12 de abril de 1827, e foi batizado em 20 de abril do mesmo ano pelo padre Antônio Manoel Teixeira. Era filho da escrava Lourença Maria de Jesus. O Santo bispo Dom Antônio Ferreira Viçoso, bispo de Mariana (MG), na época em que o estado de Minas todos era servido pela Igreja Mãe de Mariana, visitou a cidade da Campanha em 1848. Victor, então alfaiate, procurou Dom Viçoso e disse que tinha o desejo de ser padre. Com isso, ele entrou para o seminário de Mariana, em que foi aceito em 05 de junho de 1849.

Mudou-se para Três Pontas em 14 de junho de 1852, como vigário encomendado e paroquiou na cidade por 53 anos. Era conhecido por sempre visitar doentes, amparar os inválidos e atender a população em suas necessidades. Além disso, fundou a escola “Sagrada Família”.

Victor faleceu no dia 23 de setembro de 1905. A notícia abalou a cidade e toda a região, que já o venerava. Após sua morte, ele ficou insepulto por três dias e o corpo do padre exalava perfume, segundo relatam. Ele foi enterrado na Igreja Matriz de Nossa Senhora D’Ajuda, que também foi construída por Padre Victor. Desde então, muitas pessoas declaram que o religioso intercedeu para que alcançassem seus pedidos e graças.

O memorial do Padre Victor, em Três Pontas, chega a receber até 10 mil visitas durante os dias de novena do religioso, comemorado, anualmente, em 23 de setembro. No local, é possível encontrar vestes litúrgicas usadas pelo padre, objetos de devoção ou utilizados no oficio de sacerdócio pelo religioso, além de uma imagem de Padre Victor.

A Santa Sé Apostólica marcou a data da festa de beatificação de Padre Victor, em Três Pontas (MG). Segundo o nosso amado irmão, o venerável Bispo da diocese da Campanha (MG), Dom Diamantino Prata de Carvalho, OFM, a beatificação acontecerá no dia 14 de novembro, às 16hs, no Campo de Aviação da cidade de Três Pontas.

A Santa Sé Apostólica reconheceu em julho deste ano um milagre atribuído à intercessão do Venerável sacerdote diocesano. O pedido foi feito pela professora Maria Isabel de Figueiredo, que não podia engravidar. Foram dois anos de tratamentos e muitas desilusões, até que ela pediu ajuda a Padre Victor durante uma novena em 2009. Um ano depois, a professora conseguiu engravidar de uma menina, contrariando todas as previsões médicas.

Nhá Chica e Padre Victor representam, sem sombra de dúvida, um tributo a todos os afrodescentes que vivendo as dificuldades próprias do tempo da escravidão demonstraram com a força invencível da fé que Deus quebra todos os grilhões. Nhá Chica, a leiga forte que evangelizou. Padre Victor, o negro sacerdote, que edificou quebrando o preconceito pela sua cor e pela sua condição. Deus destrona os grandes e eleva os humildes.

Agora a centenária e amada Diocese da Campanha doa à Igreja no Brasil dois santos que falam a linguagem do povo. Para o clero, Padre Victor é a luz maravilhosa que nos chama a humildade, ao desprendimento e ao gastar a sua vida por todos os homens e mulheres de boa vontade. Pobre no meio dos pobres, sempre em favor das periferias existenciais.

Padre Victor fundou escolas, edificou hospitais e santificou pela coerência de vida. Não tinha vergonha de sua cor e edificou porque fez de sua pobreza material a riqueza do seu caráter e da sua santidade. Padre Victor entendeu a mentalidade agrícola e rural de seu tempo. Valorizou os trabalhadores rurais e os proprietários, pregando a harmonia e a justiça social.

Com a celebração, Padre Victor será o segundo beato do Sul de Minas. Em maio de 2013, Francisca de Paula de Jesus, a Nhá Chica, foi beatificada em Baependi (MG), onde passou a vida. Que o exemplo de vida destes dois santos campanhenses nos ajudem a viver a santidade!

Cardeal Raymundo Damasceno Assis

Arcebispo Metropolitano de Aparecida, SP.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Pastorais Sociais do Regional Leste II lançam manifesto sobre a tragédia de Mariana, em MG; leia a íntegra da nota

“A terra é dom do Criador” 
(Dt 8,7)

As Pastorais Sociais do Regional Leste II da CNBB , compreendendo os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, reunidas nos dias 6 a 8 de novembro, na casa de retiros Nossa Senhora da Alegria, no centro do complexo de barragens das mineradoras, dos municípios de Ouro Preto e Mariana, diante da catástrofe causada pelo rompimento das barragens Santarém e Fundão no dia 5 de novembro, denunciam o crime contra a vida, o meio ambiente e a biodiversidade provocado pela companhia Vale e BhpBilliton (Samarco).

A exploração mineral no Brasil vem crescendo de forma desordenada e irresponsável, como resultado de uma política de apropriação extensa de territórios, de bens naturais, culturais e recursos hídricos por grandes grupos econômicos, provocando impactos violentos a povos, comunidades e territórios, gerando conflitos em toda sua cadeia: remoções forçadas de famílias e comunidades, poluição das nascentes, dos rios, do ar, poluição sonora, desmatamento, acidentes de trabalho, de trânsito, falsas promessas de prosperidade, concentração privada da riqueza e distribuição pública dos impactos, criminalização dos movimentos sociais, descaracterização e desagregação sociocultural. 

Esta política excludente foi denunciada pelo Fórum Social da Arquidiocese de Mariana em 2012, em sintonia com o testemunho de Dom Luciano Mendes de Almeida: “Toda atividade mineradora e industrial deve ter como parâmetro o bem estar da pessoa humana, buscando a superação dos impactos negativos sobre a vida em todas as suas formas e a preservação do planeta, com respeito ao meio ambiente, à biodiversidade e ao uso responsável das riquezas naturais” . 

Este desastre criminoso acontece dentro de uma sequência de outras tragédias ocorridas em várias regiões do país, das quais destacamos os ocorridos em Minas Gerais: Miraí, Muriaé, Espera Feliz, Nova Lima/Macacos e Itabirito, ficando impunes as empresas mineradoras que os provocaram.

No entanto esse modelo depredatório e desumano parece não ter fim. Segundo os dados do DNPM existem mais de 700 barragens de rejeito em Minas Gerais, dentre as quais, 43 em alto risco de rompimento, algumas com potencial maior do que as de Santarém e Fundão, o que causou danos humanos e ambientais irreversíveis, contaminando a água na bacia do Rio Doce, agravando ainda mais a crise hídrica na região, prejudicando a vida de milhões de pessoas. A Vale matou o Rio Doce.

Como cristãos representantes das Pastorais Sociais, em sintonia com os apelos do papa Francisco na encíclica LaudatoSí,somos corresponsáveis pelo cuidado com a Casa Comum, exigimos que o Estado garanta o cumprimento de direitos das populações atingidas e afetadas, proteja o meio ambiente e puna com rigor os culpados. 

Em comunhão com Arcebispo de Mariana Dom Geraldo Lyrio Rocha, fazemos nossa suas palavras: “A tristeza é grande, a dor é profunda, os prejuízos são enormes, a desolação não tem tamanho... Entre os escombros brotam sinais de vida e ressurreição. Deus está presente. O Ressuscitado comunica vida onde está a morte. O Espírito Santo ascende a chama da esperança no meio dos gemidos de desespero.”

Distrito de Antônio Pereira/Ouro Preto – MG, 7 de novembro de 2015

Primeiros mártires nascidos no Brasil podem ser canonizados em 2017


Os Bem-aventurados Mártires de Cunhaú e Uruaçu, conhecidos como Protomártires do Brasil, podem ser canonizados em 2017, quando o Papa Francisco deve retornar ao Brasil por ocasião dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. O anúncio foi feito pelo Arcebispo de Natal (RN), Dom Jaime Vieira Rocha, em coletiva de imprensa na terça-feira, 3.

O Arcebispo esteve em Roma e participou de uma audiência com o prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato, no dia 27 de outubro. Na ocasião, abordou a possível canonização destes que serão os primeiros mártires santos nascidos em território brasileiro.

“Desde agosto, vínhamos mantendo contato com o Cardeal Dom Cláudio Hummes, que nos informou que o Papa pretende canonizar os Mártires mais antigos, não só os nossos, mas mártires de outras partes do mundo também”, afirmou Dom Jaime.

Ele informou que o Cardeal Amato lhe mostrou “um escrito do Papa pedindo que o processo de canonização fosse agilizado”.

De acordo com o Prelado, a Arquidiocese começará a intensificar as providências solicitadas pelo Cardeal Amato, que sinalizou a possibilidade de o Papa Francisco canonizar os Mártires Potiguares, em 2017, em sua provável viagem ao Brasil.

Os Mártires de Cunhaú e Uruaçu foram beatificados por São João Paulo II, na Praça de São Pedro, em Roma, no ano 2000. Sua história remonta ao período em que holandeses calvinistas ocuparam territórios do nordeste do país, entre 1630 e 1654. Na época, quiseram obrigar os católicos a se converterem ao calvinismo e proibiram a celebração da Santa Missa.

Foi nesse contexto que, em 1645, católicos do Engenho de Cunhaú foram martirizados durante a Celebração Eucarística, de maneira violenta. Três meses depois, o caso voltou a se repetir em Uruaçu com crueldade ainda maior. Segundo relatos, nessa ocasião, o camponês Mateus Moreira teve o coração arrancado pelas costas, mas, antes de morrer pôde gritar em alta voz: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!”.

Capelinha de Fátima

Durante a coletiva, o Dom Jaime Vieira Rocha anunciou ainda que recebeu autorização para construir em Natal (RN) uma réplica da Capelinha das Aparições de Nossa Senhora de Fátima no Parque das Dunas, zona norte da capital potiguar.

Também no fim de outubro, o Arcebispo esteve em Fátima, Portugal, “com a finalidade de ter um contato com Dom Antônio Marto, Bispo de Leiria-Fátima”.

“Recebemos dele a autorização para construirmos aqui, no Parque das Dunas, zona norte de Natal, a réplica da capelinha das aparições de Nossa Senhora de Fátima”, contou o Prelado.

Segundo ele, Dom Antônio Marto também presenteou o Santuário de Fátima, em Natal, com uma imagem da Virgem de Fátima.

Papa: as reformas vão continuar com a ajuda de toda a Igreja

As reformas no Vaticano vão continuar. Foi o que disse o Papa Francisco falando aos fiéis reunidos na Praça São Pedro para a Oração mariana do Angelus, fazendo referência às notícias dos dias passados que turbaram muitos dos fiéis a propósito de documentos reservados da Santa Sé que foram subtraídos e publicados.

“Por isso, gostaria de lhes dizer, antes de tudo, que roubar esses documentos é um crime. É um ato deplorável que não ajuda. Eu mesmo tinha pedido para fazer esse estudo, e esses documentos eu e os meus colaboradores já os conhecíamos bem, e foram tomadas as medidas que começaram a dar frutos, até mesmo alguns visíveis”.

“Por isso, quero lhes assegurar que este triste fato não me distrai certamente do trabalho de reforma que estamos realizando com os meus colaboradores e com o apoio de todos vocês. Sim, com o apoio de toda a Igreja, porque a Igreja se renova através da oração e da santidade de todo batizado”.

“Portanto, agradeço a vocês e peço que continuem a rezar pelo Papa e pela Igreja, sem se deixarem turbar, mas indo para a frente com confiança e esperança”.

Novembro Azul conscientiza homens para prevenção do câncer de próstata


Depois de o mês de outubro ser marcado pela campanha de mobilização para prevenção do câncer de mama, conhecida como Outubro Rosa, agora é a vez dos homens. O mês de novembro é internacionalmente dedicado às ações relacionadas ao câncer de próstata e à saúde do homem. O mês foi escolhido pois o próximo sábado (17) é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata.

O câncer de próstata é o sexto tipo mais comum no mundo e o de maior incidência nos homens. As taxas da manifestação da doença são cerca de seis vezes maiores nos países desenvolvidos.

Cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem em homens com mais de 65 anos. Quando diagnosticado e tratado no início, tem os riscos de mortalidade reduzidos. No Brasil, é a quarta causa de morte por câncer e corresponde a 6% do total de óbitos por este grupo.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Dia de Finados: A liturgia dos fiéis falecidos; conheça o significado


Na liturgia católica, o primeiro de novembro é comemorado como “Dia de todos os Santos”. A ideia se volta para as pessoas falecidas, que deixaram marcas no testemunho de vida autêntica, principalmente de humildade e registradas na memória de quem com elas conviveram. Mais do que isto, a santidade deve começar na vida terrena, também antes da morte.

Não sei se se pode falar de morte feliz. Pelo menos olhamos para os falecidos, que praticaram as bem-aventuranças propostas pelo Evangelho, com olhos positivos. Conforme as promessas da Palavra de Deus, o bem praticado na terra será recompensado no céu. Quem faz o caminho de seguimento de Jesus Cristo não ficará desamparado na outra vida.

Falar sobre “Dia de Finados”, ou dos falecidos, significa tocar no sentimento que atinge a todas as pessoas. Não é apenas o sofrimento pela perda de um ente querido, mas também deixa transparecer a realidade de um mistério escondido por traz da vida terrena. O ser humano tem uma dimensão de eternidade, e foi criado para plenificar a identidade do Criador.

Entre as bem-aventuranças (Mt 5,1-12) aparece, como primeiro destaque, “Felizes os pobres em espírito” (Mt 5,3). É uma pobreza que vai além da condição material. Uma pessoa de espírito pobre significa estar totalmente vazia de Deus, mesmo tendo uma condição econômica confortável. Nisto está seu nível de verdadeira felicidade ou não.

É feliz aquele que é capaz de ver os reflexos de Deus em tudo. Até a morte passa a ter uma dimensão diferente e encarada como caminho de santidade. Sabemos, muito bem, que não é fácil ser puro, ser honesto e santo. São atitudes que dependem de uma vivência radical do Evangelho.

Diante das pessoas estão abertas duas realidades, o agora e o depois, constituindo uma esfera de mistério. Duas situações que estão muito interligadas, sendo a primeira construída e sustentada por uma história de testemunho, de esperança e de solidificação da santidade. A outra é a realização plena da caridade na identidade de Deus, que é amor.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto – Arcebispo de Uberaba (MG)


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