Uma coisa é certa, diante da magia do natal até os corações mais tristes e sisudos se deixam contagiarem.
Para cada fase da vida uma visão: quando crianças as luzes e principalmente os presentes fascinam. É mágico! A espera pelo natal chega a ser angustiante, os dias não passam!
Basta que cresçamos um pouco e percebemos que nem tudo são flores. A figura magnânima do bom velhinho mostra-se parte de um esquema excludente, onde o “seja rico ou seja pobre” é apenas um arquétipo. E a verdadeira acepção do natal, agora faz sentido. A vinda de Cristo.
Traçados tais paralelos, o natal para o jovem deve ser, acima de tudo, uma ocasião especial durante o ano, onde por um momento, se pare e pense sob quais valores estamos edificando nossa vida.
É preciso que atrelado ao amadurecimento venha também a consciência do coletivo. Deixando de lado o velho estereótipo de anarquismo, o qual foi delegado a juventude como um todo devido a ações, ou omissões, pontuais e individuais.
O jovem deve usar sua força e desejo de mudança convergindo para o bem comum. Não há exemplo melhor de disposição e perseverança do que o dos Reis Magos.
Melchior, Baltasar e Gaspar, saíram do oriente guiados pela luz de uma estrela, que os levou até a manjedoura onde nasceu o Cristo, rei do universo. O caminho certamente não foi fácil, tiveram que atravessar desertos, talvez até passar fome e sede, porém, chegaram ao destino final.
Hoje, não é preciso cruzar longas distâncias para ajudar alguém, há sempre um irmão necessitando de algo bem ao nosso lado. Sejam necessidades físicas ou espirituais. E ao invés de ouro, incenso e mirra, devemos apenas levar o coração aberto a ouvir aquilo que aflige e agonia.
Muito me marcou quando visitei o asilo de nossa cidade com a catequese, e uma senhora apenas segurou minha mão e chorou. As crianças pouco entenderam, mas em momentos como esse não há nada o que se entender.
Portanto, jovem, nesse natal faça algo diferente, surpreenda a você mesmo, use sua força. Saía do comodismo e da individualidade dos dias modernos e vá até alguém que perdeu o encanto do natal, ou que não vê razões para festejar essa data tão importante. Pois a maior perda da vida é aquilo que morre dentro de nós enquanto ainda vivemos.
PEDRO MORENO
Olá Pedro, parabéns pela reflexão. Abraço. Padre JMarcos
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