quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Dia Nacional de Ação de Graças: momento de agradecer por tudo que Deus realiza em nossa vida

O Dia Nacional de Ação de Graças teve origem em 1621, na festa celebrada em gratidão a Deus pela boa safra, que garantiu a sobrevivência da frágil colônia de ingleses “peregrinos”, recém-chegados na América do Norte. Mais tarde esse dia foi oficializado e difundido. Trata-se de uma data em que se reconhece a ação de Deus na vida de um povo. No Brasil, o presidente Gaspar Dutra instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças através da lei 781, de 17 de agosto de 1949, na quarta quinta-feira do mês de novembro, como celebramos até hoje. É interessante ver que essa data surge com um decreto presidencial, marcando para o país a sua cultura cristã de reconhecer a presença de Deus na vida do povo.

Para aqueles que estão no caminho espiritual, o Dia de Ação de Graças anuncia formalmente a chegada de um novo tempo, iniciando o Advento que nos conduz ao Natal e simboliza a gratidão que sentimos à medida que nos aproximamos de Deus. Da mesma forma que o dia de Ação de Graças precede o Natal, o coração que é constantemente agradecido é um precursor do glorioso nascimento interno da Consciência Crística – alegre realização da Presença Divina em toda a criação.

Deve-se aproveitar o Dia de Ação de Graças para se refletir sobre como se tem agido, como cristão, no ano que se finda: como me comportei diante da palavra de Deus? Como agi em relação a meu próximo? Movidos pela Fé, qual foi o testemunho que dei sobre Nosso Senhor Jesus Cristo? Fiz alguma boa ação?

Mas o Dia de Ação de Graças evoca ainda algo mais: o momento em que se deve, sobretudo, agradecer a Deus por tudo que Ele proporciona à vida de cada um de nós, pois ela é um Dom de Deus que d’Ele se emprestou e, por ela, se deve agradecer. Agradecer a Deus, de modo especial pela vida e por tudo que concede ao ser humano, é reconhecer que Ele é o Senhor de tudo e de todos e, para tanto, é preciso estar revestido do espírito de humildade.

Este dia, simboliza a gratidão que sentimos à medida que nos aproximamos de Deus. Ora, se este dia está caindo no esquecimento, isto significa que não estamos tão próximos de Deus como se pensa. Então, devemos parar e rever nossa condição de cristão e se estamos imbuídos do espírito de humildade para reconhecer que o Senhor é nosso Deus. Nesse sentido, devemos nos preocupar em resgatar o verdadeiro valor do Dia de Ação de Graças e torná-lo uma realidade não só em nossas vidas, mas também em nosso calendário, visando a exortar todos os seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo a celebrar este dia como ele realmente merece ser celebrado.

Estamos vivendo uma “mudança de época”. O mundo está em polvorosa, porque, de modo inesperado, se desenha a instabilidade econômica em muitas partes do mundo. A realidade de violência assusta a todos e desestabiliza a sociedade.

O rápido desenvolvimento das comunicações conduz a um processo de globalização cultural, que exerce um significativo impacto sobre a nossa sociedade. Alguns efeitos são positivos, outros, porém, são, sem dúvida, negativos.

Ao ganharmos de Deus e da Igreja a graça de três novos íntimos colaboradores como bispos auxiliares, ontem nomeados, devemos demonstrar sabedoria no seu discernimento, e de coragem nas nossas decisões pastorais. Por isso, vamos dar louvores a Deus neste dia de ação de graças!

Queremos, neste dia de oração, agradecer pela nova evangelização que é levada a efeito em nossa Arquidiocese, para responder às necessidades das circunstâncias presentes, que mudam rapidamente. A nova evangelização exige que o Evangelho seja anunciado de modo novo no seu ardor, nos seus métodos e na sua expressão (cf. Veritatis splendor, 106). A mutável situação que hoje devemos enfrentar apresenta novos desafios, o que requererá imaginação e coragem como aquelas demonstradas pelos missionários que outrora plantaram o Evangelho nesta terra carioca. A tarefa pode parecer enorme, mas «Aquele que vos chama é fiel; Ele o realizará!» (1 Ts 5, 24).

Temos muito que agradecer nesse dia: a nossa caminhada pastoral, a inserção dos jovens em nossas comunidades e a vida de uma Igreja viva e pastoral que caminha em nossa Arquidiocese do Rio de Janeiro. Queremos agradecer a Deus pelos bispos auxiliares que vêm para servir, para criar espírito de trabalho coletivo, como disse o Papa Bento XVI nesta semana: “Não é a lógica do domínio, do poder segundo os critérios humanos, mas a lógica de ajoelhar-se para lavar os pés, a lógica do serviço, a lógica da Cruz, que é a base de todo exercício da autoridade”. “Em todo tempo a Igreja está comprometida em se moldar a esta lógica e a testemunhá-la para fazer transparecer o verdadeiro ‘Senhorio de Deus’, o do amor”, seguiu dizendo.


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