quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Vamos viver com intensidade o Jubileu da Misericórdia - Misericordiosos como o Pai


“Decidi convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na Misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia.”

Foi com estas palavras que o Papa Francisco anunciou o Jubileu da Misericórdia, no dia 13 de março, segundo aniversário da sua eleição ao Pontificado, durante a celebração da penitência presidida na basílica vaticana.

Para compreender melhor o que é um Jubileu demos resposta a 7 questões que muitos de nós se fazem neste momento.

O que é um Jubileu?

A celebração do Jubileu católico tem origem no Jubileu hebraico, onde a cada 50 anos, durante um ano, chamado ano sabático, eram libertados escravos, as dívidas eram perdoadas e as terras deixavam de ser cultivadas, entre outras coisas. Estas comemorações são referenciadas na Bíblia, nomeadamente em Levítico (LV 25,8). Na tradição católica o jubileu tem também a duração de um ano, mas tem um sentido mais espiritual, consistindo no perdão dos pecados dos fiéis que cumprem certas disposições eclesiais estabelecidas pelo Vaticano (Indulgências).

De onde surge a palavra Jubileu?

A palavra Jubileu vem do hebraico “yobel” que faz alusão ao chifre do cordeiro que servia como instrumento. Jubileu provém também da palavra latina “iubilum” que significa “grito de alegria”.

Qual a diferença entre Jubileu e Ano Santo?

A celebração de um Jubileu ocorre durante um ano, daí que esse ano seja chamado “Ano Santo” ou “Ano Jubilar”. A designação de “Ano Santo” começou a ser utilizada pelo Papa Sisto IV no Jubileu de 1475.

De quanto em quanto tempo se realiza um Jubileu?

O Jubileu pode ser ordinário ou extraordinário. Se a celebração de um Ano Santo ordinário ocorre a cada 25 anos, o Ano Santo extraordinário é proclamado pelo Papa sempre que pretenda celebrar algum facto de forma especial.

Quando se realizará o Jubileu da Misericórdia?

O Jubileu da Misericórdia é um Jubileu extraordinário e o seu início será assinalado oficialmente a 8 de Dezembro, dia da Imaculada Conceição, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro. Neste dia celebra-se também o 50º aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II. O encerramento do Ano Santo será no dia 20 de novembro de 2016. Este é o primeiro jubileu desde o que foi convocado por João Paulo II, em 2000, para assinalar o início do terceiro milénio.

Por que se abre a Porta Santa no início do Jubileu?

A Porta Santa só se abre durante um Ano Santo e significa que se abre um caminho extraordinário para a salvação. Na cerimónia de abertura, o Papa toca a porta com um martelo 3 vezes enquanto diz: “Aperite mihi leva justitiae, ingressus in eas confitebor Domino” que significa “Abram-me as portas da justiça; entrando por elas confessarei ao Senhor”. Depois de aberta, entoa-se o Te Deum e o Papa atravessa esta porta com os seus colaboradores.

Por que convocou o Papa Francisco este Ano Santo?

«Pensei muitas vezes no modo como a Igreja pode tornar mais evidente a sua missão de ser testemunha da misericórdia. É um caminho que começa com uma conversão espiritual; e devemos fazer este caminho.” – justificou o Papa Francisco aquando do anúncio oficial do 29º Jubileu da história da Igreja, defendendo que «ninguém pode ser excluído da misericórdia de Deus» e que a Igreja «é a casa que acolhe todos e não recusa ninguém». «As suas portas estão escancaradas para que todos os que são tocados pela graça possam encontrar a certeza do perdão. Quanto maior é o pecado, maior deve ser o amor que a Igreja manifesta aos que se convertem», realçou.
Por Cristo Jovem via A12

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