
O Evangelho de São Mateus (13, 55) o designa como “tekton” que o latim traduziu por “faber”, isto é: o que trabalha com madeira. E a liturgia o apresenta como “o homem justo”, dócil à voz de Deus. É ele o humilde operário de Nazaré a quem coube a alta e honrosa missão de ser o pai legal de Jesus Cristo. A ele cabe o epíteto de homem justo.
Não conservou o Evangelho nenhuma palavra de São José. Seu silêncio revela o homem adorante da vontade de Deus que se tornou o modelo da vida interior, submisso às ordens que lhe vinham do céu. São Mateus registra esta docilidade: “Agiu conforme o anjo lhe ordenara” (Mt 1,024ss): “tomou o menino e a sua mãe (Mt 2, 2 ss) e fugiu de Herodes. Tal obediência só se explica por sua grande fé.
No silêncio de sua vida, São José foi o privilegiado servo de Deus que pode conviver com o Salvador esperado há séculos, tomá-lo nos seus braços, ser por Ele chamado de pai e sustentá-lo com o suor do seu trabalho. Eis pois aí a grandeza singular de São José.
Dom Benedicto de Ulhoa Vieira
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