Os riscos de idealizar o matrimônio e a vida familiar. A tarefa de condensar diferentes pontos de vista. A necessidade de uma linguagem renovada e mais amigável para certificar que a mensagem da Igreja seja ouvida. Esses são apenas três dos desafios dos participantes do Sínodo dos Bispos sobre Família nesta terça-feira, 13, nas discussões em grupos, os chamados círculos menores. Os resumos das discussões serão apresentados ao Papa nesta quarta-feira, 14.
Encarregado de apresentar os resultados do grupo de língua inglesa, o arcebispo australiano Mark Coleridge disse que há um real perigo no Sínodo de falar da família de uma forma idealizada ou romantizada e que não tem relação com a realidade da vida das pessoas.
Há uma tendência de olhar para trás, para a “era de ouro da família”, disse o bispo, em que havia uma mãe, um pai e três ou quatro crianças. Mas isso não é uma realidade para muitas pessoas e se o Sínodo não reconhece isso, vai significar simplesmente um bispo falando para o outro de modo incompreensível para outras pessoas.
Dom Mark compara os bispos a “antenas” que precisam ouvir e se envolver com as famílias em todas as suas complexidades. Falando de uma crise na vida familiar, ele disse que “o que realmente está em crise é o nosso próprio, às vezes demasiado estreito, entendimento sobre o que o matrimônio e a família são”.
O arcebispo australiano também comentou como é trabalhar com tantas perspectivas diferentes ganhando voz no Sínodo. “Sentimos que há questões que precisam ser abordadas, análises que precisam ser feitas e decisões que precisam ser tomadas em nível local ou regional”.
Enquanto acredita que os todos os líderes da Igreja são chamados por Deus para promover a verdade que foi revelada, Dom Mark acrescentou que os bispos precisam ter cuidado ao decidir o que pode e o que não pode ser negociado.
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano em inglês
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