Bento XVI afirmou que a unidade entre os cristãos é fundamental para levar “esperança” a um mundo dominado pela “injustiça, o ódio e o desespero”.
O Papa falava na Basílica de São Paulo fora dos Muros, durante uma celebração com a presença de representantes de todas as Igrejas e comunidades eclesiais da capital italiana, assinalando o final da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
“A meta da plena unidade, que esperamos em esperança laboriosa e pela qual rezamos com confiança, é uma vitória que não é secundária, mas é importante para o bem da família humana”, disse.
A Semana de Oração é dedicada em 2012 ao tema ‘Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo’, frase apoiada na carta bíblica de São Paulo aos Coríntios.
Para Bento XVI, apesar da “dolorosa situação da divisão”, os cristãos pode olhar para o futuro “com esperança”, porque “a vitória de Cristo significa a superação de tudo o que impede de partilhar a plenitude de vida com ele e com os outros”.
As principais divisões entre as Igrejas cristãs ocorreram no século V, depois dos Concílios de Éfeso e de Calcedónia (Igreja Copta, do Egito, entre outras); no século XI com a cisão entre o Ocidente e o Oriente (Igrejas Ortodoxas); no século XVI, com a Reforma Protestante (Luteranismo, Calvinismo) e, posteriormente, a separação da Igreja de Inglaterra (Igreja Anglicana).
O Papa declarou que o restabelecimento da unidade no cristianismo “é um dever e uma grande responsabilidade para todos”.
“Mesmo que, por vezes, se tenha a impressão de que o caminho para o pleno restabelecimento da comunhão é ainda demasiado longo e cheio de obstáculos, convido todos a renovarem a sua própria determinação em perseguir, com coragem e generosidade, a unidade que é vontade de Deus”, indicou. Bento XVI sustentou que, nesse caminho, “não faltam sinais positivos” de uma nova fraternidade e de um sentido de responsabilidade comum “face aos grandes problemas que afligem o mundo” de hoje.
Na celebração, que evocou a conversão do apóstolo São Paulo, houve momentos de oração em russo, grego, romeno, alemão e francês.
A primeira realização do ‘Oitavário’ pela unidade dos cristãos ocorreu em 1908, por iniciativa do norte-americano Paul Wattson (1863-1940), presbítero anglicano que mais tarde se converteu ao catolicismo.
AGÊNCIA ECLLESIA
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