sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O CASO BRASILEIRO DE CATEQUIZAÇÃO - BEATO JOSÉ DE ANCHIETA


Dia 12 de dezembro é dia de N. S. de Guadalupe, padroeira do continente americano, por isso o blog da Paróquia São Domingos traz análises sobre a fé e o catolicismo na América Latina.
 


Com 19 anos, Missionário na Terra de Santa Cruz

O moço de 19 anos que chegava à Terra de Santa Cruz vinha com as melhores disposições espirituais possíveis para exercer sua missão. Embora tão jovem e não tendo ainda sido ordenado sacerdote, Irmão José era dos primeiros missionários jesuítas que se estabeleciam na nova terra. Sua meta era conquistar almas para Cristo.
Ele fazia parte da comitiva do segundo Governador Geral do Brasil Dom Duarte da Costa e chegou a Salvador, na Bahia de Todos os Santos, no dia 13 de julho do ano de 1553.
Da Terra de dimensões continentais em que aportou nunca mais saiu. Amou a Terra, amou seu povo. Evangelizou as "gentes brasílicas", deu rumo a sua formação. Identificou-se com suas aspirações, sem perder sua própria identidade.

Aquele jovem noviço tinha nascido em São Cristóvão, Tenerife, uma das ilhas do Arquipélago das Canárias, a 19 de março de 1534, dia da festa litúrgica de São José, fato determinante para que ele também recebesse esse nome no batismo: José de Anchieta.

Um Apóstolo na Capitania de São Vicente
  
O missionário José de Anchieta chegou a Salvador em junho de 1553 e logo dirigiu-se a São Vicente.
Em pouco tempo ele já estava colocado no centro das atividades da missão. Com seus dotes inatos de comunicador, e com sua sede de almas, conseguiu com os índios um amplo entendimento. Tornou-se logo amigo de indígenas e colonizadores e por ambos era respeitado.
Não limitou seu trabalho às redondezas da pequena São Vicente. Subiu a Serra que costeava a Capitania e chegou ao planalto que estava depois dela. O Planalto de Piratininga era povoado por milhares de índios que viviam em aldeias distintas. Para Anchieta elas eram almas redimidas pelo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo e sua missão consistiria em conquistá-las para Cristo, conduzi-las para a Igreja para serem instruídas, formadas, civilizadas.
Sua ação era ligeira, meticulosa, apostólica, eficiente. Tinha metas audaciosas, plantava bases para o futuro. Assim foi que em 1554, no dia 25 de janeiro, festa da Conversão de São Paulo Apóstolo, Anchieta participou da fundação do colégio da vila de São Paulo de Piratininga, onde também foi professor. Junto ao colégio foi edificada uma capela provisória na qual foi celebrada a primeira missa em 25 de agosto.
Estava nascendo o núcleo de uma cidade que se tornaria uma das maiores metrópoles do mundo: São Paulo. Anchieta construiu ainda um seminário perto do Colégio de Piratininga e nele também dava aulas. Tanta ação, tanto fruto já colhido e não havia passado seis meses desde que ele chegara à Capitania.







quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O PAPEL DOS DOMINICANOS NA DEFESA DOS NATIVOS DURANTE A COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA


Dia 12 de dezembro é dia de N. S. de Guadalupe, padroeira do continente americano, por isso o blog da Paróquia São Domingos traz análises sobre a fé e o catolicismo na América Latina.
 

"Caravelas de Esperança" - Frei Matias
   
    No dia 21 de dezembro celebra-se o V Centenário do sermão de Frei António de Montesinos, na ilha La Hispanyola (hoje Haiti e República Dominicana). Um sermão proferido no IV Domingo do Advento em nome de toda a comunidade dominicana. Esta ilha, a primeira terra encontrada por Colombo na sua tentativa da chegar à Índia, tinha dentro uma surpresa: nessa terra havia gente. Havia então um novo lugar onde encontrar riqueza para explorar e gente para cristianizar. Foi para esta segunda tarefa que os frades dominicanos foram enviados. A comunidade começara a formar-se pouco mais de um ano antes com a chegada dos primeiros três, entre eles Montesinos e o prior da comunidade, Pedro de Córdoba. Nos longos meses de travessia, entre o azul do mar e o azul do céu, tiveram tempo para relativizar o que deixavam para trás e projetar o que poderiam fazer naquelas novas terras. Mas não podiam imaginar que um ano depois, ao conhecerem os indígenas, iriam descobrir quem eram os espanhóis.
     Os colonizadores tinham reduzido aquelas populações a uma situação de grande desumanidade: duros trabalhos sem descanso para arrancarem da terra o minério, alimentação escassa e fraca, doenças locais ou transportadas, sem lhes prestarem quaisquer cuidados. Para não comprometerem a sua liberdade de pregação, também aqueles frades viveram na penúria, com as mesmas choças por habitação e os mesmos escassos e magros alimentos. De uma sólida formação teológica e com um conhecimento direto do que ali se passava, puderam erguer a voz naquele domingo que antecedia o Natal e proclamar, parafraseando João Batista: eu sou a voz do que clama no deserto desta ilha. Aquela ilha era um deserto em humanidade.
    A situação estava invertida: os infiéis não eram os indígenas, mas os espanhóis. Aos indígenas era preciso ensinar a fé. Era isso o que procuravam fazer, começando por lhes mostrar a imagem do Deus criador: “deveis saber que Deus vos fez a vós e também a nós e a todos quantos há neste mundo, para que o conheçamos… e amando-o nós a Ele, também Ele nos tenha como amigos… o que alcançareis se acreditardes nele e vos batizardes e tornardes cristãos e souberdes as coisas que os cristãos devem saber e acreditar e guardar”. Mas os espanhóis davam um exemplo contrário à sua fé, eram infiéis. Por essa razão, só poderiam participar na comunhão eucarística após confissão do seu pecado e mudança de vida. Como resistiam a essa mudança, não podiam receber a absolvição. Foi o que aconteceu, não lhes era dada.
    A vida na ilha tinha-se tornado difícil. Os frades não podiam transmitir a fé àquela gente, sem tempo e esgotada com o trabalho, a fome e a doença. Os colonos não queriam admitir que aqueles povos tinham a mesma natureza humana que eles, para poderem explorar o seu trabalho sem restrições de consciência. Os frades consideravam que eram os espanhóis que estavam errados. Por isso foi grande o burburinho e a agitação após a proclamação daquele sermão do último domingo do Advento. No fim da missa a casa dos frades foi cercada para exigirem retratação. A resposta foi a promessa de um novo sermão no domingo seguinte, que os colonos pensavam ser de desculpas pelos exageros. Mas não, tiveram que ouvir o mesmo e com mais insistência ainda. Estas questões, fundadas no Evangelho, eram fáceis de compreender, mas não davam jeito nem na América nem em Espanha. Dizia o sermão:



…“com que direito e com que justiça tendes estes índios em tão cruel e horrível servidão? Com que autoridade fizestes tão detestáveis guerras a estas gentes que estavam nas suas terras, mansas e pacíficas, onde consumistes um número infindável delas com mortes e estragos nunca ouvidos? Como é que os tendes tão oprimidos e esgotados, sem lhes dar de comer nem curar as suas doenças, que pelos excessivos trabalhos a que os sujeitais vos morrem, melhor será dizer, os matais, para arrancarem e, conseguirem ouro todos os dias. E que cuidado tendes em que sejam doutrinados e conheçam o seu Deus e criador, sejam batizados, oiçam missa, guardem as festas e domingos? Estes não são homens? Não têm almas racionais? Não sois obrigados a amá-los como a vós mesmos? Não entendeis isto?”
 Agência Ecclesia

A FESTA DA IMACULADA CONCEIÇÃO

   
    A Igreja Católica celebra a Imaculada Conceição de Maria. Para os católicos, essa verdade foi proclamada como Dogma de fé pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854. Convém compreendê-la nas palavras da Bula papal Ineffabilis Deus: “A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, e por isto deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis.” À proclamação desse dogma, segue-se uma palavra de advertência do Papa a quem o negar: “Portanto, se alguém (que Deus não permita!) deliberadamente entende de pensar diversamente de quanto por Nós foi definido, conheça e saiba que está condenado pelo seu próprio juízo, que naufragou na fé, que se separou da unidade da Igreja, e que, além disso, incorreu por si, ‘ipso facto’, nas penas estabelecidas pelas leis contra aquele que ousa manifestar oralmente ou por escrito, ou de qualquer outro modo externo, os erros que pensa no seu coração.

    (...) Ninguém, portanto, se permita infringir este texto da Nossa declaração, proclamação e definição, nem contrariá-lo e contravir-lhe. E, se alguém tivesse a ousadia de tentá-lo, saiba que incorre na indignação de Deus onipotente e dos bem-aventurados Pedro e Paulo, seus apóstolos.” Por isso, a piedade popular que, na tradição católica, sempre exprimiu sua fé nessa verdade, manifesta-a na forma mais simples e mais profunda de sua invocação: “Ó Maria, concebida sem pecado original, rogai por nós que recorremos a vós.”

    Um dogma de fé, em princípio e de fato, não é uma verdade de compreensão simples porque a natureza do seu conteúdo não é objeto de investigação da razão; porém, mesmo não alcançando a sua compreensão, a razão humana nunca vai encontrar contradição no seu conteúdo. “Esta verdade de fé não é fácil de entender! No entanto, é símbolo do amor supremo de Deus que deseja fazer ‘amizade’ com o homem. Após o pecado, de fato, Deus prometeu colocar inimizade entre a mulher e o mal (representado pela serpente), e os seus descendentes. Com a vinda de Cristo essa promessa se realizou. A Mãe do Messias não poderia nunca ter sido a amiga da serpente. E para a missão de mãe do Salvador, Deus lhe concedeu uma graça antecipada em vista de toda a obra de Cristo salvador e redentor que graças ao sim de Maria estava prestes a acontecer. (...) Assim, a celebração deste dogma, como todos os dogmas marianos, quer exaltar primeiramente a Cristo. É útil para melhor compreender o verdadeiro caráter da obra de nossa redenção: a universalidade e a potência mediadora de Cristo.”

   Nos dogmas da Conceição Imaculada de Maria, da sua Virgindade, da sua Maternidade divina e da sua Assunção sobressaem, antes de tudo, o poder e o amor de Deus, mas, ao mesmo tempo, evidenciam-se as virtudes com as quais Deus a distinguiu, na sua condição de Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho e Esposa do Espírito Santo, como rezam os fiéis católicos. O beato João Paulo II, no seu rico magistério mariano, que é uma transparência de sua devoção filial, ensinou: “As virtudes dela estão em consonância com a concepção de Jesus, com a sua responsabilidade para fazer crescer em ‘santidade e graça’ aquela criança, com seu caminho de fé que progredia no seguimento de Cristo, até o momento da cruz e a alegria da ressurreição. Maria é a mulher rica de virtudes, porque é plenamente ‘mulher’, ou seja, é aquela que viveu plenamente a vida humana.”

    A cada ano, a celebração da Imaculada Conceição é um tempo de graça, alegria e festa para os fiéis católicos.

Dom Genival Saraiva

Bispo de Palmares - PE

CATOLICISMO LATINO AMERICANO PERANTE OS DESAFIOS DO PRESENTE E DO FUTURO



Dia 12 de dezembro é dia de N. S. de Guadalupe, padroeira do continente americano, por isso o blog da Paróquia São Domingos traz análises sobre a fé e o catolicismo na América Latina.

Os passados decênios exigiram um cristianismo de comunhão e renovação, de participação e libertação. A próxima década, conservando a herança eclesial do passado, vai precisar de um cristianismo sempre mais evangélico e kerygmático, militante e dialogante, presente como fermento na sociedade e na cultura. Em síntese: um cristianismo autenticamente apostólico.

    Perante os abusos de uma forma predatória de capitalismo oligárquico e enfrentando uma situação social de indigência crônica, configurou-se na igreja da América Latina um tipo de cristianismo, unindo radicalismo evangélico e universalismo católico, fraternidade solidária e luta pela Justiça, utopia ética nos fins e pragmatismo ético nos meios.

    Paralelamente, no laicato cristão e na sociedade civil, configurou-se também, junto à utopia cristã de uma revolução personalista e comunitária, o desejo e a procura constante de uma "nova sociedade", menos injusta e mais igualitária, almejando reformas estruturais necessárias, para tomar humano o mundo das relações econômicas e trabalhistas, para não falar das relações sociais e culturais. Surgiu assim a figura de uma comunidade eclesial marcada pela utopia evangélica e pela ética da ortopraxis, serva do Deus da aliança e da esperança, a escutar o clamor dos oprimidos almejando o ano do grande jubileu da libertação das injustiças.

    O Deus do futuro, santo e justo, redentor dos escravos e libertador dos aflitos, oferece na cruz do filho uma aliança de fraternidade, bem como o êxodo e passagem da terra mísera da escravidão à terra prometida da Justiça.

    A Igreja da América Latina, reagindo contra os mecanismos perversos do empobrecimento
e contra o próprio fatalismo popular, procurou uma alternativa social inspirada na utopia evangélica, para superar a cultura do individualismo possessivo e a exasperada tipologia da anomia social e do desgoverno político, onde as classes subalternas eram deixadas sem proteção social e jurídica.


 Pe. Felix Pastor S.J.
   

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

MAIS DE 140 MILHÕES DE PESSOAS NO MUNDO SÃO VOLUNTÁRIAS, APONTA ONU

O trabalho voluntário movimenta cerca de 140 milhões de pessoas em todo o mundo. A estimativa consta de um estudo da Universidade John Hopkins, de Baltimore (EUA), citado no Relatório sobre o Estado do Voluntariado no Mundo, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e o programa Voluntários das Nações Unidas (VNU). O lançamento do relatório, o primeiro sobre o voluntariado no mundo, marca as comemorações do décimo aniversário do Ano Internacional dos Voluntários.

Em mais de 120 páginas, o relatório não cita números consolidados, mas elenca várias experiências e estudos internacionais, concluindo que o voluntariado é "universal e considerável", presente em todos os países.

"Se juntarmos todas essas pessoas para criar o Voluntaristão, o país do voluntariado, esse seria o nono país mais populoso do mundo, atrás da Rússia, por exemplo. Essa estatística mostra o peso que o voluntariado tem no mundo", disse Daniel de Castro, analista de comunicação do Pnud.

O estudo, que analisa a situação em 36 países, também estima que a contribuição econômica desses voluntários é US$ 400 bilhões por ano, o que representa, em média, 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) nesses países. Nas nações em desenvolvimento, o trabalho voluntário representa 0,7% do PIB. Nos países desenvolvidos, o trabalho dos voluntários representa 2,7% do PIB.

Segundo Anika Gärtner, coordenadora nacional do VNU, voluntário é aquela "pessoa que ajuda, com conhecimento específico, sem esperar nada em troca". E que depois, segundo ela, percebe que também sai ganhando nesse processo. "É uma troca, uma ajuda. Você doa seu tempo e conhecimento e recebe muito em troca", disse Anika.

Outro dado citado no relatório mostra que a taxa de pobreza na América Latina seria 10% mais alta sem o trabalho voluntário conduzido pelas mulheres, segundo projeção feita pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe.

O relatório também mostra, sem citar números específicos, que o voluntariado não ocorre somente por meio de organizações não governamentais, não é exclusivo de países desenvolvidos e não é uma tarefa apenas para mulheres.

"O relatório destaca novas formas de voluntariado, como o online, em que as pessoas não precisam estar presentes no local para contribuir. O relatório também fala da importância do voluntariado para o alcance dos Objetivos do Milênio, para a sustentabilidade de projetos e para o bem-estar das pessoas, além de apresentar a questão em situações de crise e de ajuda humanitária", explicou Anika.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A CHEGADA DE QUEM SE AMA

Grandes são as expectativas daqueles que aguardam a chegada de quem se ama.


    Quão prazerosos são esses momentos, os quais gostaríamos de eternizá-los, retê-los entre as mãos. Como não registrar a ansiedade dos pais ao aguardarem a chegada de um filho, sobretudo, da mãe ao ouvir o choro do bebê, que faz com que toda a apreensão seja rompida, completando assim sua alegria.

    Em todas estas situações, houve uma expectativa de grande alegria, ainda vivendo os preparativos dessa chegada: preparando a casa, arrumando o enxoval, se capacitando para receber o bem-amado.


    É nessa expectativa de alegria e preparativos, que vivemos o tempo do Advento. A chegada do Messias – o Deus que Salva! A chegada do Verbo que desafiou as leis naturais ainda na concepção, surpreendeu a muitos nascendo em uma manjedoura, desconcertou doutores da lei, e exaltou os pequenos, lhes garantindo a liberdade para que pudessem servi-Lo em santidade e justiça em sua presença.

    Hoje, com o nosso amadurecimento, devemos perceber que as festividades natalinas passam longe de ser simplesmente um tempo de troca de presentes, mas de presentear quem sabe, a decisão e a perseverança daqueles que assumiram ao longo do ano o propósito de mudança de vida, que somente acontece através do Espírito Santo, que nos prepara para o encontro com o Cristo.

    Queremos que como “o amigo do esposo, que está presente e o ouve, regozija-se sobremodo com a voz do esposo” (João 3,29), regozijar pelo nosso encontro com o Deus que É.

Deus abençoe o nosso tempo de preparação!
Dado Moura


PARÓQUIA SE PREPARA PARA O NATAL DO SENHOR

A Paróquia São Domingos começa a entrar definitivamente na expectativa da festa da vinda do Senhor.
Presépio foi montado conforme orientação da Campanha da Fraternidade - "Fraternidade e vida no planeta". "O que a natureza pode nos oferecer, sem que precisamos destruí-la".
Criado pelo artesão Linhafina. Colaboração de José Roberto e de Padre Helio.
A decoração completa ainda está sendo preparada.






sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

CNBB DIVULGA NOTA SOBRE O CÓDIGO FLORESTAL

codigo florestal 300x201
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma Nota sobre o Código Florestal na qual expressa sua preocupação pela possível aprovação do projeto com a falta de algumas “correções necessárias”.

No texto, a Conferência sublinha que o projeto “não representa equilíbrio entre conservação e produção, mas uma clara opção por um modelo de desenvolvimento que desrespeita limites da ação humana”.


Leia, abaixo, a Nota na íntegra:
Nota da CNBB sobre o Código Florestal

O Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP) da Conferência Nacional dos bispos do Brasil – CNBB, reunido nos dias 29 e 30 de novembro de 2011, vem manifestar sua preocupação com a possível aprovação, pelo Congresso Nacional, do projeto de reforma do Código Florestal brasileiro. Já aprovado nas devidas Comissões do Senado Federal, o novo Código Florestal, tão necessário ao Brasil, embora tenha obtido avanços pontuais na Comissão do Meio Ambiente, como um capítulo específico para a agricultura familiar, ainda carece de correções.
O projeto, ao manter ocupações em áreas ilegalmente desmatadas (Artigos 68 e 69) e permitir a recuperação de apenas metade do mínimo necessário para proteger os rios e a biodiversidade (Artigos 61 e 62), condena regiões inteiras do país a conviver com rios agonizantes, nascentes sepultadas e espécies em extinção. Sob o pretexto de defender os interesses dos pequenos agricultores, esta proposta define regras que estenderão a anistia a quase todos os proprietários do país que desmataram ilegalmente.

O projeto fragiliza a proteção das florestas hoje conservadas, permitindo o aumento do desmatamento. Os manguezais estarão abertos à criação de camarão em larga escala, prejudicando os pescadores artesanais e os pequenos extrativistas. Os morros perderão sua proteção, sujeitados a novas ocupações agropecuárias que já se mostraram equivocadas. A floresta amazônica terá sua proteção diminuída, com suas imensas várzeas abertas a qualquer tipo de ocupação, prejudicando quem hoje as utiliza de forma sustentável. Permanecendo assim, privilegiará interesses de grupos específicos contrários ao bem comum.

Diferentemente do que vem sendo divulgado, este projeto não representa equilíbrio entre conservação e produção, mas uma clara opção por um modelo de desenvolvimento que desrespeita limites da ação humana.
A tão necessária proteção e a diferenciação mediante incentivos econômicos, que seriam direcionados a quem efetivamente protegeu as florestas, sobretudo aos agricultores familiares, entraram no texto como promessas vagas, sem indicativo concreto de que serão eficazes.

Insistimos que, no novo Código Florestal, haja equilíbrio entre justiça social, economia e ecologia, como uma forma de garantir e proteger as comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas e de defender os grupos que sabem produzir em interação e respeito com a natureza. O cuidado com a natureza significa o cuidado com o ser humano. É a atenção e o respeito com tudo aquilo que Deus fez e viu que era muito bom (cf. Gn 1,30).
O novo Código Florestal, para ser ético, deve garantir o cuidado com os biomas e a sobrevivência dos diferentes povos, além de preservar o bom uso da água e permitir o futuro saudável à humanidade e ao ecossistema.
Que o Senhor da vida nos ilumine para que as decisões a serem tomadas se voltem ao bem comum.

Brasília-DF, 30 de novembro de 2011
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB

IGREJA CATÓLICA GANHA 34 MIL FIÉIS POR DIA NO MUNDO, DIZ ESTUDO

Todos os dias, 34 mil pessoas passam a fazer parte da Igreja Católica no mundo. Os dados são de um estudo revelado pelo relatório anual da ‘Situação da missão global’, realizado este ano. De acordo com o estudo, atualmente o catolicismo reúne um bilhão e 160 milhões de fiéis.

A notícia foi divulgada pela Agência Analisis Digital, depois retomada pela Agência Zenit, que destacaram,  com base nos dados, que no mundo há dois bilhões de pessoas, de um total de 7 bilhões, aos quais nunca chegou a mensagem do Evangelho.
Outros dois bilhões e 680 milhões ouviram algumas vezes falar de Cristo, ou o conhecem vagamente, porém não são cristãos. “Apesar do fato de Jesus Cristo ter fundado uma só Igreja, e pouco antes de morrer, rezava para que “todos fossem um”, hoje existem muitas denominações cristãs: eram 1.600 no início do século XX, e são já 42 mil em 2011”, afirma o estudo.

“A forma mais comum de crescimento é ter muitos filhos e fazê-los aderir à sua tradição religiosa. A conversão é mais rara, no entanto, acontece para milhões de pessoas todos os anos, e o mais comum é a de um cônjuge para a fé do outro”.

Em 2011, os cristãos de todas as denominações terão feito circular 71 milhões de Bíblias a mais no mundo (há hoje 1 bilhão e 741 milhões, algumas de forma clandestina).
A cada ano 409 mil cristãos partem para evangelizar um país que não é o seu de origem, distribuídos em 4.800 organizações missionárias diversas.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

SAÚDE: 1º de dezembro é do Dia Mundial de Luta Contra a Aids

A AIDS—Síndrome da Imuno-Deficiência Adquirida—foi reconhecida como crise global em meados da década de 80 (213). Em 1986, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou em 100.000 o número de casos de AIDS no mundo inteiro, e de 5 a 10 milhões o número de casos de infecção pelo HIV, o vírus da imuno-deficiência que causa a AIDS. Os pesquisadores haviam estimado que o número anual de mortes devido à AIDS atingiria o pico de 1,7 milhões em 2006 (268). Mas, somente em 2001, foram relatadas 3 milhões de mortes devidas à AIDS (432).

Estima-se em 22 milhões o número total de pessoas que já sucumbiram à AIDS (172). Ainda mais impressionante é o fato de que 40 milhões de pessoas vivas já foram infectadas com o HIV (432), ou seja, o número de pessoas HIV positivas que morrerão de AIDS é superior ao número das que já morreram. A crise já se tornou uma catástrofe.

O HIV/AIDS é, globalmente, a quarta maior causa das mortes, exceto na África, onde é a causa principal (413). Apesar de sua ampla disseminação, a epidemia ainda está em seus estágios iniciais. As autoridades de saúde pública estimam que, até o momento, as doenças e mortes representam apenas 10% do impacto total possível (287, 406). Os pesquisadores do assunto estimam que, até 2010, o HIV/AIDS reduzirá a expectativa média de vida de alguns países do sul da África a cerca de 30 anos (338).

Apesar disto não ter sido reconhecido desde o início, está claro agora que a epidemia de HIV/AIDS é pior entre os jovens.* Ao longo de um período de 20 anos, mais de 60 milhões de pessoas foram infectadas com o HIV; metade destas infectou-se quando tinha entre 15 e 24 anos (153, 432). Calcula-se que 11,8 milhões de pessoas de 15 a 24 anos de idade são portadoras do HIV/AIDS (432). Em alguns países africanos, de cada cinco mulheres jovens, mais de uma vive com o HIV/AIDS.


Apesar dos jovens serem os mais afetados pelo HIV/AIDS, a epidemia continua em grande parte invisível no meio da juventude (216), tanto para os próprios jovens como para a sociedade como um todo.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...