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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

ONU: Vaticano pede trabalho conjunto diante de tantas ameaças à humanidade

O representante da Santa Sé junto das Nações Unidas em Genebra apelou ao esforço conjunto dos organismos internacionais humanitários, católicos e da sociedade civil, face às ameaças que se colocam à humanidade.

“Desarmamento, e desarmamento nuclear em particular, migrações, pobreza, conflitos armados, respeito pelos direitos humanos e pelas leis em vigor, mudanças climáticas e problemas ambientais, doenças, entre outros, são áreas que devemos trabalhar em conjunto, para assegurar um futuro melhor para as próximas gerações”, frisou Dom Silvano Tomasi.

O arcebispo italiano participou em Genebra, Suíça, na 32ª conferência internacional do Movimento Cruz Vermelha e Crescente Vermelho.

O responsável católico apontou para a necessidade de uma maior “vontade política”, acompanhada de mais “investimento econômico e disponibilização de recursos humanos”, para responder às várias frentes que estão em aberto, um pouco por todo o mundo.

Apostar na prevenção

Numa era em que os conflitos armados parecem ser “intermináveis” e os “desastres naturais”, consequência “da degradação do ambiente e das alterações climáticas, têm um “custo trágico”, é essencial apostar na “prevenção”.

E “a melhor prevenção”, salientou o representante da Santa Sé, “é através do desenvolvimento integral das pessoas, que tem de ter em conta aspectos como o progresso humano, social, econômico, educacional, emocional e espiritual”.

“A melhoria da qualidade de vida, tanto dos indivíduos como das famílias, e a promoção das liberdades e dos direitos humanos, especialmente dos mais pobres e marginalizados, podem ser decisivas para evitar novos conflitos armados ou guerras civis”, disse Dom Silvano Tomasi.

Uma aposta mais efetiva na formação e educação das pessoas pode também contribuir para que “as leis internacionais e humanitárias” deixem de ser tão “ignoradas e violadas”, complementou o arcebispo.

Agradecimento à Cruz Vermelha

A 32.ª conferência internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho coincidiu com o 50.º aniversário da proclamação dos princípios fundamentais do Movimento: “Humanidade, imparcialidade, neutralidade, independência, serviço voluntário, unidade e universalidade”.

Na sua intervenção, o delegado permanente da Santa Sé junto da ONU em Genebra enalteceu o “contributo inestimável” que aquela rede humanitária tem dado ao serviço dos mais carenciados e desfavorecidos, “especialmente em situações de crise”.

“Em nome da Santa Sé, quero reconhecer particularmente o esforço da Cruz Vermelha em resposta à epidemia de ebola que causou tanto sofrimento na Guiné, na Libéria e na Serra Leoa”, concluiu.

Durante a conferência em Genebra, foi decidida a atribuição de um louvor a todos os voluntários que “abnegadamente” prestaram apoio às comunidades locais e às famílias vítimas do vírus.

Por Canção Nova, com Agência Ecclesia

terça-feira, 30 de junho de 2015

ONU: Cardeal faz alerta sobre futuras mudanças climáticas e recorda encíclica do papa Francisco

Durante uma reunião de alto nível da ONU sobre mudanças climáticas, realizada nesta segunda-feira, 29, em Nova York, o Cardeal Peter Turkson recordou a Encíclica do Papa Francisco “Laudato Si” para alertar a comunidade internacional sobre as mudanças climáticas no planeta.

O Presidente do Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz disse que o clima é um bem comum de todos e para todos, e afirmou que, se a tendência atual continuar, este século poderá ser testemunha de mudanças climáticas até então desconhecidas e de uma destruição sem precedentes nos ecossistemas, com graves consequências para todos.

Mais de 20 anos após o Encontro de Cúpula sobre a Terra realizado no Rio de Janeiro em 1992, observou o cardeal, quando já se afirmava a centralidade dos seres humanos nas questões inerentes ao desenvolvimento sustentável, o Papa – na Carta dedicada ao “cuidado da casa comum” – encoraja os governos do mundo a abraçarem a ecologia integral como abordagem necessária para tal desenvolvimento, inclusivo de todos e protetor da terra”.

Neste sentido, o Cardeal Turkson desejou que os estudos conduzidos no âmbito da ONU, pelos melhores especialistas do grupo inter-governamental sobre mudanças climáticas, possam “tocar-nos em profundidade”, para “ver e sentir como os pobres sofrem e como a Terra é maltratada”.

Outro modelo de desenvolvimento

Cardeal Peter Turkson avalia que para superar a pobreza e reduzir a degradação ambiental será necessário que a humanidade revise seriamente o modelo dominante de desenvolvimento, produção, comércio e consumo. “Todavia, o maior desafio não é científico e tecnológico, mas está nas nossas mentes e nossos corações”, afirmou.

A próxima reunião acontecerá no mês de novembro em Paris, onde será realizada a Conferência da ONU sobre o ambiente.
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