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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Papa: “Deus não fecha a ninguém a possibilidade de salvar-se”

Após abrir a Porta Santa na Basílica São João de Latrão, o Papa Francisco retornou ao Vaticano para rezar o Angelus com os milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro, neste domingo, 13.

A pergunta dirigida a João Batista “Que devemos fazer?”, extraída do Evangelho de Lucas, inspirou a reflexão do Papa sobre o caminho de conversão e salvação.

Francisco observa que três categorias de pessoas interpelam João: a multidão, os publicanos e alguns soldados. “Cada um destes grupos interroga o profeta sobre o que deve fazer para pôr em prática a conversão que ele prega”, explicou. E João responde dizendo que é a partilha dos bens de primeira necessidade: “Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo!”. Aos cobradores de impostos diz: “Não cobreis mais do que foi estabelecido, não cobrem propina”, e aos soldados, por fim: “Não tomeis à força dinheiro de ninguém, nem façais falsas acusações; ficai satisfeitos com o vosso salário!”.

“Três respostas para um idêntico caminho de conversão, que se manifesta nos compromissos concretos de justiça e de solidariedade. É o caminho que Jesus indica em toda a sua pregação: o caminho do amor concreto pelo próximo”, disse Francisco.

Para o Papa, estas advertências de João Batista faz compreender quais eram as tendências gerais de quem detinha o poder naquela época, nas mais diversas formas. Mas afirma que nenhuma categoria de pessoas está excluída de percorrer o caminho da conversão para obter a salvação, nem mesmo os publicanos considerados pecadores por definição.

“Deus não fecha a ninguém a possibilidade de salvar-se. Ele está ansioso para usar de misericórdia para com todos e de acolher a cada um no seu terno abraço de reconciliação e de perdão”, afirmou.

O Papa reiterou que as palavras de João propostas pela liturgia são também para os fiéis de hoje. “Convertam-se! É a síntese da mensagem de Batista”, disse o Papa, concluindo que uma dimensão particular da conversão é a alegria.

“Hoje é necessário coragem para falar de alegria, é necessário sobretudo fé! O mundo é afligido por tantos problemas, o futuro marcado por incógnitas e temores. E ainda que o cristão seja uma pessoa alegre, e a sua alegria não é algo superficial e efêmero, mas profunda e estável, porque é um dom do Senhor que preenche a vida. E a nossa alegria vem da certeza de que o Senhor está próximo”, disse.

O Papa conclui, pedindo que Maria “nos ajude a fortalecer a nossa fé, para que saibamos acolher o Deus da alegria, que sempre quer habitar em meio aos seus filhos” e “nos ensine a partilhar as lágrimas com quem chora, para poder dividir também os sorrisos”.

Porta Santas nas catedrais do mundo

Após recitar a oração mariana do Angelus, o Papa saudou os fieis e grupos presentes na Praça São Pedro, recordando que hoje, em todas as catedrais do mundo, serão abertas as Portas Santas, para que o Jubileu possa ser vivido plenamente nas Igrejas particulares.

“Desejo que este momento forte estimule a muitos a serem instrumentos da ternura de Deus. Como expressão das obras de misericórdia, serão abertas também as ‘Portas da Misericórdia’ nos locais em dificuldades e marginalização. A este propósito, saúdo os presos dos cárceres de todo o mundo, especialmente os da prisão de Pádua, que hoje estão unidos a nós espiritualmente neste momento de oração, e os agradeço pelo dom do concerto”.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Cardeal Hummes convida o Papa a visitar a Amazônia

O Papa Francisco na Amazônia? É o que espera o cardeal brasileiro Cláudio Hummes, que entregou oficialmente ao Pontífice uma carta em que o convida a visitar uma comunidade indígena. Dom Cláudio é o presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam).

A visita à Amazônia seria em 2017, durante a possível viagem de Francisco ao Brasil por ocasião dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

“O Papa é um homem que tem grande amor pela Amazônia. Está querendo muito ajudar para que a Igreja possa ali realmente desenvolver a sua missão plenamente, cada vez melhor. Então ele nos acompanha muito de perto, com muito carinho. E fará certamente todo o possível para que, de fato, ele possa dar um apoio maior, o que seria simbolicamente muito forte se ele pudesse visitar a Amazônia. Vamos ver. Eu tenho muita confiança, mas ele, é claro, não pode confirmar nada.”

O cardeal contou ainda que os bispos do Pará, do Regional da CNBB Norte 2, enviaram ao Papa uma carta pedindo que visitasse uma missão. O desejo é que o Papa visite uma comunidade indígena.

Por Canção Nova, com Rádio Vaticano

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Papa no Angelus: artífices de Misericórdia em caminho evangélico

No Angelus deste dia 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, o Papa Francisco convidou os cristãos neste Jubileu da Misericórdia a “olharem para o ícone confiante da Imaculada e a contemplá-la em todo o seu esplendor, imitando a sua fé”.

O Santo Padre afirmou ainda que “celebrar a Festa da Imaculada comporta duas coisas: acolher plenamente Deus e a sua graça misericordiosa na nossa vida; tornarmo-nos, por nossa vez, artífices de Misericórdia mediante um autêntico caminho evangélico.”

Nas saudações após a oração do Angelus o Papa Francisco pediu uma calorosa saudação dos fiéis para o Papa Emérito Bento XVI, presente na Abertura da Porta Santa.

O Papa Francisco recordou ainda que na tarde deste dia 8 de dezembro irá, como habitualmente, rezar junto da imagem da Imaculada Conceição na Praça de Espanha em Roma.

Papa Francisco abre Porta Santa e dá início ao Ano da Misericórdia


Nesta terça-feira, 8, o Papa Francisco abriu o Jubileu extraordinário da Misericórdia, o 29ª Ano Santo vivido na história da Igreja. Também hoje, celebra-se o 50º aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II.

Antes de abrir a Porta Santa, o Santo Padre presidiu na Praça São Pedro a Santa Missa da Solenidade da Imaculada Conceição.

Na homilia, Francisco destacou que o gesto “altamente simbólico” da abertura da Porta Santa da Misericórdia acontece à luz da Palavra de Deus escutada na liturgia de hoje, que evidencia a primazia da graça, que envolveu a Virgem Maria, tornando-a digna de ser mãe de Cristo.

“A plenitude da graça é capaz de transformar o coração, permitindo-lhe realizar um ato tão grande que muda a história da humanidade”, reforçou o Pontífice.
Amor que perdoa

O Papa disse ainda que a festa da Imaculada Conceição exprime a grandeza do amor divino. “Deus não é apenas Aquele que perdoa o pecado, mas, em Maria, chega até a evitar a culpa original, que todo o homem traz consigo ao entrar neste mundo. É o amor de Deus que evita, antecipa e salva”.

O Santo Padre recorda que há sempre a tentação do pecado, que se exprime no desejo de projetar a própria vida, independentemente da vontade de Deus. Segundo ele, esta é a “inimizade” que ameaça continuamente a vida dos homens, contrapondo-os ao desígnio de Deus.

Todavia, afirma o Pontífice, a própria história do pecado só é compreensível à luz do amor que perdoa. “Se tudo permanecesse ligado ao pecado, seríamos os mais desesperados entre as criaturas. Mas não! A promessa da vitória do amor de Cristo encerra tudo na misericórdia do Pai”.

Descobrir a misericórdia de Deus

Francisco destacou que também este Ano Santo Extraordinário é dom de graça e entrar pela Porta Santa significa “descobrir a profundidade da misericórdia do Pai” que a todos acolhe e vai pessoalmente ao encontro de cada um.

O Papa explicou que, neste ano, os fiéis são convidados a crescer na convicção da misericórdia, e disse que, quando se afirma, em primeiro lugar, que os pecados são punidos pelo julgamento de Deus, fazemos uma grande injustiça à Ele e à sua graça, pois eles são perdoados, primeiramente, por sua misericórdia.

Nesse sentido, o Santo Padre expressou seu desejo de que atravessar a Porta Santa permita a todos sentirem-se participantes deste mistério de amor. “Ponhamos de lado qualquer forma de medo e temor, porque não se coaduna em quem é amado; vivamos, antes, a alegria do encontro com a graça que tudo transforma”.

50 anos do Concílio Vaticano II

O Pontífice recordou ainda que, há 50 anos, os padres do Concílio Vaticano II escancaram outra porta ao mundo. E destacou que, a riqueza deste evento, não está apenas nos documentos elaborados, mas primariamente, no verdadeiro encontro que ocorreu entre a Igreja e os homens deste tempo.

“Um encontro marcado pela força do Espírito que impelia a sua Igreja a sair dos baixios que por muitos anos a mantiveram fechada em si mesma, para retomar com entusiasmo o caminho missionário. Era a retomada de um percurso para ir ao encontro de cada homem no lugar onde vive”, ressaltou.

Por fim, Francisco enfatizou que também o jubileu exorta a cada um a esta abertura, ao impulso missionário, a não esquecer o espírito que surgiu no Vaticano II: o do samaritano.


Abertura da Porta Santa

Ao final da Missa, o Papa Francisco dirigiu-se à Porta Santa da Basílica de São Pedro. Após uma breve oração, subiu os degraus em silêncio e com três toques abriu a Porta Santa, dando início ao Ano da Misericórdia.

O Pontífice foi o primeiro a atravessar a Porta Santa, seguido pelo Papa emérito Bento XVI e pelos demais concelebrantes, outros sacerdotes, religiosos e por alguns fiéis.

Francisco dirigiu-se ao Altar da Confissão no interior da Basílica de São Pedro e concluiu a Santa Missa com uma oração e sua benção apostólica.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Vamos viver com intensidade o Jubileu da Misericórdia - Misericordiosos como o Pai


“Decidi convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu centro na Misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia.”

Foi com estas palavras que o Papa Francisco anunciou o Jubileu da Misericórdia, no dia 13 de março, segundo aniversário da sua eleição ao Pontificado, durante a celebração da penitência presidida na basílica vaticana.

Para compreender melhor o que é um Jubileu demos resposta a 7 questões que muitos de nós se fazem neste momento.

O que é um Jubileu?

A celebração do Jubileu católico tem origem no Jubileu hebraico, onde a cada 50 anos, durante um ano, chamado ano sabático, eram libertados escravos, as dívidas eram perdoadas e as terras deixavam de ser cultivadas, entre outras coisas. Estas comemorações são referenciadas na Bíblia, nomeadamente em Levítico (LV 25,8). Na tradição católica o jubileu tem também a duração de um ano, mas tem um sentido mais espiritual, consistindo no perdão dos pecados dos fiéis que cumprem certas disposições eclesiais estabelecidas pelo Vaticano (Indulgências).

De onde surge a palavra Jubileu?

A palavra Jubileu vem do hebraico “yobel” que faz alusão ao chifre do cordeiro que servia como instrumento. Jubileu provém também da palavra latina “iubilum” que significa “grito de alegria”.

Qual a diferença entre Jubileu e Ano Santo?

A celebração de um Jubileu ocorre durante um ano, daí que esse ano seja chamado “Ano Santo” ou “Ano Jubilar”. A designação de “Ano Santo” começou a ser utilizada pelo Papa Sisto IV no Jubileu de 1475.

De quanto em quanto tempo se realiza um Jubileu?

O Jubileu pode ser ordinário ou extraordinário. Se a celebração de um Ano Santo ordinário ocorre a cada 25 anos, o Ano Santo extraordinário é proclamado pelo Papa sempre que pretenda celebrar algum facto de forma especial.

Quando se realizará o Jubileu da Misericórdia?

O Jubileu da Misericórdia é um Jubileu extraordinário e o seu início será assinalado oficialmente a 8 de Dezembro, dia da Imaculada Conceição, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro. Neste dia celebra-se também o 50º aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II. O encerramento do Ano Santo será no dia 20 de novembro de 2016. Este é o primeiro jubileu desde o que foi convocado por João Paulo II, em 2000, para assinalar o início do terceiro milénio.

Por que se abre a Porta Santa no início do Jubileu?

A Porta Santa só se abre durante um Ano Santo e significa que se abre um caminho extraordinário para a salvação. Na cerimónia de abertura, o Papa toca a porta com um martelo 3 vezes enquanto diz: “Aperite mihi leva justitiae, ingressus in eas confitebor Domino” que significa “Abram-me as portas da justiça; entrando por elas confessarei ao Senhor”. Depois de aberta, entoa-se o Te Deum e o Papa atravessa esta porta com os seus colaboradores.

Por que convocou o Papa Francisco este Ano Santo?

«Pensei muitas vezes no modo como a Igreja pode tornar mais evidente a sua missão de ser testemunha da misericórdia. É um caminho que começa com uma conversão espiritual; e devemos fazer este caminho.” – justificou o Papa Francisco aquando do anúncio oficial do 29º Jubileu da história da Igreja, defendendo que «ninguém pode ser excluído da misericórdia de Deus» e que a Igreja «é a casa que acolhe todos e não recusa ninguém». «As suas portas estão escancaradas para que todos os que são tocados pela graça possam encontrar a certeza do perdão. Quanto maior é o pecado, maior deve ser o amor que a Igreja manifesta aos que se convertem», realçou.
Por Cristo Jovem via A12

No voo: Papa fala de vatileaks, fundamentalismo e COP21

Como de costume, o Papa Francisco conversou com os jornalistas no voo de volta para Roma nesta segunda-feira, 30, após sua viagem de seis dias à África. Entre os temas abordados, o caso Vatileaks, guerras, fundamentalismo e meio ambiente, em vista da COP21.

Vatileaks

A respeito do processo em andamento no Vaticano em virtude do recente vazamento de documentos reservados do Vaticano, caso conhecido como “vatileaks 2”, o Papa admitiu que se cometeu um erro ao confiar no padre Vallejo Balda e em Francesca Chaouqui – dois dos acusados – que no início do mês foram detidos por furto e divulgação de notícias e documentos confidenciais.

O Papa contou, no entanto, que todo este caso não foi uma surpresa para ele. “Não me tirou o sono, porque foi divulgado o trabalho que se começou a fazer com a Comissão de Cardeais – o C9 – justamente para encontrar casos de corrupção e coisas que não vão bem”.

Francisco recordou que as denúncias sobre a “sujeira” na Igreja remontam ao fim do pontificado de João Paulo II, quando o então Cardeal Joseph Ratzinger tomou “a liberdade de dizer as coisas”. “Desde esse tempo, anda no ar a ideia de que há corrupção no Vaticano”, acrescentou.

Em relação ao julgamento, o Papa disse que gostaria que acabasse antes do início do Jubileu da Misericórdia (8 de dezembro). Ele recusou a ideia de que a acusação aos dois jornalistas envolvidos seja um ataque da Santa Sé à liberdade de imprensa.

“O fundamental é ser realmente profissional; que as notícias não sejam manipuladas. Isto é importante, porque denunciar injustiças e corrupção é um belo trabalho”, disse, elencando três pecados mais comuns que a imprensa não deve cometer: a desinformação, a calúnia e a difamação.

Fundamentalismo

Questionado sobre o fundamentalismo religioso e a atuação dos líderes políticos, o Papa criticou a rede de interesses que se esconde atrás dos conflitos bélicos, em sua opinião provocados pelo dinheiro e o poder.

Francisco destacou ainda que não se pode rechaçar uma religião porque há grupos fundamentalistas. “Também os cristãos devem pedir perdão por fatos do passado”. Neste sentido, recordou Catarina de Médici e a matança promovida em Paris no século XVI, conhecida como “o massacre de São Bartolomeu” e completou: “O saque de Roma não foi feito pelos muçulmanos!”.

“O fundamentalismo é uma doença que existe em todas as religiões. Nós católicos temos alguns: não alguns, tantos né, que acreditam estar com a verdade absoluta e vão adiante contaminando os outros com a calúnia, a difamação e fazem mal. E isso eu digo porque é a minha Igreja. E se deve combater. O fundamentalismo religioso não é religioso. Por que? Porque falta Deus. É idolátrico, como é idolátrico o dinheiro”.

COP21

O aquecimento climático põe o mundo à beira do suicídio, disse o Papa ao responder a uma pergunta sobre a Conferência do Clima, que começou ontem em Paris. O jornalista perguntou se o Papa acredita que o evento é o início da solução.

“Não estou seguro, mas o que posso dizer é que agora ou nunca se deve atuar diante das mudanças climáticas”, declarou. “Desde a conferência de Quioto, em 1991, pouco foi cumprido e a cada ano, os problemas são mais graves, enquanto tudo parece indicar, empregando uma palavra forte, que estamos à beira do suicídio. A quase totalidade daqueles que estão em Paris querem fazer algo. Tenho confiança de que o farão, têm boa vontade e rezo por eles”, completou.

Uso de preservativo no combate à Aids

Outra pergunta feita no voo foi a respeito da oposição da Igreja católica em relação ao uso de preservativo no combate à Aids. Hoje, 1º de dezembro, celebra-se o Dia Mundial de Luta contra a doença.

Francisco disse que a pergunta parece limitada e parcial, pois o problema é bem maior do que aquilo que o jornalista expôs na pergunta: se a Igreja não deveria permitir o uso de preservativo para prevenir o contágio pela doença.

“O problema é maior. Essa pergunta me faz pensar naquilo que Jesus fez: ‘Diga-me, Mestre, é lícito curar de sábado?’. É obrigatório curar! Essa pergunta, se é lícito curar assim… mas a má nutrição, a exploração das pessoas, o trabalho escravo, a falta de água potável: esses são os problemas. Não falamos se se pode usar esse ou aquele curativo para uma pequena ferida. A grande ferida é a injustiça social, a injustiça do ambiente, da exploração e da má nutrição”.

Confira as intenções de oração do Papa para dezembro

No mês em que a Igreja Católica inicia o Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco coloca a misericórdia divina também no centro das suas intenções de oração.

Na intenção universal, o Papa reza para que todos possam experimentar a misericórdia de Deus, que nunca se cansa de perdoar. Já na intenção pela evangelização, Francisco coloca o Natal como esperança para as famílias. “Que as famílias, de modo particular as que sofrem, encontrem no nascimento de Jesus um sinal de esperança segura”.

As intenções de oração do Santo Padre são confiadas todos os anos ao Apostolado de Oração, uma iniciativa que é seguida por fiéis em todo o mundo.

domingo, 29 de novembro de 2015

Papa Francisco na África: veja os três principais momentos dessa viagem apostólica histórica


Esta foi uma semana especial para o Papa Francisco com a sua primeira visita ao continente africano naquela que foi a sua 11ª Viagem Apostólica do seu pontificado. De 25 a 30 de Novembro o Santo Padre visitou o Quénia, o Uganda e a República Centro Africana.

Nesta edição especial da Semana do Papa destacamos três momentos significativos, três fotografias, uma para cada país: no Quénia a visita a Kangemi, o bairro de lata de Nairobi, no Uganda a celebração dos mártires, na República Centro-Africana a abertura da Porta Santa de Bangui.

No bairro de lata no Quénia

Nairobi, 27 de Novembro – um início de manhã especial para o bairro de Kangemi, um dos 7 bairros de lata de Nairobi: grande entusiasmo entre os habitantes; presentes também muitas pessoas vindas de outros bairros da capital. O Papa Francisco foi à Igreja Paroquial de S. José Operário, animada por uma comunidade de jesuítas.

O Santo Padre ouviu os testemunhos de alguns dos habitantes do bairro e de uma religiosa que vive naquele lugar. Destaque para um filme que foi apresentado ao Papa onde se podem ver esgotos a céu aberto, barracas e estradas na lama, os pequenos negócios com que as pessoas vivem, e também as comunidades em oração e as crianças que jogam à bola.

Nas palavras que proferiu o Papa não poderia ter sido mais direto: “sinto-me em casa” – disse:

“Sinto-me em casa, partilhando este momento com irmãos e irmãs que têm um lugar preferencial na minha vida e nas minhas opções, não me envergonho de o dizer. Estou aqui porque quero que saibais que as vossas alegrias e esperanças, as vossas angústias e as vossas dores não me são indiferentes. Conheço as dificuldades que encontrais dia-a-dia! Como podemos não denunciar as injustiças?”

O Papa denunciou as injustiças e a marginalização promovida por “minorias que concentram o poder e a riqueza”, pediu trabalho para todos e declarou ainda “que todas as famílias tenham um teto digno, acesso à água potável, instalações sanitárias, energia segura para iluminar, cozinhar, que possam melhorar as suas casas, que todos os bairros tenham estradas, praças, escolas, hospitais”.

O Papa Francisco denunciou ainda a “apropriação de terras por parte de investidores privados sem rosto, que pretendem mesmo apoderar-se do pátio das escolas”. Ao mesmo tempo denunciou a criminalidade organizada que usa os mais jovens nas suas actividades ilícitas.

O Santo Padre recordou também que o mundo tem uma “grave dívida social” para com os pobres que não têm acesso à água potável, criticando quem acaba por lucrar com a exploração daquele que é um direito universal.

Mas o Papa quis colocar em realce um aspeto nem sempre reconhecido e que é a sabedoria dos bairros populares: uma sabedoria que provêm de uma “obstinada resistência daquilo que é autêntico”, e que uma frenética sociedade de consumo parece ter esquecido:

“Reconhecer estas manifestações de vida boa que crescem cada dia entre vós, não significa, de modo algum, ignorar a terrível injustiça da marginalização urbana. São as feridas provocadas pelas minorias que concentram o poder, a riqueza e perduram egoisticamente, enquanto a crescente maioria tem que refugiar-se em periferias abandonadas, poluídas e descartadas.”

O Papa Francisco fez um apelo especial a todos os cristãos, em particular aos pastores, a renovarem o ímpeto missionário e a tomarem iniciativas contra as tantas injustiças e a envolverem-se nos problemas dos cidadãos e a acompanhá-los nas suas lutas, a apoiarem os frutos do seu trabalho colectivo e a celebrarem com eles cada pequena ou grande vitória.

Celebração pelos mártires do Uganda


Na manhã deste sábado, dia 28 de novembro, o Papa Francisco presidiu à Eucaristia no Santuário de Namugongo na cidade de Kampala, capital do Uganda. Homenageou o ecumenismo de sangue de católicos e anglicanos durante as perseguições aos cristãos.

Nos 50 anos da canonização dos mártires do Uganda, dos quais se destaca S. Carlos Lwanga, o Papa Francisco afirmou que o que dá alegria e paz duradouras são a honestidade e a integridade e não os prazeres mundanos e os poderes terrenos.

Primeiro foi a visita do Santo Padre ao Santuário anglicano onde o Papa prestou homenagem aos mártires torturados e mortos no final do séc. XIX. O abraço ao bispo anglicano e a oração em silêncio. Depois a Missa no Santuário católico consagrado por Paulo VI no lugar onde S Carlos Lwanga foi queimado juntamente com os seus 21 companheiros a 3 de Junho de 1886. Uma herança cristã para levar Cristo ao mundo:

“ Não nos aproximamos desta herança com uma recordação de circunstância ou conservando-a num museu como se fosse uma jóia preciosa, Honrámo-la verdadeiramente e honramos todos os Santos, quando levamos o seu testemunho a Cristo nas nossas casas e aos nossos vizinhos, nos lugares de trabalho e na sociedade civil, quer fiquemos nas nossas casas, quer andemos no mais remoto canto do mundo.”

“Não apenas a sua vida foi ameaçada mas foi-o também a vida dos rapazes mais jovens confiados aos seus cuidados (…) não tiveram temor de levar Cristo aos outros, mesmo com o custo da vida. A sua fé tornou-se testemunho; hoje, venerados como mártires o seu exemplo continua a inspirar tantas pessoas no mundo.”

O testemunho destes mártires – disse o Santo Padre – mostra como não são os prazeres humanos ou os poderes terrenos que nos dão paz e alegria, mas a honestidade e integridade. “Construir uma sociedade mais justa, que promova a dignidade humana, sem excluir ninguém, que defenda a vida, dom de Deus, e proteja as maravilhas da natureza, a criação, a casa comum” – afirmou o Papa na conclusão da sua homilia tendo recordado ainda que tudo começa na família, escola de amor e misericórdia, onde se exprime o cuidado com os idosos, os pobres, viúvas e órfãos.

Jubileu na Catedral – a Porta Santa de Bangui

Na tarde deste I domingo do Advento (29/11), na Catedral de Bangui, o Papa Francisco procedeu à abertura da Porta Santa, dando assim início ao Jubileu Extraordinário do Ano da Misericórdia na República Centro-Africana, Jubileu proclamado pelo Papa a 11 de abril deste ano. Na homilia da Missa, participada por sacerdotes, religiosos, seminaristas e milhare de fiéis da RCA, o Papa disse ante de tudo que Deus guiou os seus passos até esta terra, precisamente quando a Igreja universal se prepara para inaugurar o Ano Jubilar da Misericórdia. E na pessoa dos presentes Francisco saudou o pvo da RCA:

“Através de vós, quero saudar todos os centro-africanos, os doentes, as pessoas idosas, os feridos pela vida. Talvez alguns deles estejam desesperados e já não tenham força sequer para reagir, esperando apenas uma esmola, a esmola do pão, a esmola da justiça, a esmola dum gesto de atenção e bondade».

Em seguida o Papa convidou a todos a confiar na força e no poder de Deus que curam o homem, convidando-os a «passar à outra margem», como diz o moto da visita do Papa à RCA, uma travessia, reiterou o Papa, que não faremos sozinhos mas juntamente com Jesus. E Francisco sublinhou :

« Devemos estar cientes de que esta passagem para a outra margem só se pode fazer com Ele, libertando-nos das concepções de família e de sangue que dividem, para construir uma Igreja-Família de Deus, aberta a todos, que cuida dos mais necessitados. Isto pressupõe a proximidade aos nossos irmãos e irmãs, isto implica um espírito de comunhão. Não se trata primariamente duma questão de recursos financeiros; realmente basta compartilhar a vida do Povo de Deus, dando a razão da esperança que está em nós e sendo testemunhas da misericórdia infinita de Deus”.

Na verdade, depois de nós mesmos termos feito a experiência do perdão, devemos perdoar, pois uma das exigências essenciais da vocação à perfeição é o amor aos inimigos, um amor que nos protege contra a tentação da vingança e contra a espiral das retaliações sem fim, disse Francisco que também acrescentou:

“Consequentemente os agentes de evangelização devem ser, antes de mais nada, artesãos do perdão, especialistas da reconciliação, peritos da misericórdia. É assim que podemos ajudar os nossos irmãos e irmãs a «passar à outra margem», revelando-lhes o segredo da nossa força, da nossa esperança, e da nossa alegria que têm a sua fonte em Deus, porque estão fundadas na certeza de que Ele está connosco no barco”.

Comentando os textos litúrgicos do domingo, o Papa falou de algumas características da salvação anunciada por Deus. Antes de tudo a felicidade de Deus é justiça. Aqui, como noutros lugares, muitos homens e mulheres têm sede de respeito, justiça, equidade, sem avistar no horizonte qualquer sinal positivo para eles, o Salvador vem trazer o dom da sua justiça, vem tornar fecundas as nossas histórias pessoais e colectivas, as nossas esperanças frustradas e os nossos votos estéreis, reiterou Francisco.
A salvação de Deus tem igualmente o sabor do amor, continuou o Papa, e o Filho nos veio revelar um Deus que não é só Justiça mas também e antes de tudo Amor. Em todos os lugares, mas sobretudo onde reinam a violência, o ódio, a injustiça e a perseguição, os cristãos são chamados a dar testemunho deste Deus que é Amor.

E por último, a salvação de Deus é força invencível que triunfará sobre tudo. Deus é mais forte que tudo, e esta convicção dá ao crente serenidade, coragem e força de perseverar no bem frente às piores adversidades. E Papa Francisco concluiu com um importante apelo:

“A todos aqueles que usam injustamente as armas deste mundo, lanço um apelo: deponde esses instrumentos de morte; armai-vos, antes, com a justiça, o amor e a misericórdia, autênticas garantias de paz».

E aos discípulos de Cristo, sacerdotes, religiosos, religiosas ou leigos comprometidos na RCA, este desafio e missão: «a vossa vocação é encarnar o coração de Deus no meio dos vossos concidadãos».

Com informações Rádio Vaticano

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A vez da África



É a vez da África receber Francisco. O Papa tomará novamente o seu cajado de peregrino da misericórdia e deixará o Vaticano para a sua 11ª Viagem Apostólica Internacional que o levará desta vez ao Quênia, Uganda e República Centro-Africana entre os dias 25 e 30 de novembro. Será a primeira vez, em absoluto, de Bergoglio em terras africanas.

Já durante o III Retiro Mundial de Sacerdotes em Roma, no último mês de janeiro, Francisco expressara o seu desejo de realizar uma viagem ao continente africano, condicionando o seu desejo ao desejo de Deus: “se Deus quiser”. Falando sobre esta importante terra, o Santo Padre recordou a relevante ação da Igreja Católica naquele continente, em especial nas áreas da educação e da saúde.

O olhar de Francisco para essa terra, que ao longo dos séculos viveu e ainda hoje vive a exploração, a miséria, a guerra, se detém nas pessoas, no caminho de povos que suportaram e suportam tanto sofrimento, na esperança de poder viver dias melhores sob um céu de justiça e reconciliação.

Por isso, o Santo Padre em muitas ocasiões não deixou de chamar a atenção para a exploração do homem e dos recursos naturais africanos por parte das potências mundiais, pedindo respostas urgentes que ainda não chegaram.

Sua ida ao continente negro colocará em foco dramas de países que vivem problemas indescritíveis e situações ainda por resolver que interessam a comunidade internacional. Problemas de instabilidade política, social e econômica. Os temas-chave desta viagem, segundo o porta-voz vaticano, Pe. Federico Lombardi serão: paz, diálogo inter-religioso e o testemunho dos mártires cristãos. Quando o avião papal tocar a terra queniana na próxima quarta-feira estará sendo escrita uma nova história para o continente africano com a presença de Francisco que, mais uma vez, demonstra a sua predileção pelos últimos, “pelas periferias”.

No Quênia, Papa pede autêntica preocupação com os pobres

“A vossa nação é também uma nação de jovens.” “A juventude é o recurso mais valioso de qualquer nação”: nesses termos, o Papa Francisco quis dirigir suas primeiras palavras à nação queniana, no início de sua primeira viagem ao continente africano.

Na visita de cortesia ao presidente do Quênia [com o Papa na foto] – na State House de Nairóbi –, no encontro com as autoridades da nação africana e com o corpo diplomático, teve lugar a execução dos hinos, as honras militares com a tradicional execução das 21 salvas de canhão e a apresentação das duas delegações.

Antes do discurso, o Santo Padre plantou uma oliveira, na esteira da tradição existente no país – por parte dos alunos – de plantarem árvores para a posteridade.

Futuro

Após expressar sua expectativa, neste dias, de encontrar muitos jovens e falar com eles a fim de encorajar suas esperanças e aspirações para o futuro, Francisco disse que “proteger os jovens, investir neles e dar-lhes uma mão amiga é o modo melhor para garantir um futuro digno da sabedoria e dos valores espirituais queridos aos seus anciãos, valores que são o coração e a alma de um povo”.

Tendo agradecido pela calorosa recepção em sua primeira visita à África, o Papa disse olhar com esperança a sua estada entre eles.

Reconhecendo no Quênia uma comunidade com ricas diversidades, que desempenha um papel significativo na região, o Pontífice disse tratar-se de “uma nação jovem e vigorosa.”

País abençoado

Evidenciando as riquezas do país, Francisco disse que “o Quênia foi abençoado não só com uma beleza imensa nas suas montanhas, rios e lagos, nas suas florestas, savanas e regiões semidesertas, mas também com a abundância de recursos naturais.

“A grave crise do meio ambiente, que o mundo enfrenta, exige uma sensibilidade ainda maior pela relação entre os seres humanos e a natureza. Temos a responsabilidade de transmitir a beleza da natureza, na sua integridade, às gerações futuras e a obrigação de exercer uma justa administração dos dons que recebemos”, disse o Papa.

Estes valores estão profundamente arraigados na alma africana. Num mundo que continua mais a explorar do que proteger a nossa casa comum, tais valores devem inspirar os esforços dos governantes para promover modelos responsáveis de desenvolvimento econômico, acrescentou.

Dito isso, Francisco evidenciou que há uma ligação clara entre a proteção da natureza e a construção duma ordem social justa e equitativa. “Não pode haver renovação da nossa relação com a natureza, sem uma renovação da própria humanidade”, disse o Santo Padre, citando a Laudato si (118).

A busca do bem comum deve ser um objetivo primário na obra de construção duma ordem democrática sã, fortalecendo a coesão e a integração, a tolerância e o respeito pelos outros, disse o Papa, acrescentando:

Superação

“A experiência demonstra que a violência, os conflitos e o terrorismo se alimentam com o medo, a desconfiança e o desespero que nascem da pobreza e da frustração. Em última análise, a luta contra estes inimigos da paz e da prosperidade deve ser conduzida por homens e mulheres que, destemidamente, acreditam e, honestamente, dão testemunho dos grandes valores espirituais e políticos que inspiraram o nascimento da nação.”

Em seu primeiro discurso em terras africanas, o Papa fez, por fim, uma premente exortação:

“Peço-vos, de modo particular, que manifesteis uma autêntica preocupação com as necessidades dos pobres, as aspirações dos jovens e uma distribuição justa dos recursos naturais e humanos com que o Criador abençoou o vosso país. Garanto-vos a prossecução dos esforços da comunidade católica, através das suas obras educacionais e caritativas, procurando oferecer a sua contribuição específica nestas áreas.”

O Papa Francisco concluiu invocando abundantes bênçãos ao povo queniano.
Por Rádio Vaticano

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Papa assegura que toda peregrinação é “uma experiência de misericórdia”

“A peregrinação é também esperança de misericórdia, partilha e solidariedade com quem faz o mesmo caminho, como também de acolhimento e generosidade da parte de quem hospeda os peregrinos”.

Assim o assegurou o Papa Francisco em uma mensagem enviada às Pontifícias Academias por razão da Assembleia Plenária que celebram estes dias com o tema “Ad limina Petri. Traços monumentais da peregrinação nos primeiros séculos do Cristianismo”.

A respeito deste tema, o Santo Padre assinalou que o título “nos prepara para o início do Ano Santo, reclamando oportunamente a atenção acerca da peregrinação como elemento constitutivo do Jubileu”, a ser realizado a partir do próximo dia 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição.

“Espero de coração que todos aqueles que visitarão a cidade de Roma por motivo do Ano Santo, ou vivam a experiência da peregrinação das diversas metas propostas pelas Igrejas locais, se sintam como os discípulos de Emaús, o Senhor Jesus junto a eles como companheiro de viagem. Portanto, possam experimentar a alegria do encontro com Ele”, disse o Pontífice.

“Sua reflexão ajudará a aprofundar o sentido da peregrinação cristã, assim como nos remete aos primeiros séculos da era cristã os itinerários dos peregrinos nos santuários romanos”, assegurou o Papa.

Com relação aos trabalhos das Pontifícias Academias assinalou: “Quero expressar a esperança de que estas sessões constituem sempre momentos de enriquecimento cultural e interior, de incentivo a um compromisso pessoal e comunitário cada vez mais fecundo e capaz de suscitar na Igreja o desejo de um humanismo renovado, aos desafios de nosso tempo”.

No encontro foram entregues o prêmio das Academias Pontifícias e a Medalha do Pontificado aos vencedores deste ano.

Por ACI

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Audiência: TV e celular comprometem convívio familiar, diz papa Francisco

O convívio familiar foi o tema da Audiência Geral desta quarta-feira (11/11) do Papa Francisco. Cerca de 20 mil fiéis e peregrinos compareceram na Praça S. Pedro, entre eles os participantes do III encontro dos missionários brasileiros na Europa.

O convívio, a partilha dos bens da vida, explicou Francisco, é uma característica das relações familiares. A família reunida ao redor da mesa é um símbolo, um ícone, desta experiência fundamental. “Uma família que quase nunca faz junta as refeições, ou que à mesa não fala, mas assiste à televisão, ou olha o celular, é uma família ‘pouco família’. “Significa que há algum problema.” “É o silêncio do egoísmo”, disse.

Neste sentido, recordou o Pontífice, o Cristianismo possui uma vocação especial a esta índole convivial. Jesus, além ensinar quando se encontrava à mesa, também usava esta imagem para falar do Reino de Deus; aliás, foi na mesa da última Ceia que Ele nos deixou a Eucaristia como testamento do seu Sacrifício na Cruz.

Nos dias de hoje, em que vemos as famílias sempre menos reunidas, advertiu o Papa, a passagem da mesa da família à mesa da Eucaristia é ainda mais importante. Na Missa, o Senhor oferece o seu Corpo e Sangue para todos, fazendo que a própria experiência do convívio familiar se abra a uma experiência de uma convivência universal: assim a família cristã mostra o seu verdadeiro horizonte, que é o da Igreja, Mãe de todos os homens, onde não existem excluídos nem abandonados.

Até ontem, recordou, bastava uma única mãe para cuidar das crianças no pátio, porque os filhos eram considerados um bem de toda a comunidade.

Hoje, acrescentou o Pontífice, muitos contextos sociais põem obstáculos ao convívio familiar. “Devemos encontrar o modo para recuperá-lo”, pois “parece que se tornou uma coisa que se compra e vende”, disse o Papa.

Todavia, notou o Papa, o nutrimento nem sempre é o símbolo de uma justa compartilha dos bens, capaz de alcançar quem não tem nem pão nem afetos. E advertiu para a opulência dos países ricos diante dos demasiados irmãos e irmãs que permanecem fora da mesa. “É uma vergonha”, reiterou o Papa.

“Rezemos para que este convívio familiar possa crescer e amadurecer no tempo de graça do próximo Jubileu da Misericórdia”, concluiu Francisco.

Ao saudar os numerosos grupos de peregrinos na Praça, o Papa mencionou os fiéis brasileiros de Aracaju, Divinópolis, Pernambuco e São Paulo.

Bósnia-Herzegóvina

Antes da Audiência Geral, o Papa recebeu o Presidente da Bósnia-Herzegovina, Dragan ?ovi?, com uma delegação de 40 pessoas.

No encontro, Francisco recordou a viagem que fez a Sarajevo, em junho passado. “Ainda guardo no meu coração tantas coisas grandes e belas que aprendi com vocês: a capacidade de sofrimento, a capacidade de perdão, ou pelo menos de buscar o perdão, a capacidade de unir-nos e trabalhar juntos, a capacidade de diálogo. Obrigado pelos exemplos que dão à humanidade.”

Ao cumprimentar a delegação do Presidente, o Pontífice estendeu sua saudação a toda a população do país, de modo especial os jovens.

Por Rádio Vaticano

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Papa: as reformas vão continuar com a ajuda de toda a Igreja

As reformas no Vaticano vão continuar. Foi o que disse o Papa Francisco falando aos fiéis reunidos na Praça São Pedro para a Oração mariana do Angelus, fazendo referência às notícias dos dias passados que turbaram muitos dos fiéis a propósito de documentos reservados da Santa Sé que foram subtraídos e publicados.

“Por isso, gostaria de lhes dizer, antes de tudo, que roubar esses documentos é um crime. É um ato deplorável que não ajuda. Eu mesmo tinha pedido para fazer esse estudo, e esses documentos eu e os meus colaboradores já os conhecíamos bem, e foram tomadas as medidas que começaram a dar frutos, até mesmo alguns visíveis”.

“Por isso, quero lhes assegurar que este triste fato não me distrai certamente do trabalho de reforma que estamos realizando com os meus colaboradores e com o apoio de todos vocês. Sim, com o apoio de toda a Igreja, porque a Igreja se renova através da oração e da santidade de todo batizado”.

“Portanto, agradeço a vocês e peço que continuem a rezar pelo Papa e pela Igreja, sem se deixarem turbar, mas indo para a frente com confiança e esperança”.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Sínodo: família não é somente um desafio, mas oportunidade para ser feliz


Concluiu-se na manhã desta terça-feira, no Sínodo dos Bispos sobre a família, o trabalho dos Círculos menores sobre a terceira e última parte do Instrumentum laboris, dedicado ao tema “A missão da família hoje”.

Na parte da tarde, a apresentação, aos Padres sinodais, dos Relatórios dos 13 grupos linguísticos e, esta quarta-feira, a publicação destes.

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, conduziu a coletiva do dia sobre os trabalhos sinodais, tendo três cardeais como convidados: o espanhol Lluís Martínez Sistach (arcebispo de Barcelona); o sul-africano Wilfrid Fox Napier (arcebispo de Durban); e o mexicano Alberto Suárez Inda (arcebispo de Morelia).

A família não é somente um desafio, mas também e, sobretudo, uma oportunidade para ser felizes: disse o Card. Sistach reiterando que a preparação para o matrimônio, quer remota, quer imediata, é fundamental para evitar separações e divórcios.

Em seguida, o purpurado deteve-se sobre o Motu proprio do Papa Francisco acerca da reforma dos processos de nulidade matrimonial e reiterou tratar-se de uma reforma em harmonia com a misericórdia da Igreja, mas à luz da indissolubilidade.

Desse modo, os casais que experimentaram um falimento podem refazer sua vida, de cabeça erguida, diante de Deus e da Igreja.

Daí, o apelo do purpurado espanhol a fim de que seja incrementada a gratuidade de tais processos. Na eventualidade de não ser possível encontrar a verdade objetiva e imediata, observou o Cardeal, o processo breve torna-se ordinário.

“Nem todos os Tribunais eclesiásticos das dioceses do mundo dispõem de pessoas adequadamente preparadas” no setor, concluiu o arcebispo de Barcelona, e, portanto, o desafio se encontra também nesse campo.

A família constitui a base da sociedade, é sua célula fundamental, reiterou, por sua vez, o Cardeal Suárez Inda, fazendo votos de que todas as instituições atuem em defesa da família. Em seguida, o purpurado mexicano deteve-se sobre o drama dos migrantes, cuja situação cria muitas dificuldades às famílias não somente por causa da distância geográfica, mas também pelo aspecto normativo que por vezes impede a reunificação familiar.

A esse propósito, o arcebispo de Morelia agradeceu aos bispos dos EUA pelo grande trabalho de acolhimento que fazem com os migrantes mexicanos.

Outra chaga que atinge as famílias é a da criminalidade organizada e da globalização que muitas vezes deixa os jovens sozinhos, no processo educacional, ressaltou o purpurado.

Em seguida, em relação aos processos de nulidade matrimonial, afirmou: “Nós, bispos, temos agora uma maior responsabilidade, o Papa reconhece-nos como juízes misericordiosos a nível diocesano e, portanto, devemos ser testemunhas da Igreja, mãe de ternura”.

Por fim, respondendo à pergunta de um jornalista a propósito de uma possível viagem do Papa ao México, o Cardeal Suárez afirmou:

“Sem dúvida, a visita do Papa é um motivo de imensa alegria.” As datas ainda não foram estabelecidas, mas certamente será uma viagem centralizada nos temas da reconciliação e da paz.

Seguramente, continuou o purpurado, o Santo Padre irá ao Santuário de Guadalupe e, talvez, tenha a oportunidade de visitar alguma casa de detenção e de encontrar os jovens, para dar esperança ao país.

Depois foi dado espaço à África, com a reflexão do Cardeal Napier:

“Os bispos africanos trouxeram uma lufada de otimismo ao Sínodo”, a exemplo de Deus, mas também do Papa Francisco, afirmou o purpurado, que em seguida voltou seu olhar para os leigos, sobretudo para as famílias felizes.

“São eles – disse – que de certo modo indicam ao Sínodo a direção a ser tomada. É importante, portanto, concentrar-se na vocação e missão da família na Igreja de hoje e acompanhar os cônjuges, tanto antes quanto depois do matrimônio, porque se reforma a Igreja reformando a família, que constitui sua base.

Por fim, interpelado pela imprensa sobre a carta enviada por alguns cardeais ao Papa, o purpurado sul-africano reiterou: era uma missiva reservada ao Pontífice e estava muito no espírito daquilo que ele disse, ou seja, falar com sinceridade e ouvir com humildade.

Em todo caso, concluiu o arcebispo de Durban, trabalhando junto no Sínodo, nós, bispos, reencontramos o espírito de colegialidade, sempre buscando fazer o melhor da Igreja.
Por Rádio Vaticano

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Papa reafirma promessa de nova visita ao Brasil em 2017

O Papa quer manter a sua palavra e voltar ao Brasil em 2017. A promessa feita em julho de 2013, diante dos fiéis em Aparecida, deverá ser cumprida, e foi o próprio Francisco a garanti-lo pessoalmente ao Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis. O cardeal está participando do Sínodo sobre a Família como Presidente Delegado, motivo pelo qual não pode estar em sua arquidiocese, celebrando a padroeira.

“Com muito pesar, estou ausente da celebração da grande festa da nossa padroeira e rainha do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, mas tenho um motivo para justificar a minha ausência: o Papa Francisco me nomeou como um dos Presidentes delegados do Sínodo da Família e por isto estou aqui em Roma, participando do encontro até dia 25. Tive, no entanto, a alegria de participar, e presidir a missa, da comunidade brasileira aqui em Roma, no bairro de Trastevere. Foi uma celebração com uma participação muito grande de brasileiros que vivem em Roma e nos arredores de Roma. Isto me fez, de certo modo, preencher, este sentimento de pesar por não poder participar da celebração de honra e louvor em Aparecida. Estou unido espiritualmente a todos os romeiros, a todos aqueles que estão hoje visitando o Santuário, em peregrinação; estou rezando por todos e pedindo a Deus que, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, que abençoe o nosso Brasil, o nosso povo, que nos dê luzes para podermos seguir o nosso caminho rumo ao crescimento, ao desenvolvimento, sempre na paz e na harmonia, e também na justiça social, onde todos os brasileiros possam usufruir do crescimento e do progresso do nosso país”.

“Estive com o Santo Padre nesta manhã de segunda-feira (12/10) em seu gabinete na Casa Santa Marta, renovando o convite para que ele possa, se Deus assim o permitir, ir novamente ao Brasil, visitar novamente o Santuário da padroeira do Brasil. É claro que o convite é para 2017, quando celebraremos 300 anos do encontro da imagem de Aparecida no Rio Paraíba. O Santo Padre, é claro, deseja ir, como já o manifestou em outras oportunidades. Está distante ainda, não podemos dizer que esta visita é oficial porque não nos cabe dar esta notícia, pois cabe é claro à Santa Sé, à Sala de Imprensa do Vaticano, comunicar a agenda e a programação do Santo Padre, sobretudo em relação às suas visitas ao exterior, mas nós o aguardamos e esperamos que o Santo Padre nos visite em 2017; será realmente uma bênção muito grande para todo o Brasil a sua visita”.

“Eu lhe lembrei que ele havia feito esta promessa lá na Tribuna Papa Bento XVI, quando se despediu da multidão: ‘Até 2017!’. Ele falou ‘Eu sei disso, me recordo desta minha expressão daquele dia e tenho este desejo muito sincero de voltar a visitar Aparecida, sobretudo nesta ocasião dos 300 anos, que é um acontecimento muito especial, muito singular para Aparecida e para todo o Brasil”.
Por Rádio Vaticano

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

É o amor que alimenta a relação, diz Papa às famílias durante o Angelus desse domingo

A abertura do Sínodo sobre a Família foi o tema da reflexão que o Papa realizou antes da oração do Angelus, na Praça São Pedro, neste domingo, 4, na presença de inúmeros fiéis e peregrinos.

Durante três semanas, os padres sinodais refletirão sobre a vocação e a missão da família na Igreja e na sociedade, para um atento discernimento espiritual e pastoral. “Manteremos o olhar fixo em Jesus para identificar as estradas mais oportunas para um empenho adequado da Igreja com as famílias e para as famílias”, disse o Papa Francisco.

Reciprocidade

A liturgia deste domingo, 4, propõe o Livro do Gênesis sobre a complementariedade e reciprocidade entre homem e mulher. O Papa disse que, ao deixarem os pais, os esposos se unem numa só carne e numa só vida, e desta unidade, transmitem a vida a novos seres humanos e se tornam pais.

“Participam da potência criadora de Deus”, disse Francisco, que advertiu: “Mas atenção! Deus é amor, e se participa da sua obra quando se ama com Ele e como Ele. É o amor que alimenta a relação, através das alegrias e das dores, momentos serenos e difíceis. É o mesmo amor com o qual Jesus, no Evangelho deste domingo, manifesta às crianças”.

Francisco rezou para todos os pais e educadores do mundo, assim como toda a sociedade, se façam instrumentos daquele acolhimento e daquele amor com o qual Jesus abraça os pequeninos.

“Penso nas muitas crianças famintas, abandonadas, exploradas, obrigadas à guerra, rejeitadas. É doloroso ver as imagens de crianças infelizes, com o olhar perdido, que fogem da pobreza e dos conflitos, batem às nossas portas e aos nossos corações implorando ajuda. O Senhor nos ajude a não sermos uma sociedade-fortaleza, mas uma sociedade-família, capaz de acolher, com regras adequadas, mas acolher. Acolher sempre, com amor.”

Por fim, o Pontífice pediu a oração dos fiéis pelos trabalhos do Sínodo.

Beatificações

Após a oração mariana, o Papa recordou a beatificação em Santander, na Espanha, de 18 monges trapistas, assassinados por sua fé durante a Guerra Civil Espanhola. “Louvemos ao Senhor por esses testemunhos corajosos e, por sua intercessão, supliquemos que libertem o mundo do flagelo da guerra.”

Guatemala e França

Francisco pediu ainda orações e ajudas concretas às vítimas de um deslizamento de terra na Guatemala e dos temporais na Costa Azul, na França. E saudou de modo especial os peregrinos italianos, que festejam neste domingo São Francisco de Assis, padroeiro do país.
Por Canção Nova com Rádio Vaticano

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Visita do Papa à ONU está sendo muito esperada, diz Dom Auza

Falta pouco mais de um mês para a visita do Papa Francisco à ONU em Nova Iorque. O Santo Padre fará um discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas no dia 25 de setembro. A visita está sendo muito esperada, principalmente diante do impacto que sua encíclica sobre meio ambiente – Laudato Si – está tendo na comunidade internacional.

O observador permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza, cita como um indicador da grande expectativa para a visita o número de pedidos de bilhetes para participação na audiência com o Papa. “Diria que na ONU falamos disso todos os dias e já tive encontros com o Protocolo para ver como responder da melhor maneira possível a tantas expectativas e pedidos de poder ver, mesmo que de longe, o Santo Padre. Um grande acontecimento, também para a ONU”.

O arcebispo comenta ainda a repercussão que a encíclica do Papa sobre meio ambiente teve na ONU e na comunidade internacional. O documento, diz ele, suscitou grande interesse das Nações Unidas; nas negociações intergovernamentais da agenda pós 2015 sobre desenvolvimento sustentável, muitas delegações citaram a encíclica, que foi muito bem acolhida pela ONU.

A encíclica de Francisco pede um novo modelo de desenvolvimento econômico, mais atento aos pobres e à defesa do ambiente, ligando esses dois âmbitos. O Papa chegou a receber algumas críticas por isso, mas Dom Auza contou que, escutando as intervenções de vários países-membros da Organização, percebeu uma crescente consciência sobre a importância de uma economia mais integral, como descreve o Papa.

“Esse apelo de nos afastarmos de um desenvolvimento econômico baseado apenas no PIB; esta não é uma economia que apoia o desenvolvimento sustentável; eis a força deste apelo para uma economia mais atenta aos pobres, à ecologia, é justamente o espírito que a ONU quer colocar no centro da Agenda sobre desenvolvimento sustentável até 2030”, declarou.

Em novembro, o tema do meio ambiente estará novamente no centro das atenções por ocasião da Conferência sobre Clima, a ser realizada em Paris. Dom Auza acredita que as palavras do Papa Francisco terão lugar nas decisões que serão tomadas a respeito. “Eu penso, também falando com as delegações, que a inspiração – e eu diria mesmo – a filosofia, a teologia moral que move os Estados, homens e mulheres a alcançar um acordo, o Papa já as deu nesta encíclica”.
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano em italiano

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Papa Francisco no Twitter: Jovens, não tenham medo do matrimônio

Neste período de férias em que os compromissos públicos do Papa se reduzem, ficamos em “jejum” das palavras do Pontífice. Contudo, por meio das redes sociais, Francisco se faz sentir mesmo que seja somente com 140 caracteres, como ocorre no Twitter.

Na manhã desta terça-feira, 28, o Papa escreveu: “Queridos jovens, não tenham medo do matrimônio: Cristo acompanha com a sua graça os esposos que permanecem unidos a Ele”.

“Setor dos casais”

Durante as audiências gerais das quartas-feiras, na Praça São Pedro, um dos locais mais concorridos é o “setor dos casais”. Em fase de preparação para o matrimônio ou casados já há algum tempo, não importa: a cena se repete. Noivas com seus longos vestidos brancos desfilam pelas imediações do Vaticano chamando a atenção de quem passa.

Na audiência geral de 29 de abril deste ano, o tema da catequese do Papa foi justamente o matrimônio – e as dificuldades que isto implica nos dias de hoje. “É uma realidade que as pessoas se casam cada vez menos; é real: os jovens não querem casar”, refletiu o Papa.

“Por outro lado, em muitos países aumenta o número de separações, e diminui o número de filhos. A dificuldade de permanecer unidos, quer como casal, quer como família, leva a interromper os vínculos com frequência e rapidez cada vez maiores, e são precisamente os filhos os primeiros a sofrer as consequências”, diz.

Cultura do provisório

Se alguém experimenta desde a infância que o matrimônio é um vínculo “temporário”, inconscientemente para esta pessoa será assim, reforçou Francisco.

“Com efeito, muitos jovens são impelidos a renunciar ao próprio programa de um vínculo irrevogável e de uma família duradoura. Acho que devemos meditar com grande seriedade sobre o motivo pelo qual tantos jovens ‘não estão dispostos’ a casar. Existe uma cultura do provisório. Tudo é provisório, parece que não existe algo definitivo”.

terça-feira, 28 de julho de 2015

JMJ 2016: 45 mil cadastraram-se após 24h da abertura das inscrições

Apenas 24 horas após o Papa Francisco abrir as inscrições para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2016, no último domingo, 26, mais de 45 mil jovens já se inscreveram para a 31ª edição desse encontro que acontecerá na Cracóvia, Polônia, de 26 a 31 de julho.

Os administradores do site oficial da JMJ revelaram que, além dessas inscrições, 300 voluntários se cadastraram para o evento.

Esta será a segunda vez que a jornada acontecerá na Polônia, a primeira foi em 1991, na cidade de Czestochowa.

O Papa Francisco foi o primeiro a inscrever-se para o encontro, utilizando um tablet, acompanhado por dois jovens na janela do apartamento pontifício, logo após o Angelus deste domingo.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

JMJ 2016: Francisco é o primeiro peregrino inscrito para o evento


As inscrições para a JMJ 2016 foram abertas neste domingo (26/07) pelo Comitê Organizador e o Papa Francisco foi o primeiro peregrino a se inscrever.

Depois da oração no Angelus na Praça São Pedro no Vaticano, o Santo Padre, ao lado de dois jovens, se inscreveu no evento, inaugurando assim o sistema de inscrições do maior evento mundial de jovens católicos.

"Eu mesmo quis abrir as inscrições e acabo de me inscrever como peregrino mediante um dispositivo eletrônico. Celebrada durante o Ano da Misericórdia, esta Jornada será, num certo sentido, o jubileu da juventude, chamada a refletir sobre o tema «Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt 5,7)”, ressaltou.

Papa Francisco ainda deixou um convite insistente a toda a juventude católica: “Convido os jovens de todo o mundo a viver esta peregrinação seja indo a Cracóvia, seja participando deste momento de graça nas próprias comunidades".
Por A12.com
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