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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Entenda os principais pontos do relatório final do Sínodo


Com a autorização do Papa, foi publicado na noite de sábado, 24, o Relatório Final do XIV Sínodo ordinário sobre a Família. Composto de 94 parágrafos, votados singularmente, o documento foi aprovado por maioria de 2/3, ou seja, sempre com o mínimo de 177 votos. Os padres sinodais presentes eram 265.

Segundo o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, apenas dois parágrafos obtiveram a maioria com margem limitada e são os que se referem a situações difíceis, como a abordagem pastoral às famílias feridas ou em situação irregular do ponto de vista canônico e disciplinar: convivências, casamentos civis, divorciados recasados e o caminho para se aproximar pastoralmente destes fiéis.

Indissolubilidade matrimonial
O Relatório define a doutrina da indissolubilidade do matrimônio sacramental como uma verdade fundada em Cristo mas ressalva que verdade e misericórdia convergem em Cristo e, portanto, convida ao acolhimento das famílias feridas.

Os padres sinodais reiteram que os divorciados recasados não são excomungados e reafirmam que os pastores devem usar o discernimento para analisar as situações familiares mais complexas. O ponto 84 explica que a participação nas comunidades dos casais em segunda união pode se expressar em diferentes serviços: “Deve-se discernir quais formas de exclusão atualmente praticadas nos âmbitos litúrgico, pastoral, educativo e institucional podem ser superadas”.
Discernimento

À situação específica dos casais em segunda união, o ponto 86 do documento faz referência a um percurso de acompanhamento e de discernimento espiritual com um sacerdote, “pois a ninguém pode ser negada a misericórdia de Deus”. Neste sentido, “para favorecer e aumentar a participação destes fiéis na vida da Igreja, devem ser asseguradas as condições de humildade, discrição, amor à Igreja e a seu ensinamento, na busca sincera da vontade de Deus e no desejo de dar uma resposta a ela”.

Em relação ao crescente fenômeno dos casais que convivem antes de se casar ou depois de um matrimônio sacramental, o relatório diz tratar-se de uma situação que deve ser enfrentada de maneira construtiva e vista como uma oportunidade de conversão para a plenitude do matrimônio e da família, à luz do Evangelho.

Pessoas homossexuais e uniões homossexuais
De acordo com o relatório final, pessoas homossexuais não podem ser discriminadas, mas a Igreja é contrária às uniões entre pessoas do mesmo sexo. O Sínodo julga também inaceitável que as Igrejas locais sofram pressões neste campo e que organismos internacionais condicionem ajudas financeiras aos países pobres à introdução do “casamento” entre pessoas do mesmo sexo.
Migrantes e refugiados

Alguns parágrafos abrangem questões dedicadas aos migrantes, refugiados e perseguidos cujas famílias são desagregadas e possam ser vítimas do tráfico de pessoas. Os bispos invocam o acolhimento ressaltando os seus direitos e deveres nos países que os hospedam.

Valorizar a mulher, tutelar crianças e idosos
Os padres sinodais condenaram a discriminação contra mulheres em todo o mundo, incluindo a penalização da maternidade. Em relação à violência, ressalta que “a exploração das mulheres e a violência exercida sobre o seu corpo estão muitas vezes unidas ao aborto e à esterilização forçada”. Pede-se também uma maior valorização da responsabilidade feminina na Igreja, com intervenção nos processos de decisão, participação no governo de algumas instituições e envolvimento na formação do clero.

A respeito da reciprocidade e na responsabilidade comum dos cônjuges na vida familiar, afirma-se que “o crescente compromisso profissional das mulheres fora de casa não encontrou uma adequada compensação num maior empenho dos homens no ambiente doméstico”.

Sobre as crianças, o documento entregue ao Papa ressalta a beleza da adoção e do acolhimento temporário, que “reconstroem relações familiares rompidas” e menciona também os viúvos, os portadores de deficiência, os idosos e os avós, que permitem a transmissão da fé nas famílias e devem ser protegidos da cultura do descarte. Também as pessoas não casadas são lembradas por seu engajamento na Igreja e na sociedade.

Fanatismo, individualismo, pobreza, precariedade no trabalho
Como sombras dos tempos atuais, o Sínodo cita o fanatismo político-religioso hostil ao cristianismo, o crescente individualismo, a ideologia ‘gender’, os conflitos, perseguições, a pobreza, a precariedade no trabalho, a corrupção, os problemas econômicos que excluem famílias da educação e da cultura, a globalização da indiferença, a pornografia e a queda da natalidade.

Preparação ao matrimônio
O documento final reúne as propostas para reforçar a preparação ao matrimônio, principalmente dos jovens que hoje têm receio de se vincular. É recomendada uma formação adequada à afetividade, seguindo as virtudes da castidade e do dom de si. Outra relação mencionada no texto é entre a vocação à família e a vocação à vida consagrada. São também fundamentais a educação à sexualidade e a corporeidade e a promoção da paternidade responsável.

Família, porto seguro
Enfim, o a Relatório sublinha a beleza da família, Igreja doméstica baseada no casamento entre homem e mulher, “porto seguro dos sentimentos mais profundos, único ponto de conexão numa época fragmentada, parte integrante da ecologia humana. Deve ser protegida, apoiada e encorajada”.

Pedido ao Papa um documento sobre a família
O documento se encerra com o pedido dos Padres Sinodais ao Papa de um documento sobre a família, indicando a perspectiva que ele deseja dar neste caminho.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Sínodo se aproxima do fim e Papa cria Congregação para áreas da Família, Leigos e Vida

O Papa Francisco anunciou nesta quinta-feira, 22, a criação de uma nova congregação da Cúria Romana para as áreas da Família, Leigos e Vida. O anúncio foi feito ao inaugurar a reunião geral do Sínodo dos Bispos nesta tarde no Vaticano.

Francisco informou ainda aos participantes que uma comissão de estudos vai determinar a nova estrutura, que congregará o atual Conselho Pontifício para a Família, o Conselho Pontifício para os Leigos e a Academia Pontifícia para a Vida.

O anúncio dá mais relevo à área da Família dentro dos organismos centrais de governo da Igreja Católica, que colaboram mais diretamente com o Papa. A proposta de alteração tinha sido feita em setembro pelo conselho consultivo de cardeais.

O Sínodo dos Bispos sobre família se aproxima do fim. Na coletiva desta quinta-feira, 22, grande parte do tempo foi dedicada ao relatório final. Hoje, 23, o relatório deve ser concluído para votação no sábado.

Conversaram com a imprensa o Cardeal Oswald Gracias, que integra a comissão criada pelo Papa para a redação do texto final; o Cardeal Patita Mafi, do Reino de Tonga (Oceania); e o Cardeal José Horacio Gomes, arcebispo de Los Angeles (EUA). Em breves colocações, eles fizeram um balanço de pontos discutidos no Sínodo e dos preparativos para a redação do documento final.

Cardeal Gracias destacou a experiência de caminho conjunto que se faz na assembleia sinodal. Ele disse que a proposta é ver como os bispos podem ajudar o Papa e como podem seguir seus trabalhos pastorais. Ele falou de uma “descentralização”, ou seja, os bispos devem ser formados em nível teológico, moral e canônico para compreender as diferentes abordagens necessárias a fim de enfrentar os problemas específicos de cada país. “O Santo Padre veio agradecer-nos pelo nosso trabalho na Comissão, não ficou para a discussão, mas nos falou sobre a importância da família”.

Metodologia de redação do relatório final

O cardeal explicou ainda como funciona o método de trabalho para a redação o relatório final. Os especialistas analisam as mais de 700 emendas apresentadas para o documento final e escolhem as mais representativas para que a Comissão decida quais delas inserir no texto final.

Ainda na fase de esboço, o relatório possui cerca de 100 páginas, aprovadas por unanimidade pela Comissão. Na abertura, é possível que seja inserido um preâmbulo, a pedido de alguns Círculos menores.

Depois de ter sido apresentado padres sinodais, o texto proposto deve ser colocado em discussão na manhã de hoje. As modificações que forem solicitadas devem ocorrer, de forma escrita, até as 14h, pois a tarde será dedicada à reelaboração do texto. No sábado pela manhã o relatório definitivo será lido na Sala do Sínodo; à tarde o texto será votado parágrafo por parágrafo. Depois, caberá ao Papa estabelecer se vai publicar o relatório ou não.

Globalização e impacto na família

Diretamente de Tonga, na Oceania, Cardeal Mafi, que é o mais jovem do colégio cardinalício (54 anos), voltou ao Sínodo após sua participação na assembleia passada. “Venho com um coração aberto e em escuta para aprender com os meus irmãos bispos do primeiro mundo”.

Ele destacou que, no mundo globalizado atual, há tanto bençãos como desafios que dizem respeito às famílias. Em especial no seu país (Reino de Tonga), Cardeal Mafi falou das dificuldades dos Estados insulares, que ainda não têm instituições fortes, e das transformações que o individualismo tem levado para a família.

Tema das migrações

Com relação às discussões feitas até agora, Cardeal Gomez disse que gostaria de ter tido mais tempo para falar sobre alguns temas, como imigração, a relação entre família e economia e educação. Nos EUA, por exemplo, existem 11 milhões de imigrados irregulares, explicou, e se trata de pessoas que fazem parte das famílias e que precisam de ajuda.

“É importante examinar os temas e, verdadeiramente, ter um sentido de missão para dar a Boa Nova a todos (…) Então há a esperança de que o Sínodo 2015 ajude as pessoas a entender como ser um bom católico na vida diária”.
Por Canção Nova, com informações do Vaticano

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Sínodo: família não é somente um desafio, mas oportunidade para ser feliz


Concluiu-se na manhã desta terça-feira, no Sínodo dos Bispos sobre a família, o trabalho dos Círculos menores sobre a terceira e última parte do Instrumentum laboris, dedicado ao tema “A missão da família hoje”.

Na parte da tarde, a apresentação, aos Padres sinodais, dos Relatórios dos 13 grupos linguísticos e, esta quarta-feira, a publicação destes.

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, conduziu a coletiva do dia sobre os trabalhos sinodais, tendo três cardeais como convidados: o espanhol Lluís Martínez Sistach (arcebispo de Barcelona); o sul-africano Wilfrid Fox Napier (arcebispo de Durban); e o mexicano Alberto Suárez Inda (arcebispo de Morelia).

A família não é somente um desafio, mas também e, sobretudo, uma oportunidade para ser felizes: disse o Card. Sistach reiterando que a preparação para o matrimônio, quer remota, quer imediata, é fundamental para evitar separações e divórcios.

Em seguida, o purpurado deteve-se sobre o Motu proprio do Papa Francisco acerca da reforma dos processos de nulidade matrimonial e reiterou tratar-se de uma reforma em harmonia com a misericórdia da Igreja, mas à luz da indissolubilidade.

Desse modo, os casais que experimentaram um falimento podem refazer sua vida, de cabeça erguida, diante de Deus e da Igreja.

Daí, o apelo do purpurado espanhol a fim de que seja incrementada a gratuidade de tais processos. Na eventualidade de não ser possível encontrar a verdade objetiva e imediata, observou o Cardeal, o processo breve torna-se ordinário.

“Nem todos os Tribunais eclesiásticos das dioceses do mundo dispõem de pessoas adequadamente preparadas” no setor, concluiu o arcebispo de Barcelona, e, portanto, o desafio se encontra também nesse campo.

A família constitui a base da sociedade, é sua célula fundamental, reiterou, por sua vez, o Cardeal Suárez Inda, fazendo votos de que todas as instituições atuem em defesa da família. Em seguida, o purpurado mexicano deteve-se sobre o drama dos migrantes, cuja situação cria muitas dificuldades às famílias não somente por causa da distância geográfica, mas também pelo aspecto normativo que por vezes impede a reunificação familiar.

A esse propósito, o arcebispo de Morelia agradeceu aos bispos dos EUA pelo grande trabalho de acolhimento que fazem com os migrantes mexicanos.

Outra chaga que atinge as famílias é a da criminalidade organizada e da globalização que muitas vezes deixa os jovens sozinhos, no processo educacional, ressaltou o purpurado.

Em seguida, em relação aos processos de nulidade matrimonial, afirmou: “Nós, bispos, temos agora uma maior responsabilidade, o Papa reconhece-nos como juízes misericordiosos a nível diocesano e, portanto, devemos ser testemunhas da Igreja, mãe de ternura”.

Por fim, respondendo à pergunta de um jornalista a propósito de uma possível viagem do Papa ao México, o Cardeal Suárez afirmou:

“Sem dúvida, a visita do Papa é um motivo de imensa alegria.” As datas ainda não foram estabelecidas, mas certamente será uma viagem centralizada nos temas da reconciliação e da paz.

Seguramente, continuou o purpurado, o Santo Padre irá ao Santuário de Guadalupe e, talvez, tenha a oportunidade de visitar alguma casa de detenção e de encontrar os jovens, para dar esperança ao país.

Depois foi dado espaço à África, com a reflexão do Cardeal Napier:

“Os bispos africanos trouxeram uma lufada de otimismo ao Sínodo”, a exemplo de Deus, mas também do Papa Francisco, afirmou o purpurado, que em seguida voltou seu olhar para os leigos, sobretudo para as famílias felizes.

“São eles – disse – que de certo modo indicam ao Sínodo a direção a ser tomada. É importante, portanto, concentrar-se na vocação e missão da família na Igreja de hoje e acompanhar os cônjuges, tanto antes quanto depois do matrimônio, porque se reforma a Igreja reformando a família, que constitui sua base.

Por fim, interpelado pela imprensa sobre a carta enviada por alguns cardeais ao Papa, o purpurado sul-africano reiterou: era uma missiva reservada ao Pontífice e estava muito no espírito daquilo que ele disse, ou seja, falar com sinceridade e ouvir com humildade.

Em todo caso, concluiu o arcebispo de Durban, trabalhando junto no Sínodo, nós, bispos, reencontramos o espírito de colegialidade, sempre buscando fazer o melhor da Igreja.
Por Rádio Vaticano

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Arcebispo australiano fala de desafios do Sínodo sobre família


Os riscos de idealizar o matrimônio e a vida familiar. A tarefa de condensar diferentes pontos de vista. A necessidade de uma linguagem renovada e mais amigável para certificar que a mensagem da Igreja seja ouvida. Esses são apenas três dos desafios dos participantes do Sínodo dos Bispos sobre Família nesta terça-feira, 13, nas discussões em grupos, os chamados círculos menores. Os resumos das discussões serão apresentados ao Papa nesta quarta-feira, 14.

Encarregado de apresentar os resultados do grupo de língua inglesa, o arcebispo australiano Mark Coleridge disse que há um real perigo no Sínodo de falar da família de uma forma idealizada ou romantizada e que não tem relação com a realidade da vida das pessoas.

Há uma tendência de olhar para trás, para a “era de ouro da família”, disse o bispo, em que havia uma mãe, um pai e três ou quatro crianças. Mas isso não é uma realidade para muitas pessoas e se o Sínodo não reconhece isso, vai significar simplesmente um bispo falando para o outro de modo incompreensível para outras pessoas.

Dom Mark compara os bispos a “antenas” que precisam ouvir e se envolver com as famílias em todas as suas complexidades. Falando de uma crise na vida familiar, ele disse que “o que realmente está em crise é o nosso próprio, às vezes demasiado estreito, entendimento sobre o que o matrimônio e a família são”.

O arcebispo australiano também comentou como é trabalhar com tantas perspectivas diferentes ganhando voz no Sínodo. “Sentimos que há questões que precisam ser abordadas, análises que precisam ser feitas e decisões que precisam ser tomadas em nível local ou regional”.

Enquanto acredita que os todos os líderes da Igreja são chamados por Deus para promover a verdade que foi revelada, Dom Mark acrescentou que os bispos precisam ter cuidado ao decidir o que pode e o que não pode ser negociado.
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano em inglês

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Sínodo dos Bispos entra na fase de discussão em grupos


Bispos de várias partes do mundo continuam reunidos no Sínodo que acontece no Vaticano desde o último domingo, 4. Na manhã desta quarta-feira, 7, três deles conversaram com a imprensa sobre os trabalhos dos círculos menores, uma discussão em grupos divididos por idiomas.

Presentes na coletiva de hoje Dom Salvador Piñeiro (Peru), Dom Laurent Ulrich (França) e Dom Charles Joseph Chaput (EUA). Mediando a conversa, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.

Dom Ulrich comentou a riqueza de se trabalhar em conjunto, nos círculos menores, sobre um sujeito delicado e completo como a família. “A família nos ajuda a nos confrontarmos com nós mesmos e passar por cima das nossas diferenças.”

Essa harmonia que a discussão em grupos divididos por idiomas proporciona também esteve na fala de Dom Piñeiro, que participa do círculo de língua espanhola. Além desse aspecto, o arcebispo citou a importância dessa colegialidade entre os bispos e do acompanhamento do Santo Padre. “O ambiente fraterno vai ajudar para seguir nas reflexões e voltarmos às igrejas com novos projetos para cuidar da família”.

Dom Piñeiro lembrou que Deus chama o casal para que sejam esposos e pais e a Igreja precisa acompanhar as famílias nesse caminho. Porém, embora haja o consenso de que a família é célula base da sociedade, ainda há espaço para aspectos contrários a isso, como casos de divórcio e aborto. “Temos que apostar no Evangelho de Jesus que é de vida e esperança e pela família”, declarou.

A intervenção de Dom Chaput, dos EUA, na coletiva de hoje recordou o recente Encontro Mundial das Famílias, realizado na Filadélfia em setembro passado. “O objetivo do encontro das famílias era celebrar a vida familiar, os participantes foram embora com mais confiança no futuro”, disse.

Esse encontro mundial, que foi animado também pela presença do Papa Francisco, reuniu famílias do mundo inteiro, que vivem realidades distintas. Essa diversidade de contextos familiares constitui, inclusive, um dos desafios do Sínodo, e não passou despercebida por Dom Chaput. “É importante no Sínodo trabalhar pelos problemas relevantes não só a um país, mas a todos os países (…) Nossa audiência é imensa, temos que ter em conta essa diversidade (…) Temos que ter cuidado com nossa linguagem para não ferir as pessoas, mas também temos que ser fiéis à doutrina da Igreja ”.

Em especial, Dom Chaput recordou o tema do homossexualismo, assunto polêmico que deve ser discutido no Sínodo. “Estou certo de que o tema do homossexualismo será objeto de discussão e espero encontrar palavras que acolham, e não firam”.

As coletivas de imprensa têm sido realizadas diariamente para informar aos jornalistas o andamento do Sínodo. Na conversa de hoje, padre Lombardi acrescentou que os padres sinodais são livres para publicar suas intervenções ou conceder entrevistas à imprensa.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Sínodo dos Bispos: 1º relatório reitera indissolubilidade do matrimônio

Os trabalhos da 14ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos começaram nesta segunda-feira, 5. Na primeira congregação geral, o relator do Sínodo, Cardeal Peter Erdö, apresentou um relatório inicial dividido em três partes, que indica a necessidade de acompanhamento misericordioso às famílias em situações difíceis, porém sem deixar dúvidas quanto à indissolubilidade do matrimônio.

O cardeal húngaro recordou os diversos desafios que as famílias enfrentam hoje, como o problema das injustiças sociais, migrações, salários baixos e violência contra as mulheres. O relatório, porém, ressalta aspectos positivos, como o matrimônio e a família que transmitem valores e oferecem uma possibilidade de desenvolvimento à pessoa humana. “A família é o local onde se aprende a experiência do bem comum”, destaca o documento.

A missão da família nos dias de hoje é o foco da terceira parte do relatório apresentado nesta manhã. Reitera-se a importância da colaboração das famílias cristãs com instituições públicas e na criação de estruturas econômicas para apoiar os que vivem em situações de pobreza. “Toda a comunidade eclesial deve tentar assistir as famílias vítimas de guerras e perseguições”, lê-se no relatório.

Divórcio

Com relação às famílias feridas, referindo-se, em especial, aos casos de separação, o documento destaca que o método de ação deve ser o da misericórdia e acolhimento, sem deixar, porém, de apresentar a verdade clara sobre o matrimônio. Nesse sentido, o documento encoraja, para os divorciados que não se casaram novamente, a criação de centros de aconselhamento diocesanos para ajudar os cônjuges nos momentos de crise, apoiando os filhos, que são vítimas destas situações, e não esquecendo “o caminho do perdão e da reconciliação, se possível”.

Já sobre os divorciados recasados, pede-se uma aprofundada reflexão. “É imperativo um acompanhamento pastoral misericordioso que, no entanto, não deixe dúvidas sobre a verdade da indissolubilidade do matrimônio, como ensinado pelo próprio Jesus Cristo. A misericórdia de Deus oferece ao pecador o perdão, mas exige a conversão”.

O relatório introdutório também menciona e esclarece o chamado “caminho penitencial”, que se refere aos divorciados recasados ??que praticam continência e que, portanto, poderão ter acesso aos sacramentos da Penitência e da Eucaristia, evitando, porém, provocar escândalo.

Homossexualismo

Outro parágrafo é dedicado ao cuidado pastoral das pessoas homossexuais. A orientação é que elas sejam acolhidas com respeito e delicadeza, evitando qualquer sinal de discriminação. O relatório recorda, porém, que não há fundamento algum para assimilar ou estabelecer analogias, sequer remotas, entre as uniões homossexuais e o plano de Deus para o matrimônio e a família.

“É totalmente inaceitável que as Pastores da Igreja sofram pressões nesta matéria e que os organismos internacionais condicionem as ajudas financeiras aos países pobres para a introdução de leis que estabeleçam o ‘matrimônio’ entre pessoas do mesmo sexo”.

Defesa da vida

Os últimos parágrafos do Relatório abordam o tema da vida, reafirmando seu caráter inviolável desde a concepção até a morte natural. Não, portanto, ao aborto, à terapia agressiva, à eutanásia, e sim à abertura à vida como uma exigência intrínseca do amor conjugal. O Cardeal Erdo lembra ainda o grande trabalho da Igreja no apoio às mulheres grávidas, às crianças abandonadas, a quem abortou e às famílias impossibilitadas de curar os seus entes queridos doentes.

Recomenda-se também a promoção da cultura da vida diante da cada vez mais difundida cultura de morte e se sugere um ensino adequado sobre métodos naturais para a procriação responsável. Central também é o incentivo à adoção das crianças, “forma específica de apostolado familiar”.

Palavra do Cardeal Baldisseri

Além do Cardeal Erdo, a primeira Congregação Geral desta Assembleia teve o discurso do Secretário-Geral, Cardeal Lorenzo Baldisseri, que percorreu, em ordem cronológica, o caminho preparatório deste 14º Sínodo ordinário. Ele enfatizou que a família é um tema importante e transversal, que diz respeito não apenas aos católicos, mas a todos os cristãos e à humanidade.

Cardeal Baldisseri saudou os muitos casais presentes no Sínodo, na qualidade de Auditores e Peritos. Entre eles, recordou, há uma presença significativa feminina da qual se espera uma contribuição especial para que o Sínodo possa olhar para a família com o olhar de ternura, atenção e compaixão das mulheres.

Por Canção Nova com Rádio Vaticano

Sínodo para a Família: começam as reflexões no Vaticano, papa afirma: "Sínodo é caminhar juntos", acompanhe


Os trabalhos sinodais tiveram início esta segunda-feira (05/10) com a primeira Congregação Geral. Depois de rezarem a hora média e da saudação do Presidente-delegado, Card. Vingt-Trois, os padres sinodais ouviram o discurso do Santo Padre.

Sínodo é caminhar juntos

Francisco recordou que o Sínodo não é um congresso ou um parlatório, não é um parlamento nem um senado. Mas é um caminhar juntos, com o espírito de colegialidade e de sinodalidade, adotando corajosamente a parresia, o zelo pastoral e doutrinal, a sabedoria, a franqueza e colocando sempre diante dos olhos o bem da Igreja, das famílias.

“O Sínodo é uma expressão eclesial, isto é, a Igreja que caminha unida para ler a realidade com os olhos da fé e com o coração de Deus. O Sínodo se move necessariamente no seio da Igreja e dentro do santo povo de Deus, do qual nós fazemos parte na qualidade de pastores, ou seja, de servidores. Além disso, o Sínodo é um espaço protegido onde a Igreja experimenta a ação do Espírito Santo. No Sínodo, o Espírito fala através da língua de todas as pessoas que se deixam guiar pelo Deus que sempre surpreende, pelo Deus que revela aos pequeninos aquilo que esconde aos sábios e aos inteligentes; pelo Deus que criou a lei e o sábado para o homem e não vice-versa; pelo Deus que deixa as 99 ovelhas para procurar a única ovelha perdida; pelo Deus que é sempre maior do que nossas lógicas e dos nossos cálculos.”

Espírito Santo

Todavia, advertiu o Papa, o Sínodo só poderá ser um espaço da ação do Espírito Santo se os participantes se revestirem de coragem apostólica, de humildade evangélica e de oração confiante:

“A coragem apostólica que não se deixa intimidar nem diante das seduções do mundo, que tendem a apagar do coração dos homens a luz da verdade, substituindo-a com pequenas e temporárias luzes; a humildade evangélica que sabe esvaziar-se das próprias convicções e preconceitos para ouvir os nossos irmãos; humildade que leva a apontar o dedo não contra os outros para julgá-los, mas para estender a mão, para erguê-los sem jamais se sentir superiores a eles”.

Sem ouvir Deus, concluiu o Papa, “todas as nossas palavras serão somente palavras que não saciam nem servem. Sem deixar-se guiar pelo Espírito, todas as nossas decisões serão somente decorações que, ao invés de exaltar o Evangelho, o cobrem e o escondem”.

Por fim, o Pontífice agradeceu a todos que trabalham e trabalharam para a realização do Sínodo, pedindo a intercessão da Sagrada Família para os trabalhos sinodais.

Cardeais Falam sobre o Sínodo

A XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que tem por tema “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo” teve início neste domingo, 4, no Vaticano.

O Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida (SP), falou de suas expectativas para este sínodo em entrevista ao Programa Brasileiro, da Rádio Vaticano: “As expectativas são as melhores. Esta Assembleia sinodal ordinária é a conclusiva da primeira etapa que começamos no ano passado com o mesmo tema: a família. Na primeira etapa, nós tratamos mais dos desafios que a família enfrenta no mundo de hoje. Nesta segunda etapa, a conclusiva, votaremos um documento final que será entregue ao Santo Padre. E dependerá dele o desejo de fazer uso deste documento para publicar uma Exortação pós-sinodal ou não. Cabe ao Santo Padre esta decisão. Nós esperamos continuar aprofundando os desafios, mas procurando dar uma resposta. Primeiro, analisando esses desafios à luz da palavra de Deus, portanto procurando descobrir a missão da família. Depois, procurar mostrar também o caminho da família no mundo de hoje, que é de ser missionária, uma pequena Igreja doméstica, uma Igreja que não se fecha em si mesma, mas que se abre para evangelizar outras famílias, levar a Boa Nova do Evangelho a outras pessoas.”

Dom Damascendo completou: “Que as famílias possam encontrar na palavra final do Sínodo uma luz para viver a sua vocação matrimonial e possa encontrar também uma inspiração para fazer do seu lar uma Igreja doméstica, missionária, que assuma sua responsabilidade com o futuro da Igreja e da sociedade. Esperamos também que leve um conforto e um consolo e uma orientação aos casais que passam por sérias dificuldades.”

O Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer também falou à emissora, e se deteve na relação da mídia com o Sínodo: “Primeiramente, é positivo que a mídia se interesse pelo tema da família e pelo trabalho da Igreja em relação a ela. Seria pior se não se interessasse por nada. Por outro lado, é claro, é preciso ter discernimento e senso crítico em relação às tentativas de eventualmente pautar o Sínodo a partir de certos setores da mídia ou da opinião pública. A mídia certamente levanta questões a partir daquilo que é a vida da sociedade, da cultura do momento. Mas, como o Papa disse, o que nos deve orientar não é simplesmente aquilo que são desejos, mas nossa fidelidade realmente à Palavra de Deus e aos desígnios de Deus sobre a família.”

Dom Odilo lembrou das palavras usadas pelo Papa: “O Sínodo não é um parlamento, disse o Papa, onde se dá a vitória de um sobre o outro. Somos todos discípulos da Palavra de Deus. O trabalho da mídia é importante, mas seria bom se pudesse perceber o trabalho da Igreja.”

O Sínodo acontece até o próximo dia 25. Seu tema é: “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo.”
Rádio Vaticano

É o amor que alimenta a relação, diz Papa às famílias durante o Angelus desse domingo

A abertura do Sínodo sobre a Família foi o tema da reflexão que o Papa realizou antes da oração do Angelus, na Praça São Pedro, neste domingo, 4, na presença de inúmeros fiéis e peregrinos.

Durante três semanas, os padres sinodais refletirão sobre a vocação e a missão da família na Igreja e na sociedade, para um atento discernimento espiritual e pastoral. “Manteremos o olhar fixo em Jesus para identificar as estradas mais oportunas para um empenho adequado da Igreja com as famílias e para as famílias”, disse o Papa Francisco.

Reciprocidade

A liturgia deste domingo, 4, propõe o Livro do Gênesis sobre a complementariedade e reciprocidade entre homem e mulher. O Papa disse que, ao deixarem os pais, os esposos se unem numa só carne e numa só vida, e desta unidade, transmitem a vida a novos seres humanos e se tornam pais.

“Participam da potência criadora de Deus”, disse Francisco, que advertiu: “Mas atenção! Deus é amor, e se participa da sua obra quando se ama com Ele e como Ele. É o amor que alimenta a relação, através das alegrias e das dores, momentos serenos e difíceis. É o mesmo amor com o qual Jesus, no Evangelho deste domingo, manifesta às crianças”.

Francisco rezou para todos os pais e educadores do mundo, assim como toda a sociedade, se façam instrumentos daquele acolhimento e daquele amor com o qual Jesus abraça os pequeninos.

“Penso nas muitas crianças famintas, abandonadas, exploradas, obrigadas à guerra, rejeitadas. É doloroso ver as imagens de crianças infelizes, com o olhar perdido, que fogem da pobreza e dos conflitos, batem às nossas portas e aos nossos corações implorando ajuda. O Senhor nos ajude a não sermos uma sociedade-fortaleza, mas uma sociedade-família, capaz de acolher, com regras adequadas, mas acolher. Acolher sempre, com amor.”

Por fim, o Pontífice pediu a oração dos fiéis pelos trabalhos do Sínodo.

Beatificações

Após a oração mariana, o Papa recordou a beatificação em Santander, na Espanha, de 18 monges trapistas, assassinados por sua fé durante a Guerra Civil Espanhola. “Louvemos ao Senhor por esses testemunhos corajosos e, por sua intercessão, supliquemos que libertem o mundo do flagelo da guerra.”

Guatemala e França

Francisco pediu ainda orações e ajudas concretas às vítimas de um deslizamento de terra na Guatemala e dos temporais na Costa Azul, na França. E saudou de modo especial os peregrinos italianos, que festejam neste domingo São Francisco de Assis, padroeiro do país.
Por Canção Nova com Rádio Vaticano

sábado, 3 de outubro de 2015

Diretor de Imprensa do Vaticano alerta sobre "pressão indevida" sobre o Sínodo dos Bispos

Um gesto “grave” com a finalidade de exercitar uma “indevida pressão midiática” sobre o Sínodo para a família que tem início no domingo (04/10).

A Sala de Imprensa vaticana reage com as palavras do seu Diretor, Padre Federico Lombardi, à entrevista concedida por Mons. Krzystof Charamsa ao jornal italiano Corriere della Sera, na qual o teólogo polonês se declara homossexual e convivente.

"A escolha de usar uma manifestação assim tão clamorosa na vigília da abertura do Sínodo – lê-se na declaração oficial – resulta muito grave e não responsável, porque tem a finalidade de submeter a assembleia sinodal a uma indevida pressão midiática". Por este motivo, prossegue a nota, Mons. Charamsa – "não obstante as situações pessoais e as reflexões em mérito mereçam respeito – não poderá continuar a desempenhar as tarefas precedentes na Congregação para a Doutrina da Fé e as nas Universidades Pontifícias, enquanto outros aspectos da sua situação são de competência do seu ordinário diocesano”.

Entenda estrutura do Sínodo que começa neste domingo, dia 04 de outubro


Mais dinamismo e participação: o Secretário do Sínodo dos Bispos, Cardeal Lorenzo Baldisseri, apresentou à imprensa na manhã desta sexta-feira,02, a metodologia de trabalho do iminente evento sinodal, que terá início neste domingo,04, com a celebração da Missa presidida pelo Papa na Basílica de S. Pedro.

“Esta Assembleia representa o momento conclusivo do percurso sinodal iniciado dois anos atrás, com o envio do primeiro questionário a todas as Igrejas particulares”, afirmou o Cardeal.

No total, serão 270 padres sinodais, provenientes dos cinco continentes, assim divididos: 54 da África, 64 da América, 36 da Ásia, 107 da Europa e 9 da Oceania. Acrescentam-se a eles 24 especialistas ou colaboradores, 51 auditores e auditoras e 14 delegados fraternos. Destaque para os casais de esposos, pais e chefes de família, que serão 18 no total.

Metodologia

Quanto à metodologia, os próprios padres sinodais sugeriram modificações para tornar o Sínodo mais dinâmico e participativo. Isso será feito através da distribuição dos discursos pronunciados pelos membros em tempo breve, para poder dedicar mais atenção a cada contribuição. Além disso, os padres sinodais pediram a valorização do trabalho nos Círculos menores, onde se verifica uma participação mais ativa à discussão, um confronto mais direto e imediato entre os padres na própria língua, nos quais os auditores e os delegados fraternos podem eventualmente intervir.

Os trabalhos serão divididos entre congregações gerais e círculos menores. Nas congregações gerais terão direito a se pronunciar 318 participantes (entre padres sinodais, delegados fraternos e auditores), com três minutos à disposição. Serão cerca de 70 pronunciamentos por dia. Ao final de cada sessão, será reservado um período de uma hora para pronunciamentos livres dos padres sinodais. Já os círculos menores serão 13 no total, sem limite de tempo para os discursos.

Serão três semanas, em que serão debatidos três temas: “A escuta dos desafios sobre a família”, “O discernimento da vocação familiar” e “A missão da família hoje”.

Comunicação

Sobre a relação entre o Sínodo e a imprensa, o Cardeal Baldisseri afirma que será mantido o critério já expresso pelo Santo Padre: o Sínodo deve ser um espaço protegido para que o Espírito Santo possa agir; de modo que os padres sinodais tenham a liberdade de se expressarem com coragem.

Durante as três semanas, haverá diariamente uma coletiva de imprensa, com a presença de padres sinodais, e a utilização de todos os meios de comunicação disponíveis. Os participantes são livres de comunicar com a imprensa segundo sua discrição e responsabilidade.

Documento final

A Comissão para a Elaboração do Relatório Final foi nomeada pelo Santo Padre, e é composta por representantes dos cinco continentes: Cardeal Péter Erdo, Arcebispo de Esztergom-Budapeste (Hungria); Dom Bruno Forte, Arcebispo de Chieti-Vasto (Itália); Cardeal Oswald Gracias, Arcebispo de Bombaim (Índia); Cardeal Donald William Wuerl, Arcebispo de Washington (EUA); Dom John Atcherley Dew, Arcebispo de Wellington (Nova Zelândia); o Arcebispo Victor Manuel Fernández, Reitor da Pontifícia Universidade Católica Argentina (Argentina); Dom Mathieu Madega Lebouakehan, Bispo de Mouila (Gabão); Dom Marcello Semeraro, Bispo de Albano (Itália); Padre Adolfo Nicolás Pachón, S.I., Propósito Geral da Companhia de Jesus, representando a União dos Superiores Gerais.

Informações posteriores

No sábado, 17 de outubro, acontecerá a Comemoração dos 50 anos do Sínodo dos bispos, na Sala Paulo VI. No domingo, 18, a Missa para a canonização, entre outros, dos Bem-aventurados Ludovico Martin e Amria Azelia Guérin, pais de Santa Teresa do Menino Jesus.

Na Basílica de Santa Maria Maior, os fiéis são convidados a acompanhar os trabalhos sinodais com a oração. Todos os dias, será rezado o Terço às 17h, com a celebração da Missa às 18h. Na primeira semana se reza pelos filhos, na segunda pelos pais e na terceira pelos avós.

Por Rádio Vaticano

Sínodo deve oferecer indicações concretas; discussões começam nesse domingo, dia 04 de outubro

“Indicações concretas e proximidade”. Esses são os votos que o Secretário do Sínodo dos Bispos, cardeal Lorenzo Baldisseri, faz para o Sínodo Ordinário sobre a família, que começa neste domingo, 4.

O cardeal, que foi Núncio Apostólico no Brasil entre os anos de 2002 e 2012, recorda que o evento é uma contribuição dos padres sinodais ao Papa. “É a segunda etapa conclusiva de um caminho de dois anos, então é extremamente importante. Vamos ter também o documento final que os padres sinodais entregam ao Santo Padre. O Santo Padre decide. É uma contribuição muito grande em nível colegial e sinodal.”

O sínodo deste ano dará continuidade ao trabalho iniciado no sínodo extraordinário, convocado por Francisco em outubro do ano passado. Foi a primeira vez que uma assembleia sinodal foi realizada em duas etapas. Em 2014, os bispos levantaram proposições sobre a família, e agora será elaborado o documento conclusivo.

“Meus votos é que se possa concluir esse trabalho sinodal com sucesso, com um documento que toque profundamente os temas mais importantes e também ofereça indicações concretas nas pastorais, para que os padres que encontram as famílias possam compreender e dar um alento, uma força a mais, explicar melhor o que é a beleza do matrimônio e da família e também acompanhar as situações difíceis. É isso que queremos de todo o coração”, destacou Dom Baldisseri.

Por Canção Nova, com Rádio Vaticano

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Instrumentum Laboris do Sínodo Ordinário é apresentado pela Santa Sé

O Vaticano divulgou o Instrumentum Laboris para o Sínodo dos Bispos sobre a Família. Após a Assembleia Extraordinária no ano passado foi publicada a Relatio Synodi, com os resultados das reflexões dos padres sinodais. O novo texto foi atualizado a partir das contribuições das respostas aos questionários enviados pelas dioceses de todo o mundo, a pedido do papa Francisco.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, também enviou contribuições ao texto final, com a colaboração das dioceses.

O Instrumento de Trabalho para o Sínodo Ordinário, que ocorrerá de 4 a 25 de outubro com o tema “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”, está dividido em três grandes partes sendo: “A escuta dos desafios sobre a família”, “O discernimento da vocação familiar” e “A missão da família hoje”.

Ao final do Instrumento de trabalho, tem destaque o Jubileu da Misericórdia que iniciará no dia 8 de dezembro, motivado também pelas reflexões da Assembleia Sinodal.

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