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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

CNBB divulga nota sobre o momento nacional

Nesta terça-feira, 8 de dezembro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota sobre o momento nacional. O texto é assinado pela Presidência da entidade constituída pelo arcebispo de Brasília e presidente, dom Sergio da Rocha; pelo arcebispo de Salvador e vice-presidente; dom Murilo Krieger; e pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário geral, dom Leonardo Steiner. “Neste momento grave da vida do país, a CNBB levanta sua voz para colaborar, fazendo chegar aos responsáveis o grito de dor desta nação atribulada, a fim de cessarem as hostilidades e não se permitir qualquer risco de desrespeito à ordem constitucional”, diz um trecho da nota. No texto, a CNBB apela para o diálogo e para a serenidade e expressa repúdio ao recurso da violência e da agressividade nas diferentes manifestações sobre a vida política do país. Confira, abaixo, a íntegra da nota.

NOTA SOBRE O MOMENTO NACIONAL

E nós somos todos irmãos e irmãs (cf. Mt 23,8)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, fiel à missão evangelizadora e profética da Igreja, acompanha, com apreensão e senso de corresponsabilidade, a grave crise política e econômica que atinge o país e, mais uma vez, se manifesta sobre o atual momento nacional.

Ao se pronunciar sobre questões políticas, a CNBB não adota postura político-partidária. Não sugere, não apoia ou reprova nomes, mas exerce o seu serviço à sociedade, à luz dos valores e princípios fundamentais da Doutrina Social da Igreja. Desse modo, procura respeitar a opção política de cada cidadão e a justa autonomia das instituições democráticas, incentivando a participação responsável e pacífica dos cristãos leigos e leigas na política.

Neste momento grave da vida do país, a CNBB levanta sua voz para colaborar, fazendo chegar aos responsáveis o grito de dor desta nação atribulada, a fim de cessarem as hostilidades e não se permitir qualquer risco de desrespeito à ordem constitucional. Nenhuma decisão seja tomada sob o impulso da paixão política ou ideológica. Os direitos democráticos e, sobretudo, a defesa do bem comum do povo brasileiro devem estar acima de interesses particulares de partidos ou de quaisquer outras corporações. É urgente resgatar a ética na política e a paz social, através do combate à corrupção, com rigor e imparcialidade, de acordo com os ditames da lei e as exigências da justiça.

Para preservar e promover a democracia, apelamos para o diálogo e para a serenidade. Repudiamos o recurso à violência e à agressividade nas diferentes manifestações sobre a vida política do país, e a todos exortamos com as palavras do Papa Francisco: “naquele que, hoje, considerais apenas um inimigo a abater, redescobri o vosso irmão e detende a vossa mão! (…) Ide ao encontro do outro com o diálogo, o perdão e a reconciliação, para construir a justiça, a confiança e a esperança ao vosso redor” (Mensagem para a Celebração do XLVII Dia Mundial da Paz, 1º de janeiro de 2014, 7).

Confiamos o Brasil ao Senhor da vida e da história, pedindo sabedoria para os governantes e paz para nosso povo.

Imaculada Conceição, vosso olhar a nós volvei, vossos filhos protegei!

Brasília-DF, 08 de dezembro de 2015

Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB

Dom Murilo S. R. Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia- BA
Vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília-DF
Secretário Geral da CNBB

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Campanha para a Evangelização 2015 nos aponta o Jubileu da Misericórdia

A Campanha para a Evangelização associa a Encarnação do Verbo e o nascimento de Jesus Cristo com a missão permanente da Igreja que é evangelizar. Inicia-se na festa de Cristo Rei, e encerra-se no terceiro domingo do Advento, quando deve ser realizada nas comunidades a Coleta para a Evangelização.

Durante a Campanha deste ano, ocorrerá a abertura do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. É desejo do Papa Francisco que a Igreja anuncie a misericórdia, caminho que une Deus e os homens, e nutre a esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado.

As comunidades são chamadas a prepararem as pessoas para contemplarem o rosto misericordioso de Deus, manifesto na ternura do Filho que Maria Santíssima apresenta a todos, e acolherem os valores que Ele nos anuncia.
No Natal, celebramos a vinda de Jesus Cristo. O Papa Francisco inicia a sua Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia afirmando o seguinte: “Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai. O mistério da fé cristã parece encontrar nestas palavras a sua síntese. Tal misericórdia tornou-se viva, visível e atingiu o seu clímax em Jesus de Nazaré”.2 No Natal, a misericórdia de Deus vem ao nosso encontro na pessoa de Jesus. De- vemos ver nele e aprender dele as exigências da misericórdia, assim como nos alegrar, porque Deus nos ama tanto.

A misericórdia, no dizer do Papa Francisco, é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Deus é amor e a misericórdia é a forma amorosa que Deus escolheu para se relacionar conosco. Jesus nos disse: “Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros” (Jo 13,34). Jesus nos mostrou o amor misericordioso de Deus para conosco e nós devemos nos aprofundar na vivência da misericórdia para sermos obedientes ao novo mandamento de Jesus.

Para que possamos crescer na vivência da misericórdia, é necessário que façamos a experiência da misericórdia que Deus tem por nós, é necessário que experimentemos o seu amor em nossas vidas. E o amor de Deus se manifesta de forma mais profunda no perdão dos peca- dos. Todos nós experimentamos esse amor, pois todos somos pecadores, mas nem sempre temos consciência disso.

A partir dessa tomada de consciência, poderemos mostrar ao mundo, conforme nos pede o Papa Francisco, que “a misericórdia de Deus não é uma ideia abstrata, mas uma realidade concreta, pela qual Ele revela o seu amor como o de um pai e de uma mãe que se comovem pelo próprio filho até o mais íntimo das suas vísceras”.

Com isso, percebemos a importância da misericórdia no trabalho evangelizador: precisamos levar a humanidade a fazer a experiência do amor misericordioso de Deus, não só em vista da própria salvação, mas também para desenvolver com os irmãos e as irmãs novas formas de relacionamento fundamentadas na misericórdia como caminho de superação da cultura da morte presente na nossa sociedade através da construção da civilização do amor.

O Papa Francisco, na Bula Misericordiae Vultus, nos diz que “A Igreja tem a missão de anunciar a misericórdia de Deus, coração pulsante do Evangelho, que por meio dela deve chegar ao coração e à mente de cada pessoa” (n. 12). Por causa disso, a Campanha para a Evangelização deste ano escolheu como tema a Misericórdia.

O Natal é, por excelência, a experiência do Deus misericordioso que enviou seu Filho ao mundo para concretizar o seu plano salvífico da humanidade. Somos convidados a fazer deste Natal, no contexto do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, uma rica experiência do amor de Deus.

O mundo precisa fazer esta experiência nova de Natal para viver seu verdadeiro espírito. Como sabemos, o Natal se tornou uma festa mundana: a festa do comércio, do lucro, do consumo, da gula e da embriaguez. Em nome do nascimento de Jesus, muita gente faz tudo o que Ele não faria nem gostaria que alguém fizesse. O mito do Papai Noel é o dono da festa e muitos são excluídos dela por falta de recursos. É uma experiência de pura materialidade.

O Papa Francisco nos diz: “A primeira verdade da Igreja é o amor de Cristo. E, deste amor que vai até ao perdão e ao dom de si mesmo, a Igreja faz-se serva e mediadora junto dos homens. Por isso, onde a Igreja estiver presente, aí deve ser evidente a misericórdia do Pai”. Que o Natal seja marcado pela presença evangelizadora da Igreja anunciando a misericórdia.

A Campanha para a Evangelização deve sensibilizar todos os fiéis para que possam contribuir, seja pela atuação pastoral, seja pela ajuda material, com o anúncio desta verdade: Jesus é a maior manifestação da misericórdia de Deus.

A Coleta para a Evangelização
O gesto concreto de colaboração dos discípulos e das discípulas missionários(as) na Coleta para a Evangelização será partilhado, solidariamente, entre as Dioceses, os 18 Regionais da CNBB e a CNBB nacional, visando à execução de suas atividades evangelizadoras.


Dia 13 de dezembro – Coleta para a Evangelização
A Campanha para a Evangelização segue o exemplo das primeiras comunidades, às quais Paulo recomendava que os que têm se enriqueçam de boas obras, deem com prodigalidade e repartam com os demais (cf. 2Cor 8 e 9).

A destinação da Coleta
Com esse espírito de solidariedade e testemunho, os re- cursos arrecadados por essa Campanha são repartidos, da seguinte maneira:

Organismo da CNBB divulga nota sobre pedido de impeachment contra a presidente Dilma

Nesta quinta-feira, 3, a Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP) divulgou nota “Para onde caminha o Brasil?”, sobre a decisão de acolhida de pedido sobre a decisão de acolhida de pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Confira, abaixo, a íntegra do texto:

Para onde caminha o Brasil?

A Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo da CNBB, no ensejo da ameaça de impeachment que paira sobre o mandato da Presidente Dilma Rousseff, manifesta imensa apreensão ante a atitude do Presidente da Câmara dos Deputados.

A ação carece de subsídios que regulem a matéria, conduzindo a sociedade ao entendimento de que há no contexto motivação de ordem estritamente embasada no exercício da política voltada para interesses contrários ao bem comum.

O País vive momentos difíceis na economia, na política e na ética, cabendo a cada um dos poderes da República o cumprimento dos preceitos republicanos.

A ordem constitucional democrática brasileira construiu solidez suficiente para não se deixar abalar por aventuras políticas que dividem ainda mais o País.

No caso presente, o comando do legislativo apropria-se da prerrogativa legal de modo inadequado. Indaga-se: que autoridade moral fundamenta uma decisão capaz de agravar a situação nacional com consequências imprevisíveis para a vida do povo? Além do mais, o impedimento de um Presidente da República ameaça ditames democráticos, conquistados a duras penas.

Auguramos que a prudência e o bem do País ultrapassem interesses espúrios.

Reiteramos o desejo de que este delicado momento não prejudique o futuro do Brasil.

É preciso caminhar no sentido da união nacional, sem quaisquer partidarismos, a fim de que possamos construir um desenvolvimento justo e sustentável.

O espírito do Natal conclama entendimento e paz.

Carlos Alves Moura
Secretário Executivo
Comissão Brasileira Justiça e Paz

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

CNBB divulga nota sobre a realidade sociopolítica brasileira; leia a íntegra da nota


A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta quinta-feira (27), durante coletiva de imprensa, nota sobre “A realidade sociopolítica brasileira: dificuldades de oportunidades”. O texto foi aprovado pelo Conselho Permanente da instituição, que esteve reunido em Brasília, de 27 a 29 deste mês. 

Na nota, a CNBB manifesta-se a respeito do momento de crise na atual conjuntura. “A permanência e o agravamento da crise política e econômica, que toma conta do Brasil, parecem indicar incapacidade das instituições republicanas que não encontram um modo de superar o conflito de interesses que sufoca a vida nacional, e que faz parecer que todas as atividades do país estão paralisadas e sem rumo”, declaram os bispos. 

Confira a íntegra do texto:

A REALIDADE SOCIOPOLÍTICA BRASILEIRA

DIFICULDADES E OPORTUNIDADES

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília de 27 a 29 de outubro de 2015, comprometido com a vivência democrática e com os valores humanos, consciente de que é dever da Igreja cooperar com a sociedade para a construção do bem comum, manifesta-se acerca do momento de crise na atual conjuntura social e política brasileira.

A permanência e o agravamento da crise política e econômica, que toma conta do Brasil, parecem indicar a incapacidade das instituições republicanas que não encontram um modo de superar o conflito de interesses que sufoca a vida nacional, e que faz parecer que todas as atividades do país estão paralisadas e sem rumo. A frustração presente e a incerteza no futuro somam-se à desconfiança nas autoridades e à propaganda derrotista, gerando um pessimismo contaminador, porém, equivocado, de que o Brasil está num beco sem saída. Não nos deixaremos tomar pela “sensação de derrota que nos transforma em pessimistas lamurientos e desencantados com cara de vinagre” (Papa Francisco – Alegria do Evangelho, 85). 

Somos todos convocados a assegurar a governabilidade que implica o funcionamento adequado dos três poderes, distintos, mas harmônicos; recuperar o crescimento sustentável; diminuir as desigualdades; exigir profundas transformações na saúde e na educação; ampliar a infraestrutura, cuidar das populações mais vulneráveis, que são as primeiras a sofrer com os desmandos e intransigências dos que deveriam dar o exemplo. Cada protagonista terá que ceder em prol da construção do bem comum, sem o que nada se obterá. 

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Presidente da CNBB deseja uma Igreja mais presente na sociedade

Diálogo, comunhão e missão são metas que motivam as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil (DGAE) para o quadriênio 2015-2019. Em entrevista à revista Bote Fé, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da instituição, dom Sergio da Rocha, explicou que a nova gestão da entidade quer trabalhar com novo ardor e empenho, dando atenção especial à vida comunitária e pastoral.

“Seja a CNBB sempre mais instrumento de diálogo no interior da Igreja e com a sociedade; de comunhão eclesial, em seus vários níveis; e de animação da missão evangelizadora”, disse dom Sergio.

Para o presidente da Conferência, a Igreja quer ser casa para todos, comunidade que compartilha alegrias e esperanças, tristezas e angústias. “Necessitamos ser cada vez mais Igreja solidária e servidora, a serviço da vida, da justiça e da paz”, pontua o arcebispo.

Confira a íntegra da entrevista com dom Sergio.

Dom Sergio, como a CNBB pretende animar as cinco urgências das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil (DGAE) no quadriênio 2015-2019?

As cinco urgências assumidas são as mesmas do quadriênio anterior, que podem ser resumidas nas seguintes palavras: missão permanente, iniciação cristã, animação bíblica, comunidade e serviço à vida. A opção por “atualizar”, ao invés de elaborar novas Diretrizes, expressa a importância de se continuar as principais propostas pastorais das Diretrizes anteriores, acolhidas e vividas nos últimos quatro anos. No planejamento da ação evangelizadora, à luz das novas Diretrizes, é importante considerar não apenas os novos aspectos, mas redobrar o empenho para continuar a considerar atentamente os cinco desafios e a por em prática as cinco perspectivas pastorais. O que foi realizado, no quadriênio anterior, não esgota as cinco urgências ou perspectivas pastorais. Além disso, pela sua importância e amplitude, são propostas de validade permanente.

O que representa essa reflexão nas Diretrizes: “Quero uma Igreja missionária, solidária e que saiba ouvir?”

Nas DGAE, procuramos ressaltar a eclesiologia presente nos documentos do Concílio Vaticano II, cujo Jubileu estamos celebrando, e o ensinamento que o papa Francisco tem nos transmitido por meio de pronunciamentos sobre a Igreja e de gestos pessoais de grande significado eclesiológico. Por isso, dentre as características da Igreja, são enfatizadas: a missão, a solidariedade, a misericórdia, o diálogo e a acolhida. Tais traços e posturas não são novos, pois sempre estiveram presentes no Magistério da Igreja, mas devem ser vividos com novo ardor e empenho, recebendo atenção especial na vida comunitária e na pastoral.

As Diretrizes foram atualizadas a partir do magistério do papa Francisco, o que o texto traz de novidade?

As novas Diretrizes são situadas no atual momento vivido pela Igreja, com o pontificado do Papa Francisco. No contexto do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, do Jubileu de Ouro do Concílio Vaticano II, do Ano da Paz e do Ano da Vida Consagrada. De modo especial, há uma acolhida generosa da Evangelii Gaudium. Iluminados e animados por este valioso documento do papa Francisco, queremos ser uma Igreja, mãe misericordiosa e acolhedora, de portas abertas; uma “Igreja em saída”, que vai ao encontro de todos, especialmente dos mais pobres e sofredores, para compartilhar a alegria do Evangelho. Uma leitura atenta das DGAE revela claramente que muitas reflexões e propostas pastorais são inspiradas nas passagens da Evangelii Gaudium citadas em grande número no texto.

Qual a meta principal desta nova gestão da presidência da CNBB?

O que buscamos por meio da CNBB poderia ser resumido em três palavras muito preciosas, que devem nortear a nossa atuação: diálogo, comunhão e missão. Seja a CNBB sempre mais instrumento de diálogo no interior da Igreja e com a sociedade; de comunhão eclesial, em seus vários níveis; e de animação da missão evangelizadora. Para tanto, é preciso valorizar sempre mais a Assembleia Geral e os Conselhos Permanente e de Pastoral. Nesta perspectiva, queremos dar especial atenção ao cumprimento das decisões tomadas colegialmente pelos Bispos, a começar das DGAE. Além disso, continuamos a cultivar, com grande empenho, a comunhão com o Santo Padre, o papa Francisco.

“Igreja a serviço da vida plena para todos” é uma das cinco urgências. De que maneira pretende-se fomentar essa comunhão efetiva entre as pessoas?

A Igreja quer ser casa para todos, comunidade que compartilha alegrias e esperanças, tristezas e angústias. Necessitamos ser cada vez mais Igreja solidária e servidora, a serviço da vida, da justiça e da paz. Para isso, as DGAE destacam a importância da vida comunitária e da participação dos leigos e leigas na sociedade, como “sal da terra” e “luz do mundo”, segundo a palavra de Jesus. As iniciativas pessoais e espontâneas são sempre muito importantes, mas não bastam. É preciso organizar, de modo comunitário, o serviço da caridade, da justiça e da paz. Daí, a importância das pastorais sociais e de movimentos eclesiais dedicados à evangelização dos campos da política, da economia e da cultura, com a defesa incondicional da vida.
Por Revista Bote Fé CNBB

segunda-feira, 27 de julho de 2015

CNBB e Cáritas prosseguem com Campanha SOS Nepal

Após mais de dois meses dos terremotos que atingiram o Nepal, a Campanha de Solidariedade, lançada no Brasil em 30 de abril, já arrecadou mais de um milhão de reais, respondendo aos apelos de solidariedade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e da Cáritas Brasileira.

A iniciativa visa ajudar cerca de 8 milhões de pessoas atingidas pelo desastre. “Até o mês de junho, a Caritas Internacional distribuiu mais de 5 mil itens alimentares, quase 34 mil kits abrigo e cerca de 15 mil kits de higiene, abrangendo um total de 269.610 pessoas”, informou o assessor de gestão de riscos e emergências da Cáritas Brasileira, João Paulo Couto.

No entanto, informações da Caritas Internacional apontam que ainda existem 2,8 milhões de pessoas necessitando de assistência na região. Perdas na agricultura e indústria afetam em torno de um milhão de pequenos familiares, enquanto a saúde pública sofreu graves perdas, com a destruição de mais de 450 instalações públicas e 16 centros privados, tendo ainda 765 estruturas parcialmente danificadas.

A diretora executiva nacional da Cáritas, Cristina dos Anjos, reitera que o cenário ainda inspira apoio. “Dado esse cenário, a CNBB, a Cáritas Brasileira e a Caritas Internacional continuam com o Apelo Emergencial, na perspectiva da aquisição de lonas e kits de abrigo para mais 20 mil domicílios, além de cobertores, cordas, tapetes plásticos, folhas de plásticos, entre outros materiais e objetos necessários. Todos nós podemos contribuir”, pede a diretora.
Por Cáritas Brasileira

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Já estão disponíveis subsídios para Campanha Missionária 2015

As Pontifícias Obras Missionárias (POM) disponibilizaram os materiais para a Campanha Missionária 2015. Eles podem ser baixados para o uso das comunidades a fim de preparar as atividades e motivas os fiéis para a campanha.

Os itens já foram enviados às 276 dioceses e prelazias do país para serem distribuídos entre as paróquias e as comunidades e estão disponíveis para download no site das POM.

O material é comporto por cartaz, novena missionária, oração do mês missionário, mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, além do DVD, da oração dos féis, de marcadores de páginas e do envelope para a coleta do Dia Mundial das Missões.

Também com o propósito de auxiliar nas reflexões sobre o mês missionário nas comunidades ou no lançamento da campanha, as POM colocou à disposição o material de apresentação da Campanha Missionária, em PowerPoint.

Missão é servir

O tema desta edição, “Missão é servir”, destaca a essência da mensagem de Jesus no evangelho de Marcos, Ele veio “para servir” (Mc 10,45).

O lema, “Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de todos” (Mc 10,44), é retirado da lição dada por Jesus diante dos que são tentados pelo poder. A reflexão recorda que, mesmo diante do poder e do prestígio, o cristão deve recordar-se de que sua missão é serviço, entrega e doação. A Campanha Missionária 2015 convida todos a expandir o horizonte do serviço.
Com informações das POM

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Papa Francisco nomeia bispos para Bahia e Santa Catarina

O papa Francisco nomeou dom João Santos Cardoso como bispo da diocese de Bom Jesus da Lapa (BA), transferindo-o da sede episcopal de São Raimundo Nonato (PI).

Na mesma data, nomeou dom Rafael Biernaski como bispo da diocese de Blumenau (SC). Dom Rafael deixa o ofício de auxiliar da arquidiocese de Curitiba (PR) e da sede titular de “Ruspe”.

Trajetórias episcopais

Com o lema “Naquele que me fortalece”, dom João Santos Cardoso foi ordenado bispo em 12 de fevereiro de 2012. É natural de Dário Meira (BA). Nasceu em 1961. Possui mestrado e doutorado em Filosofia pela Universidade Gregoriana de Roma. Atualmente é o bispo responsável pela Pastoral para a Cultura e Educação do regional Nordeste 4. Dom João era bispo de São Raimundo Nonato desde 2012.

Dom Rafael Biernaski nasceu em 1º de novembro de 1955, sendo natural de Curitiba (PR). Foi ordenado bispo em 15 de abril de 2010. Escolheu como lema “Enviou-me para evangelizar”. É mestre e doutor em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Já atuou como Capo Ufficio (Chefe de seção) na Congregação para os Bispos do Vaticano.

CNBB proclamou 2015 como o Ano da Paz


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) proclamou 2015 como o Ano da Paz. Trata-se de um período de reflexões, orações e ações sociais, que se estenderá até o Natal de 2015.

O Bispo auxiliar de Brasília e Secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, descreve no texto-base do Ano da Paz, que o “grito silencioso de paz, ‘Somos da Paz’, se eleva frente à violência crescente em todos os níveis.

Violência de morte, de abuso de poder, de descarte da pessoa, de quebra das relações de confiança, de desagregação da família, de ganância e corrupção, de marginalização da infância e da adolescente”.

O objetivo do Ano da Paz é superar as múltiplas formas de violência que agridem a dignidade dos filhos e filhas de Deus e despertar a convivência fraterna entre as pessoas.

A Igreja no Brasil aponta uma série de ações e atividades para serem realizadas durante este ano. Entre as atividades está a Caminhada pela Paz. A sugestão é que seja realizada no dia 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis, arauto da paz, em todas as arquidioceses, dioceses e prelazias. Todas as comunidades devem realizar uma caminhada demonstrando que a paz é possível.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Carta das igrejas sobre a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2015; leia a íntegra


O amor de Deus, a paz de Jesus Cristo e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco!

Queridos irmãos e irmãs das comunidades cristãs no Brasil,

“Dá-me um pouco de tua água” (Jo 4.7) é o lema bíblico que o movimento ecumênico brasileiro, através do CONIC, propôs ao Conselho Mundial de Igrejas e ao Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos ao ser convidado a preparar o material da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de 2015.

O pedido por água, feito por Jesus à mulher samaritana, é também o testemunho ecumênico que oferecemos aos irmãos e irmãs das muitas Igrejas que anunciam a boa-nova de Jesus, nos mais diferentes contextos do mundo. A fé em Jesus Cristo precisa expressar-se nessa abertura para encontros e conversas. Não devemos ver no outro um inimigo ou uma ameaça, mas sim, reconhecer nele uma expressão do amor de Deus. Complementamo-nos e crescemos quando nos abrimos para estes encontros. Este é o nosso testemunho ecumênico.

Em contextos de intolerância e perseguições religiosas, colocamos diante das nossas Igrejas o desafio de fazer a experiência do diálogo. Saiamos de nossas casas e até dos nossos templos e vamos ao encontro de nossos irmãos, irmãs, vizinhos e vizinhas. Ouçamos o que eles ou elas têm a contar sobre sua fé, sua vida, suas experiências e dúvidas. Celebremos juntos esta vivência plural do único amor de Deus!

Nas bem-aventuranças deixadas a nós por Jesus Cristo em Mt 5.1-9 encontramos o convite para que atuemos em favor da paz, pois assim seremos chamados e chamadas de filhos e filhas de Deus. A construção da paz passa, necessariamente, pelo diálogo. Peregrinemos nessa direção para que o nosso testemunho público seja de unidade e de acolhida à diversidade.

Animamos cada grupo e comunidade a celebrar a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos de 2015. Que esta Semana seja uma grande festa de Pentecostes!

Oramos por cada irmão e cada irmã das nossas comunidades e pedimos que as nossas Igrejas também orem por nós para que possamos servir com coerência e dedicação á causa da justiça e da paz, valores centrais do Evangelho.

Na unidade de Cristo,

Dom Leonardo Ulrich Steiner (Bispo Auxiliar de Brasília e Secretário Geral da CNBB)
Pastor Dr. Nestor Paulo Friedrich (Pastor Presidente da IECLB)
Dom Francisco de Assis da Silva (Bispo Primaz da IEAB)
Presbítero Wertson Brasil (Moderador da IPU)
Dom Paulo Titus (Arcebispo da ISOA)

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos está acontecendo de 18 a 24 de maio; participe!

Uma visão de unidade cristã acompanhada por respeito pela diversidade inspirou o processo de elaboração dos materiais deste ano da Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC). O grupo responsável pelo material, formado de representantes de igrejas e organismos ecumênicos, ressaltou o valor da unidade cristã numa época em que a intolerância religiosa cresce ao redor do mundo. O material é publicado em parceria pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e pelo Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos.

Tradicionalmente celebrada entre 18 e 25 de janeiro (no hemisfério Norte) ou em Pentecostes (no hemisfério Sul), a edição deste ano, que será comemorada entre 17 e 24 de maio, enfoca um tema inspirado no evangelho de João: “Dá-nos um pouco da tua água”.

O tema de 2015 foi inspirado pelo Evangelho de João, que fala do encontro de Jesus com a mulher samaritana, um símbolo de amor que tem o poder de diminuir as barreiras baseadas na religião, etnia ou cultura. A proposta de material foi elaborada pelo grupo e trabalho do CONIC.

O gesto bíblico de oferecer água a quem chega, como forma de boas-vindas e partilha, e algo presente em todas as religiões no Brasil. Espera-se que o estudo e a meditação propostos sobre a história de Jesus encontrando a mulher samaritana perto do poço possam ajudar as pessoas e as comunidades a perceber a dimensão dialógica do projeto de Jesus, que chamamos de Reino de Deus.

Contextos religiosos

O grupo de trabalho brasileiro procurou levar em conta os contextos religiosos do país, abordando, principalmente, o tema da intolerância religiosa. “A escolha da passagem bíblica de Jesus e a mulher samaritana foi feita devido ao forte significado desta cena para o encontro de culturas”, lembrou Romi, primeira mulher a assumir o posto de secretária-geral do CONIC. “Convidamos o CEBI para colaborar por causa de seu método de leitura popular da Bíblia, experiência bem brasileira”, acrescentou.

“Lamentavelmente, os últimos acontecimentos internacionais revelam o quanto a reflexão e ações concretas em favor do respeito à pluralidade são inadiáveis. Nosso testemunho enquanto cristãos e cristãs, ao longo da Semana, é o de afirmação de que a pluralidade é parte constitutiva do projeto de Deus”, concluiu Romi.

“No Brasil, o crescimento do fundamentalismo tem se tornado obstáculo para a afirmação do Estado laico”, afirmou Edmilson Schinelo, do CEBI. “As violações de direitos das minorias como, por exemplo, os grupos praticantes das religiões de matriz africana, muitas vezes vêm justificada por um discurso religioso carregado de intolerância”, acrescentou.

Edmilson ainda ressaltou o potencial que o material tem para a construção de diálogo entre diferentes expressões de fé. “O diálogo é um caminho permanente na construção da paz entre povos, culturas e religiões diferentes. Podemos saciar nossa sede bebendo também da água que o outro nos oferece”, encerrou.


O CONIC foi fundado em 1982 e, atualmente, tem como membros a Igreja Católica Romana, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), a Igreja Presbiteriana Unida (IPU) e a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia (ISOA). Os objetivos do CONIC estão ligados à promoção e estímulo das relações ecumênicas entre Igrejas cristãs e ao fortalecimento do testemunho comum delas em favor dos Direitos Humanos.
Com informações: CONIC

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Começou a 35ª Assembleia Geral Ordinária do CELAM

Começou na terça-feira, dia 12, a 35ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam), em Santo Domingo (foto), capital da República Dominicana. O arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Sérgio da Rocha, e o arcebispo de São Luís e delegado da Conferência junto ao Celam, dom José Belisário da Silva, estarão presentes no evento.

O encontro acontece a cada dois anos e tem a participação de presidentes e delegados das 22 Conferências Episcopais da América Latina e do Caribe, além da presidência e da direção da entidade. São 56 membros na assembleia com direito a voz e voto.

A assembleia também será responsável por aprovar as diretrizes do plano global do Celam para o quadriênio 2015-2019, a partir da análise dos desafios da Igreja no continente e baseados no Evangelho e no magistério pontifício. Na ocasião ainda haverá a apresentação do Informe da gestão sobre o plano global do Celam e dos 76 Programas desenvolvidos no quadriênio 2011-2015, além da escolha da nova presidência da entidade. As Conferências Episcopais, por meio de seus delegados, irão apresentar a realidade eclesial e social de seus países.

A assembleia do Celam contará com a presença do prefeito da Congregação para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina do Vaticano, cardeal Marc Ouellet; do núncio apostólico na República Dominicana, dom Jude Thaddeus; do arcebispo de Brooklyn, dom Octavio Cisneros, representando a Conferência Episcopal dos Estados Unidos; além de integrantes de organizações eclesiais como o Comitê Igreja na América Latina, a Adveniat, a Miserior, a Porticus e a Confederação Latino-Americana de Religiosos (Clar).
Com informações: CNBB e CELAM

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Pastoral do Povo da Rua da CNBB promove II Assembleia Nacional

“O Povo da rua nas fronteiras da cidade” é o tema escolhido para a II Assembleia Nacional da Pastoral do Povo da Rua (PPR). O encontro acontecerá de 15 a 17 de maio no Seminário Santo Afonso, em Aparecida (SP). O lema do evento remete à procura do local para o nascimento de Jesus, quando “não havia lugar para eles” (cf. Lucas 2, 7).

As discussões desta II Assembleia estarão voltadas à questão da moradia. Já no primeiro dia do encontro será lançada uma campanha nacional sobre habitação para a população em situação de rua.

O evento deverá reunir cerca de 80 pessoas, entre agentes da pastoral, lideranças da população de rua e de catadores, além de parceiros no trabalho da PPR.

Perfil

A PPR é vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e iniciou sua atuação no final da década de 1980, sendo instituída em 2001. O trabalho é realizado junto às pessoas em situação de rua e catadores de material reciclável.

O contexto social de preconceito, violência e negação de direitos em que vive a população da rua – moradores e catadores – é o ambiente em que a PPR busca ser “presença de anúncio e denúncia”, com a luta pelos direitos efetivada por meio da articulação de parcerias e na promoção de fóruns, debates e seminários para elaboração de políticas públicas.

Nos últimos anos a Pastoral buscou ampliar sua atuação, difundindo sua mística que aposta no protagonismo e na organização do povo da rua, de modo a alcançar a promoção social como enfrentamento à situação de violações e abandono historicamente sofrido.

A primeira Assembleia Nacional da PPR aconteceu em 2012 e foi um momento importante para a articulação de equipes locais, vivência da mística, intercâmbio de experiência e para o fortalecimento da metodologia.

sábado, 9 de maio de 2015

Bispos do Brasil participam de encontro sobre a encíclica do papa Francisco; documento trata de questões ambientais

No Vaticano, bispos, sacerdotes, religiosos, lideranças e organizações engajadas no desenvolvimento e na promoção dos povos nativos participam do Encontro Preparatório para a publicação da Encíclica do papa Francisco sobre a Ecologia. O evento é promovido pela Agência de ajudas da Igreja Católica da Inglaterra e Gales (CAFOD). O documento, escrito pelo pontífice, tratará da realidade do meio ambiente, mudanças climáticas, e o cuidado com a criação.

A proposta é reunir a colaboração das entidades presentes em diversos países, com objetivo comum de contrastar a pobreza e a injustiça. Durante o evento, os congressistas discutem sobre como levar a Encíclica a católicos e não-católicos, a partir de um diálogo inter-religioso.

Do Brasil estão presentes o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner; o bispo de Roraima, dom Roque Paloschi; e o bispo de Ipameri (GO) e presidente da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, dom Guilherme Werlang; a secretária executiva do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), Maria José Pacheco, o assessor da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, padre Ari Antônio dos Reis; o membro da coordenação nacional da Cáritas Brasileira, Luiz Cláudio Mandela, e o jovem Igor Guilherme Pereira Bastos, da Juventude Franciscana (Jufra), de Uberlândia.

Em entrevista à Rádio Vaticano, dom Leonardo Steiner comentou que a Encíclica “será um grande impulso para a Igreja brasileira em seu comprometimento com o diálogo e as novas relações com a natureza, que não podem ser ditadas pela economia”.

Ainda de acordo com o bispo, “o documento ajudará a abrir horizontes e assumir com mais coragem o trabalho dos bispos em questões do meio-ambiente sustentável”.

Pescadores

Na audiência geral na Praça de São Padro, o papa Francisco recebeu de dom Guilherme Werlang uma cópia do filme “Vento Forte”. O documentário denuncia as violações aos direitos humanos que sofrem pescadores e pescadoras artesanais do Brasil devido aos conflitos socioambientais que ocorrem em seus territórios. Na ocasião, o papa mostrou interesse e curiosidade sobre o filme que é instrumento de denúncia e luta para os grupos tradicionais pesqueiros do país. 
Com informações da Rádio Vaticano

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Cáritas e CNBB conclamam paróquias do Brasil à aderirem a campanha emergencial SOS Nepal

Mais de 8 milhões de pessoas foram afetadas pelo terremoto devastador registrado no sábado (25/04/15), em Nepal. De acordo com dados do governo nepalês, o número de mortos alcança mais de 5.000, com outros 10.000 feridos. Cerca de 1,5 milhão de pessoas precisam de alimentos, água e abrigo. 

O abalo atingiu 7,9 de magnitude na escala Richter, teve o epicentro a cerca de 80 quilômetros da capital nepalesa, Katmandu, e foi sentido em outros países, como a Índia, a China, o Bangladesh e o Paquistão. 

Em sintonia com os apelos do Santo Padre, frente ao sofrimento de milhões de famílias nepalesas atingidas pelo forte terremoto, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB e a Cáritas Brasileira lançam a Campanha de Solidariedade ao Nepal - SOS NEPAL.

A Caritas Internationalis (CI) vem trabalhando com a Caritas Nepal em socorro das pessoas atingidas pelo terremoto. Os recursos arrecadados serão destinados para ações de urgência (água potável, alimentos, lonas e tendas, atendimento as necessidades especiais das crianças, mulheres e pessoas com deficiências), com apoio posterior na reconstrução das condições de vida daquela população. 

Conclamamos as dioceses, paróquias, comunidades, congregações, colégios e todas as pessoas de boa vontade, para realização de uma grande corrente de oração e coleta de solidariedade, em favor do Nepal, no final de semana do dia das mães (09 e 10 de maio), fazendo memória de tantas mães, pais e filhos falecidos nesta tragédia. As ajudas financeiras podem ser depositadas nas seguintes contas, a cargo da Cáritas Brasileira.

Assista ao vídeo da camapanha SOS Nepal

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos propõe diálogo e acolhida

"Dá-nos um pouco da tua água” será o tema da Semana Nacional de Oração pela Unidade dos Cristãos e Cristãs (SOUC). O evento ocorrerá de 17 e 24 de maio e buscará refletir sobre a unidade cristã e o diálogo entre as religiões. O material publicado é uma parceria entre Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos.

O tema da Semana de Oração foi inspirado no Evangelho de São João, que retrata o encontro de Jesus com a mulher samaritana. A cena propõe reflexão do amor e da acolhida às diversidades de religião, etnia e cultura. O material foi elaborado pelo grupo de trabalho do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).

Ainda, dentro da perspectiva do tema deste ano, pretende-se debater os diferentes contextos religiosos do país, abordando, principalmente, a intolerância religiosa.

Baixe o texto de introdução ao tema da Semana de Oração traduzido pela Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O subsídio foi preparado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e pela Comissão Fé e Constituição do Conselho Mundial de Igrejas (CCMI)

Celebração nacional

No hemisfério norte, o período tradicional para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos ocorreu de 18 a 25 de janeiro. As datas foram propostas em 1908, pelo sacerdote, padre Paul Watson, por ocasião das festas litúrgicas de São Pedro e São Paulo. Já no hemisfério Sul, no entanto, as igrejas celebram a Semana de Oração durante o Pentecostes, que é um momento simbólico para a unidade da Igreja. No Brasil, o Conic coordena as celebrações da Semana de Oração em diversas regiões do país.

O Conic foi fundado em 1982, com participação de membros das igrejas Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Anglicana do Brasil (IEAB), Presbiteriana Unida (IPU) e a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia (ISOA). Tem como missão promover e estimular relações ecumênicas entre Igrejas cristãs e o fortalecimento do testemunho em favor dos Direitos Humanos.
Com informações: CNBB e Conic.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Mensagem de pesar da CNBB pelo falecimento de dom Vicente Joaquim Zico, arcebispo emérito de Belém-PA


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) expressa pesar pelo falecimento de dom Vicente Joaquim Zico, arcebispo emérito de Belém (PA). No texto, assinado pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, dom Vicente é lembrado como “um pastor dedicado ao seu povo, um apaixonado por Belém e pelo Círio de Nazaré”. Leia, na íntegra, a mensagem:


Mensagem de pesar pelo falecimento de dom Vicente Joaquim Zico

“Servo bom e fiel” (Mt 25,21)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB recebeu com pesar a notícia do falecimento de dom Vicente Joaquim Zico, arcebispo emérito de Belém (PA), aos 88 anos, ocorrido ontem, 4 de maio.

Natural de Luz – Minas Gerais, dom Vicente, de família muito religiosa, aos 16 anos de idade, ingressou na Congregação de São Vicente de Paulo, incentivado pela formação recebida dos pais e também pelo entusiasmo dos irmãos que também haviam ingressado no seminário. A família teve dois bispos e um padre. Foi ordenado presbítero, com a penas 23 anos, em outubro de 1950, em Petrópolis (RJ), e bispo, em janeiro de 1980. Foi arcebispo coadjutor de Belém (PA), de 1981 a 1990, e arcebispo da mesma arquidiocese até 2004.

Dom Vicente foi um pastor dedicado ao seu povo, um apaixonado por Belém e pelo Círio de Nazaré, fazendo jus ao seu lema episcopal: “Com Maria, Mãe de Jesus”, inspirado nos Atos dos Apóstolos.

A dom Alberto Taveira, arcebispo de Belém, aos fiéis da arquidiocese, aos familiares e aos amigos de dom Vicente manifestamos nossas condolências, renovando, neste tempo pascal, nossa fé na Ressurreição de Jesus, certeza da nossa.

Ao Pai agradecemos a vida e ministério deste “servo bom e fiel”, rezando unidos pelo seu descanso eterno.
Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB

Dom Hélder Câmara recebe o título de "Servo de Deus" e tem processo de beatificação iniciado

D. Hélder Câmara, Servo de Deus
O processo para a beatificação e canonização de dom Hélder Câmara iniciou, oficialmente, no último domingo, 3, com uma missa presidida pelo arcebispo de Olinda e Recife (PE), dom Fernando Saburido, na catedral do Santíssimo Salvador do Mundo, em Olinda

A celebração marcou a abertura da fase diocesana do processo para a beatificação e canonização de dom Helder e decretou a formação do tribunal que será responsável pela causa. Composto por cinco membros, o grupo está encarregado de analisar os textos publicados pelo bispo e escutar as pessoas que tiveram contato com ele.

Concluída a fase de investigação, o papa poderá conceder a dom Hélder o título de Venerável Servo do Senhor. Para que um venerável se torne beato, é necessário que tenha havido um milagre por sua intercessão. Caso haja um milagre após ser proclamado beato, ele poderá ser canonizado.

“Temos consciência de que é um processo lento, mas não temos pressa. Queremos que as pessoas possam refletir a mensagem de dom Hélder, suas ideias que são muito atuais. Espero que essa fase diocesana dure no máximo um ano, que dê tudo certo, e que possamos colaborar com a Igreja com essa apresentação de alguém que viveu realmente toda uma vida doada à construção do reino de Deus”, declarou dom Fernando Saburido.

Em 2014 o episcopado iniciou o processo solicitando a beatificação de dom Hélder e, em fevereiro deste ano, recebeu a autorização da Santa Sé para o pedido, oficializado com a celebração pela arquidiocese de Olinda e Recife. “Dom Hélder era um homem de uma personalidade impressionante. Era uma pessoa baixinha, franzina, mas que quando falava crescia, envolvia as pessoas. Ele sofreu muito diante da repressão, passando maus momentos de perseguição por enfrentar autoridades da época”, disse dom Saburido.

Dom Hélder Câmara
Foi dom Hélder Câmara que teve a iniciativa e levou adiante a ideia de constituir uma entidade que congregasse oficialmente os bispos da Igreja Católica no Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Ele nasceu em 7 de fevereiro de 1909, em Fortaleza (CE), em uma família de doze irmãos. Após entrar muito jovem no seminário, foi ordenado sacerdote aos 22 anos. Conhecido por “dom da paz”, o bispo recebeu diversos prêmios pelo trabalho desenvolvido em defesa dos direitos humanos e por quatro vezes foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz.

Dom Saburdio lembra que dom Hélder era conhecido no mundo todo por se “confundir” com os miseráveis, “estava sempre próximo às pessoas, defendendo a causa dos injustiçados. Ele era alguém que sabia construir um mundo novo, mais fraterno”.

Conhecido também por sua clara opção pelos pobres, dom Hélder Câmara faleceu em 27 de agosto de 1999, aos 90 anos, na casa em que residia em Recife, como arcebispo emérito de Olinda e Recife.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Conselho de Igrejas Cristãs repudia violência contra professores no Paraná; leia a íntegra da nota

Diante dos atos de violência praticados contra professores de Curitiba (PR), na semana passada, 29 de abril, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) emitiu nota de repúdio ao episódio. Com centenas de feridos, os docentes contestavam o projeto de lei que promove mudanças no custeio da Previdência Social dos servidores paranaenses. 

No texto, o Conic expressa "solidariedade aos professores e seus familiares" e ressalta que as "reivindicações desses profissionais são legítimas e merecem o apoio de toda a sociedade". Clique para saber mais e leia a nota na íntegra.

sábado, 2 de maio de 2015

Maio, mês de Maria: a devoção do povo brasileiro nas contas do Santo Rosário


Mês de maio, mês de Maria! Grandes são as manifestações de amor e devoção à Santíssima Virgem Maria, Mãe do povo, que está atenta às suas necessidades e vem ao socorro dos seus. Mãe de grande veneração, que atrai multidões aos seus santuários tanto aqui no Brasil como pelo mundo. Terei a alegria de estar no Santuário de Fátima, em Portugal, para consagrar os jovens da JMJ a Maria, juntamente com o desejo do Santo Padre o Papa Francisco de consagrar a ela seu pontificado.

A oração da Ave Maria, tão bíblica e eclesial ao mesmo tempo, nos situa sempre nesse mistério. Oração de grande beleza, foi sendo proclamada pelo próprio Deus, através do Arcanjo Gabriel: “Ave, cheia de graça! O Senhor esta contigo!” (Lc 1,28), saudação inicial do Mistério da Encarnação, confirmada por Isabel, “Tu és bendita entre as mulheres e é bendito o fruto do teu ventre!” (Lc 1,42) e gerada no coração dos cristãos ao longo dos séculos: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte!”.

Por esta oração entramos na intimidade com a Trindade Santa; é a saudação que dirigimos a Maria, pois foi a oração proferida pelo próprio Deus. Grandes são os benefícios dos fiéis que recorrem a esta Boa Mãe. Muitos santos pregaram que tendo a Salvação do mundo começado pela Ave-Maria, a salvação de cada alma em particular está ligada a esta oração. (São Luís Maria Grignion de Montfort, T.V.D. n 249).

São Bernardo de Claraval nos ensina que “clama Maria com fervor, e ela não deixará de lado a tua necessidade, pois ela é misericordiosa ou, melhor, a mãe da misericórdia”. Essa misericórdia foi buscada pelos fiéis leigos, pelo século XII, que teceram o Rosário, exercício de oração composto por dezenas da mais bela oração – a Ave-Maria – que, como Orvalho do Céu, embeleza um rosal, um campo de rosas.

O Rosário torna-se uma oração de grande estima por parte dos leigos e recomendada constantemente por Papas, como o Papa Beato João Paulo II: “O Rosário é minha oração predileta. Oração maravilhosa! Maravilhosa na simplicidade e na profundidade”. Oração de grande valor diante da Virgem Maria, que aos pastorinhos de Fátima, em 19 de agosto de 1917, recomenda “Quero que continueis a rezar o Terço todos os dias. Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores!”.

N. Senhora do Rosário confiou à S. Domingos,
nosso padroeiro, e à santa Catarina de Sena
a difusão do rosário pelo mundo.
São Luís Maria Grignion de Montfort nos ensina que o Rosário, ou o Santo Terço, eleva-nos ao conhecimento de Jesus Cristo, purifica nossas almas do pecado, torna-nos vitoriosos sobre todos os nossos inimigos e fáceis à prática das virtudes. Este santo ainda nos ensina que para conhecer se uma pessoa é de Deus, é preciso verificar se ela gostar de rezar a Ave-Maria e o Terço, pois quem é de Deus sempre gosta e inspira os outros a rezarem.

Ao contemplarmos os quatro mistérios do Rosário: gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos, contemplamos a vida de Nosso Senhor e a presença discreta, mas atuante, de Maria durante toda a História da Salvação. De fato, sobre o fundo das palavras da Ave-Maria passam diante dos olhos da alma os principais episódios da vida de Jesus Cristo, como nos ensina o Beato João Paulo II. O Rosário é profundamente cristológico, pois nos fala dos mistérios de nossa salvação e é, ao mesmo tempo, contemplativo, junto com Maria. O Papa Francisco esteve já duas vezes em visita a Nossa Senhora na Basílica Romana de Santa Maria Maior, seja no primeiro momento para pedir a Maria pelo seu Pontificado, seja para rezar àquela que “nos ajuda a crescer, a afrontar a vida, a ser livres”. Ele também escolheu iniciar a sua visita ao Brasil com um ato devocional a N. Sra. Aparecida, como ficou claro em sua decisão de vir presidir a Jornada Mundial da Juventude.
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