domingo, 11 de outubro de 2015

Círio de Nazaré 2015 reúne mais de 2 milhões de fiéis pelas ruas de Belém




Cerca de dois milhões de pessoas participaram da 223ª edição do Círio de Nazaré, a maior procissão católica do Brasil, realizada neste domingo (11), em Belém. A romaria começou por volta de 6h, após missa de abertura realizada na Catedral de Belém pelo arcebispo metropolitano Dom Alberto Taveira. Às 11h30, a berlinda chegou à Basília Santuário, após percurso de 3,6 km (veja vídeo acima). Na Basílica, milhares de fiéis estão reunidos para assistir a missa celebrada por Dom Irineu Roman, Bispo Auxiliar de Belém, realizada logo após o fim da procissão.

O trajeto do Círio iniciou em frente à Catedral de Belém, na Praça Frei Caetano Brandão, seguindo para a Praça do Relógio, Av. Portugal, Boulevard Castilhos França, Av. Presidente Vargas e Av. Nazaré até a Praça Santuário.

Durante a procissão, 13 carros acompanham a multidão para que os devotos possam depositar suas promessas, em geral grandes velas ou objetos de cera que simbolizam as graças alcançadas.

Chamados de ex-votos, estes objetos são posteriormente catalogados e passam a integrar o acervo do museu do Círio.

Ao longo da procissão, vários devotos traziam imagens da santa e miniaturas de casas, em agradecimento. Vindo de Teresina (PI), Pedro da Conceição Silva trazia consigo um objeto diferente: um terço gigante, pesando 13 quilos. Ele explica que recorreu à Nossa Senhora após os médicos declararem que sua esposa teria apenas dois anos de vida.

"A minha esposa estava muito doente em Teresina. Os médicos desenganaram e deram no máximo dois anos de vida para ela. Então eu recorri à Nossa Senhora pela saúde da minha esposa e disse que pagaria a promessa aqui em Belém. Eu ofereci esse sacrifício. Participo há 23 anos seguidos, e há 13 anos eu venho com o terço, pagando a promessa".

Outros devotos seguiam o trajeto de joelhos. Cleidiane Maria, 40 anos, veio de Ourém, nordeste do Pará, para cumprir a promessa que fez.

A Corda é um dos grandes símbolos da festa religiosa. Assim como a da Trasladação, tem 400 metros e pesa 600kg. Aproximadamente 7 mil pessoas conduzem a corda que puxa a Berlinda de Nossa Senhora de Nazaré. Sob forte calor, os fiéis seguem agarrados à corda em uma emocionante demonstração de fé.

Pedaços da corda são disputados pelos promesseiros ao fim da procissão. Para que ela não seja rompida antes da chegada da berlinda em seu destido, a arquidiocese de Belém realiza desde 2011 uma campanha pelo não corte antecipado da corda. No entanto, às 9h55, romeiros informaram que a corda foi cortada perto da quinta estação.

A Corda faz parte do Círio desde 1855, quando, por causa de uma forte chuva, a feira do Ver-o-Peso ficou inundada. Na época a berlinda era conduzida por um carro de boi, que não pode passar. A solução foi atar cordas a fim de que os romeiros pudessem desatolar a Berlinda.

Desde o Círio 2004 a diretoria da festa alterou o formato da Corda nas procissões, que deixou de ser em forma de “U” para ser linear. Na Trasladação e Círio de 2014, a Corda continua sendo dividida em núcleos (da Cabeça e da Berlinda) e estações (são cinco, ao todo) com cordões de isolamento feitos pela Guarda de Nazaré e fuzileiros da Marinha do Brasil.

O Núcleo da cabeça da corda, com 11 metros, foi conduzido por cerca 92 pessoas. As cinco estações, cada uma com 6 metros, foram levadas por quase de 50 promesseiros.
Informações: G1

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Sínodo dos Bispos entra na fase de discussão em grupos


Bispos de várias partes do mundo continuam reunidos no Sínodo que acontece no Vaticano desde o último domingo, 4. Na manhã desta quarta-feira, 7, três deles conversaram com a imprensa sobre os trabalhos dos círculos menores, uma discussão em grupos divididos por idiomas.

Presentes na coletiva de hoje Dom Salvador Piñeiro (Peru), Dom Laurent Ulrich (França) e Dom Charles Joseph Chaput (EUA). Mediando a conversa, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.

Dom Ulrich comentou a riqueza de se trabalhar em conjunto, nos círculos menores, sobre um sujeito delicado e completo como a família. “A família nos ajuda a nos confrontarmos com nós mesmos e passar por cima das nossas diferenças.”

Essa harmonia que a discussão em grupos divididos por idiomas proporciona também esteve na fala de Dom Piñeiro, que participa do círculo de língua espanhola. Além desse aspecto, o arcebispo citou a importância dessa colegialidade entre os bispos e do acompanhamento do Santo Padre. “O ambiente fraterno vai ajudar para seguir nas reflexões e voltarmos às igrejas com novos projetos para cuidar da família”.

Dom Piñeiro lembrou que Deus chama o casal para que sejam esposos e pais e a Igreja precisa acompanhar as famílias nesse caminho. Porém, embora haja o consenso de que a família é célula base da sociedade, ainda há espaço para aspectos contrários a isso, como casos de divórcio e aborto. “Temos que apostar no Evangelho de Jesus que é de vida e esperança e pela família”, declarou.

A intervenção de Dom Chaput, dos EUA, na coletiva de hoje recordou o recente Encontro Mundial das Famílias, realizado na Filadélfia em setembro passado. “O objetivo do encontro das famílias era celebrar a vida familiar, os participantes foram embora com mais confiança no futuro”, disse.

Esse encontro mundial, que foi animado também pela presença do Papa Francisco, reuniu famílias do mundo inteiro, que vivem realidades distintas. Essa diversidade de contextos familiares constitui, inclusive, um dos desafios do Sínodo, e não passou despercebida por Dom Chaput. “É importante no Sínodo trabalhar pelos problemas relevantes não só a um país, mas a todos os países (…) Nossa audiência é imensa, temos que ter em conta essa diversidade (…) Temos que ter cuidado com nossa linguagem para não ferir as pessoas, mas também temos que ser fiéis à doutrina da Igreja ”.

Em especial, Dom Chaput recordou o tema do homossexualismo, assunto polêmico que deve ser discutido no Sínodo. “Estou certo de que o tema do homossexualismo será objeto de discussão e espero encontrar palavras que acolham, e não firam”.

As coletivas de imprensa têm sido realizadas diariamente para informar aos jornalistas o andamento do Sínodo. Na conversa de hoje, padre Lombardi acrescentou que os padres sinodais são livres para publicar suas intervenções ou conceder entrevistas à imprensa.

Círio de Nazaré 2015 acontece nesse final de semana e reunirá milhares de fiéis pelas ruas de Belém-PA


Acontecem neste final de semana em Belém, capital do estado do Pará, os tradicional festejos do Círio de Nazaré, maior evento religioso do país e certamente um dos destaques do turismo religioso no Brasil.

Realizado em Belém do Pará há mais de dois séculos, o Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas procissões católicas do Brasil e do mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da capital do Estado, num espetáculo grandioso em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a mãe de Jesus.

No segundo domingo de outubro, a procissão sai da Catedral de Belém e segue até a Praça Santuário de Nazaré, onde a imagem da Virgem fica exposta para veneração dos fiéis durante 15 dias. O percurso é de 3,6 quilômetros e já chegou a ser percorrido em nove horas e quinze minutos, como ocorreu no ano de 2004, no mais longo Círio de toda a história.

Na procissão, a Berlinda que carrega a imagem da Virgem de Nazaré é seguida por romeiros de Belém, do interior do Estado, de várias regiões do país e até do exterior. Em todo o percurso, os fiéis fazem manifestações de fé, enfeitam ruas e casas em homenagem à Santa. Por sua grandiosidade, o Círio de Belém foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.

Além da procissão de domingo, o Círio agrega várias outras manifestações de devoção, como a trasladação, a romaria fluvial e diversas outras peregrinações e romarias que ocorrem na quadra Nazarena.
O domingo do Círio começa com a celebração de uma missa em frente à Catedral metropolitana de Belém, a Sé, às 5h30. Ao término da missa, às 6h30, é iniciada a procissão que percorre as ruas de Belém até a Praça Santuário de Nazaré, em um percurso de 3,6 quilômetros. Em 2004, o trajeto foi cumprido em 9 horas e 15 minutos, sendo registrado como o Círio mais longo de toda a história.

A cada ano, o Círio de Nazaré atrai um número maior de romeiros, reunindo, além dos fiéis de Belém e do interior do Estado, devotos de várias regiões do país e até mesmo visitantes estrangeiros. Durante todo o trajeto feito pela imagem de Nossa Senhora, os devotos fazem diversas manifestações de fé, além de enfeitar as ruas e casas em homenagem à Santa.

Por sua grandiosidade, o Círio de Belém foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como patrimônio cultural de natureza imaterial. Mérito conquistado não só pela Imagem de Nossa Senhora de Nazaré, mas também pelo simbolismo da corda do Círio, que todos os anos é disputada pelos promesseiros que enchem as ruas de Belém de fé e emoção; dos carros de promessas, que carregam as graças atendidas pela Virgem; dos mantos de Nossa Senhora, que a deixam ainda mais linda; da Berlinda, que se destaca na multidão carregando a pequena imagem tão singela e do hino “Vós sois o Lírio Mimoso”, canção que embala os milhares de corações que acompanham o Círio em uma só voz.

Após a grande procissão, a imagem da Virgem fica exposta no altar da Praça Santuário para visita dos fiéis durante 15 dias, período chamado de quadra nazarena.

Curiosidade

O termo “Círio” tem origem na palavra latina “cereus” (de cera), que significa vela grande de cera. Por ser a principal oferta dos fiéis nas procissões em Portugal, com o tempo passou a ser sinônimo da procissão de Nazaré aqui Belém e de muitas outras pelas cidades do interior do Pará.


História da devoção à N. S. de Nazaré

A devoção a Nossa Senhora de Nazaré teve início em Portugal. A imagem original da Virgem pertencia ao Mosteiro de Caulina, na Espanha, e teria saído da cidade de Nazaré, em Israel, no ano de 361, tendo sido esculpida por São José. Em decorrência de uma batalha, a imagem foi levada para Portugal, onde, por muito tempo, ficou escondida no Pico de São Bartolomeu. Só em 1119, a imagem foi encontrada. A notícia se espalhou e muita gente começou a venerar a Santa. Desde então, muitos milagres foram atribuídos a ela.

No Pará, foi o caboclo Plácido José de Souza quem encontrou, em 1700, às margens do igarapé Murutucú (onde hoje se encontra a Basílica Santuário), uma pequena imagem da Senhora de Nazaré. Após o achado, Plácido teria levado a imagem para a sua choupana e, no outro dia, ela não estaria mais lá. Correu ao local do encontro e lá estava a “Santinha”. O fato teria se repetido várias vezes até a imagem ser enviada ao Palácio do Governo. No local do achado, Plácido construiu uma pequena capela.

Em 1792, o Vaticano autorizou a realização de uma procissão em homenagem à Virgem de Nazaré, em Belém do Pará. Organizado pelo presidente da Província do Pará, capitão-mor Dom Francisco de Souza Coutinho, o primeiro Círio foi realizado no dia 8 de setembro de 1793. No início, não havia data fixa para o Círio, que poderia ocorrer nos meses de setembro, outubro ou novembro. Mas, a partir de 1901, por determinação do bispo Dom Francisco do Rêgo Maia, a procissão passou a ser realizada sempre no segundo domingo de outubro.

Tradicionalmente, a imagem é levada da Catedral de Belém à Basílica Santuário. Ao longo dos anos, houve adaptações. Uma delas ocorreu em 1853, quando, por conta de uma chuva torrencial, a procissão – que ocorria à tarde – passou a ser realizada pela manhã.

Evento da Canção Nova reunirá dezenas de milhares de fiéis em São Paulo

Monsenhor Jonas Abib, padre Marcelo Rossi e padre Reginaldo Manzoti, além de conhecidos sacerdotes, pregadores e cantores e músicos católicos já confirmaram presença no Abraça São Paulo, grande evento católico que acontecerá no dia 25 de outubro, domingo, no estádio do Morumbi.

Essa é uma excelente oportunidade para quem desejar compartilhar um dia de muita espiritualidade com sacerdotes tão conhecidos e admirados.

Fundador da comunidade Canção Nova, Monsenhor Jonas Abib inspirou milhares de jovens com suas músicas, pregações a atividades em rádio e tevê.

Padre Marcelo Rossi é sacerdote da Diocese de Santo Amaro, que se tornou conhecido pelas suas celebrações na tevê Globo, músicas e livros, enquanto que o padre Reginaldo Manzoti se tornou conhecido pelas suas atividades de evangelização no rádio e tevê, entre outras.

Além deles, o evento da Canção Nova terá a presença de outros sacerdotes, como os padres Serginho e Adriano Zandoná, Kátia Roldi Zavaris, presidente da Renovação Carismática Católica Nacional, Diácono Nelsinho Corrêa, Salette Ferreira, Eliana Ribeiro, Orlando Junior, Ministério de Música Canção Nova, assim como diversos apresentadores da TV Canção Nova.


A expectativa da comunidade Canção Nova, responsável pela organização do evento, é de que o encontro na capital paulista reúna mais de 60 mil pessoas no Estádio do Morumbi, no bairro do mesmo nome, situado na Zona Sul da capital paulista.

Além de disputas esportivas, o estádio já foi palco de grandes eventos religiosos como o Encontro do Papa João Paulo II com os Operários, em 1980, o “Sou feliz porque sou Católico”, realizado pelo padre Marcelo Rossi em 1997, e os Cenáculos da Renovação Carismática Católica, entre o final da década de 80 e início de 90, que tinham à frente o próprio padre Jonas Abib, fundador da comunidade Canção Nova.O Abraça São Paulo terá como tema “Agindo Deus, quem impedirá?” (Is 43,13), inspirado no livro do profeta Ezequiel: “Porei em vós o Meu Espírito para que revivais” (37, 6b: ).

O evento será realizado das 7h30 às 18h00 do dia 25 de outubro e os portões serão abertos a partir das 06h00. A programação inclui momentos de espiritualidade diversos, como pregação da Palavra, Adoração ao Santíssimo Sacramento, cânticos de louvor e animação, sendo encerrada com a Santa Missa.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Saiba os novos horário de missas e atividades na Paróquia São Domingos


Sínodo dos Bispos: 1º relatório reitera indissolubilidade do matrimônio

Os trabalhos da 14ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos começaram nesta segunda-feira, 5. Na primeira congregação geral, o relator do Sínodo, Cardeal Peter Erdö, apresentou um relatório inicial dividido em três partes, que indica a necessidade de acompanhamento misericordioso às famílias em situações difíceis, porém sem deixar dúvidas quanto à indissolubilidade do matrimônio.

O cardeal húngaro recordou os diversos desafios que as famílias enfrentam hoje, como o problema das injustiças sociais, migrações, salários baixos e violência contra as mulheres. O relatório, porém, ressalta aspectos positivos, como o matrimônio e a família que transmitem valores e oferecem uma possibilidade de desenvolvimento à pessoa humana. “A família é o local onde se aprende a experiência do bem comum”, destaca o documento.

A missão da família nos dias de hoje é o foco da terceira parte do relatório apresentado nesta manhã. Reitera-se a importância da colaboração das famílias cristãs com instituições públicas e na criação de estruturas econômicas para apoiar os que vivem em situações de pobreza. “Toda a comunidade eclesial deve tentar assistir as famílias vítimas de guerras e perseguições”, lê-se no relatório.

Divórcio

Com relação às famílias feridas, referindo-se, em especial, aos casos de separação, o documento destaca que o método de ação deve ser o da misericórdia e acolhimento, sem deixar, porém, de apresentar a verdade clara sobre o matrimônio. Nesse sentido, o documento encoraja, para os divorciados que não se casaram novamente, a criação de centros de aconselhamento diocesanos para ajudar os cônjuges nos momentos de crise, apoiando os filhos, que são vítimas destas situações, e não esquecendo “o caminho do perdão e da reconciliação, se possível”.

Já sobre os divorciados recasados, pede-se uma aprofundada reflexão. “É imperativo um acompanhamento pastoral misericordioso que, no entanto, não deixe dúvidas sobre a verdade da indissolubilidade do matrimônio, como ensinado pelo próprio Jesus Cristo. A misericórdia de Deus oferece ao pecador o perdão, mas exige a conversão”.

O relatório introdutório também menciona e esclarece o chamado “caminho penitencial”, que se refere aos divorciados recasados ??que praticam continência e que, portanto, poderão ter acesso aos sacramentos da Penitência e da Eucaristia, evitando, porém, provocar escândalo.

Homossexualismo

Outro parágrafo é dedicado ao cuidado pastoral das pessoas homossexuais. A orientação é que elas sejam acolhidas com respeito e delicadeza, evitando qualquer sinal de discriminação. O relatório recorda, porém, que não há fundamento algum para assimilar ou estabelecer analogias, sequer remotas, entre as uniões homossexuais e o plano de Deus para o matrimônio e a família.

“É totalmente inaceitável que as Pastores da Igreja sofram pressões nesta matéria e que os organismos internacionais condicionem as ajudas financeiras aos países pobres para a introdução de leis que estabeleçam o ‘matrimônio’ entre pessoas do mesmo sexo”.

Defesa da vida

Os últimos parágrafos do Relatório abordam o tema da vida, reafirmando seu caráter inviolável desde a concepção até a morte natural. Não, portanto, ao aborto, à terapia agressiva, à eutanásia, e sim à abertura à vida como uma exigência intrínseca do amor conjugal. O Cardeal Erdo lembra ainda o grande trabalho da Igreja no apoio às mulheres grávidas, às crianças abandonadas, a quem abortou e às famílias impossibilitadas de curar os seus entes queridos doentes.

Recomenda-se também a promoção da cultura da vida diante da cada vez mais difundida cultura de morte e se sugere um ensino adequado sobre métodos naturais para a procriação responsável. Central também é o incentivo à adoção das crianças, “forma específica de apostolado familiar”.

Palavra do Cardeal Baldisseri

Além do Cardeal Erdo, a primeira Congregação Geral desta Assembleia teve o discurso do Secretário-Geral, Cardeal Lorenzo Baldisseri, que percorreu, em ordem cronológica, o caminho preparatório deste 14º Sínodo ordinário. Ele enfatizou que a família é um tema importante e transversal, que diz respeito não apenas aos católicos, mas a todos os cristãos e à humanidade.

Cardeal Baldisseri saudou os muitos casais presentes no Sínodo, na qualidade de Auditores e Peritos. Entre eles, recordou, há uma presença significativa feminina da qual se espera uma contribuição especial para que o Sínodo possa olhar para a família com o olhar de ternura, atenção e compaixão das mulheres.

Por Canção Nova com Rádio Vaticano

Sínodo para a Família: começam as reflexões no Vaticano, papa afirma: "Sínodo é caminhar juntos", acompanhe


Os trabalhos sinodais tiveram início esta segunda-feira (05/10) com a primeira Congregação Geral. Depois de rezarem a hora média e da saudação do Presidente-delegado, Card. Vingt-Trois, os padres sinodais ouviram o discurso do Santo Padre.

Sínodo é caminhar juntos

Francisco recordou que o Sínodo não é um congresso ou um parlatório, não é um parlamento nem um senado. Mas é um caminhar juntos, com o espírito de colegialidade e de sinodalidade, adotando corajosamente a parresia, o zelo pastoral e doutrinal, a sabedoria, a franqueza e colocando sempre diante dos olhos o bem da Igreja, das famílias.

“O Sínodo é uma expressão eclesial, isto é, a Igreja que caminha unida para ler a realidade com os olhos da fé e com o coração de Deus. O Sínodo se move necessariamente no seio da Igreja e dentro do santo povo de Deus, do qual nós fazemos parte na qualidade de pastores, ou seja, de servidores. Além disso, o Sínodo é um espaço protegido onde a Igreja experimenta a ação do Espírito Santo. No Sínodo, o Espírito fala através da língua de todas as pessoas que se deixam guiar pelo Deus que sempre surpreende, pelo Deus que revela aos pequeninos aquilo que esconde aos sábios e aos inteligentes; pelo Deus que criou a lei e o sábado para o homem e não vice-versa; pelo Deus que deixa as 99 ovelhas para procurar a única ovelha perdida; pelo Deus que é sempre maior do que nossas lógicas e dos nossos cálculos.”

Espírito Santo

Todavia, advertiu o Papa, o Sínodo só poderá ser um espaço da ação do Espírito Santo se os participantes se revestirem de coragem apostólica, de humildade evangélica e de oração confiante:

“A coragem apostólica que não se deixa intimidar nem diante das seduções do mundo, que tendem a apagar do coração dos homens a luz da verdade, substituindo-a com pequenas e temporárias luzes; a humildade evangélica que sabe esvaziar-se das próprias convicções e preconceitos para ouvir os nossos irmãos; humildade que leva a apontar o dedo não contra os outros para julgá-los, mas para estender a mão, para erguê-los sem jamais se sentir superiores a eles”.

Sem ouvir Deus, concluiu o Papa, “todas as nossas palavras serão somente palavras que não saciam nem servem. Sem deixar-se guiar pelo Espírito, todas as nossas decisões serão somente decorações que, ao invés de exaltar o Evangelho, o cobrem e o escondem”.

Por fim, o Pontífice agradeceu a todos que trabalham e trabalharam para a realização do Sínodo, pedindo a intercessão da Sagrada Família para os trabalhos sinodais.

Cardeais Falam sobre o Sínodo

A XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que tem por tema “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo” teve início neste domingo, 4, no Vaticano.

O Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida (SP), falou de suas expectativas para este sínodo em entrevista ao Programa Brasileiro, da Rádio Vaticano: “As expectativas são as melhores. Esta Assembleia sinodal ordinária é a conclusiva da primeira etapa que começamos no ano passado com o mesmo tema: a família. Na primeira etapa, nós tratamos mais dos desafios que a família enfrenta no mundo de hoje. Nesta segunda etapa, a conclusiva, votaremos um documento final que será entregue ao Santo Padre. E dependerá dele o desejo de fazer uso deste documento para publicar uma Exortação pós-sinodal ou não. Cabe ao Santo Padre esta decisão. Nós esperamos continuar aprofundando os desafios, mas procurando dar uma resposta. Primeiro, analisando esses desafios à luz da palavra de Deus, portanto procurando descobrir a missão da família. Depois, procurar mostrar também o caminho da família no mundo de hoje, que é de ser missionária, uma pequena Igreja doméstica, uma Igreja que não se fecha em si mesma, mas que se abre para evangelizar outras famílias, levar a Boa Nova do Evangelho a outras pessoas.”

Dom Damascendo completou: “Que as famílias possam encontrar na palavra final do Sínodo uma luz para viver a sua vocação matrimonial e possa encontrar também uma inspiração para fazer do seu lar uma Igreja doméstica, missionária, que assuma sua responsabilidade com o futuro da Igreja e da sociedade. Esperamos também que leve um conforto e um consolo e uma orientação aos casais que passam por sérias dificuldades.”

O Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer também falou à emissora, e se deteve na relação da mídia com o Sínodo: “Primeiramente, é positivo que a mídia se interesse pelo tema da família e pelo trabalho da Igreja em relação a ela. Seria pior se não se interessasse por nada. Por outro lado, é claro, é preciso ter discernimento e senso crítico em relação às tentativas de eventualmente pautar o Sínodo a partir de certos setores da mídia ou da opinião pública. A mídia certamente levanta questões a partir daquilo que é a vida da sociedade, da cultura do momento. Mas, como o Papa disse, o que nos deve orientar não é simplesmente aquilo que são desejos, mas nossa fidelidade realmente à Palavra de Deus e aos desígnios de Deus sobre a família.”

Dom Odilo lembrou das palavras usadas pelo Papa: “O Sínodo não é um parlamento, disse o Papa, onde se dá a vitória de um sobre o outro. Somos todos discípulos da Palavra de Deus. O trabalho da mídia é importante, mas seria bom se pudesse perceber o trabalho da Igreja.”

O Sínodo acontece até o próximo dia 25. Seu tema é: “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo.”
Rádio Vaticano

É o amor que alimenta a relação, diz Papa às famílias durante o Angelus desse domingo

A abertura do Sínodo sobre a Família foi o tema da reflexão que o Papa realizou antes da oração do Angelus, na Praça São Pedro, neste domingo, 4, na presença de inúmeros fiéis e peregrinos.

Durante três semanas, os padres sinodais refletirão sobre a vocação e a missão da família na Igreja e na sociedade, para um atento discernimento espiritual e pastoral. “Manteremos o olhar fixo em Jesus para identificar as estradas mais oportunas para um empenho adequado da Igreja com as famílias e para as famílias”, disse o Papa Francisco.

Reciprocidade

A liturgia deste domingo, 4, propõe o Livro do Gênesis sobre a complementariedade e reciprocidade entre homem e mulher. O Papa disse que, ao deixarem os pais, os esposos se unem numa só carne e numa só vida, e desta unidade, transmitem a vida a novos seres humanos e se tornam pais.

“Participam da potência criadora de Deus”, disse Francisco, que advertiu: “Mas atenção! Deus é amor, e se participa da sua obra quando se ama com Ele e como Ele. É o amor que alimenta a relação, através das alegrias e das dores, momentos serenos e difíceis. É o mesmo amor com o qual Jesus, no Evangelho deste domingo, manifesta às crianças”.

Francisco rezou para todos os pais e educadores do mundo, assim como toda a sociedade, se façam instrumentos daquele acolhimento e daquele amor com o qual Jesus abraça os pequeninos.

“Penso nas muitas crianças famintas, abandonadas, exploradas, obrigadas à guerra, rejeitadas. É doloroso ver as imagens de crianças infelizes, com o olhar perdido, que fogem da pobreza e dos conflitos, batem às nossas portas e aos nossos corações implorando ajuda. O Senhor nos ajude a não sermos uma sociedade-fortaleza, mas uma sociedade-família, capaz de acolher, com regras adequadas, mas acolher. Acolher sempre, com amor.”

Por fim, o Pontífice pediu a oração dos fiéis pelos trabalhos do Sínodo.

Beatificações

Após a oração mariana, o Papa recordou a beatificação em Santander, na Espanha, de 18 monges trapistas, assassinados por sua fé durante a Guerra Civil Espanhola. “Louvemos ao Senhor por esses testemunhos corajosos e, por sua intercessão, supliquemos que libertem o mundo do flagelo da guerra.”

Guatemala e França

Francisco pediu ainda orações e ajudas concretas às vítimas de um deslizamento de terra na Guatemala e dos temporais na Costa Azul, na França. E saudou de modo especial os peregrinos italianos, que festejam neste domingo São Francisco de Assis, padroeiro do país.
Por Canção Nova com Rádio Vaticano

sábado, 3 de outubro de 2015

Diretor de Imprensa do Vaticano alerta sobre "pressão indevida" sobre o Sínodo dos Bispos

Um gesto “grave” com a finalidade de exercitar uma “indevida pressão midiática” sobre o Sínodo para a família que tem início no domingo (04/10).

A Sala de Imprensa vaticana reage com as palavras do seu Diretor, Padre Federico Lombardi, à entrevista concedida por Mons. Krzystof Charamsa ao jornal italiano Corriere della Sera, na qual o teólogo polonês se declara homossexual e convivente.

"A escolha de usar uma manifestação assim tão clamorosa na vigília da abertura do Sínodo – lê-se na declaração oficial – resulta muito grave e não responsável, porque tem a finalidade de submeter a assembleia sinodal a uma indevida pressão midiática". Por este motivo, prossegue a nota, Mons. Charamsa – "não obstante as situações pessoais e as reflexões em mérito mereçam respeito – não poderá continuar a desempenhar as tarefas precedentes na Congregação para a Doutrina da Fé e as nas Universidades Pontifícias, enquanto outros aspectos da sua situação são de competência do seu ordinário diocesano”.

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