quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Igreja se une em apelo à COP21

Partindo da inspiração na Encíclica do Papa ‘Laudato si’, o Pontifício Conselho da Justiça e da Paz está lançando um apelo em vista da Conferência sobre as Mudanças Climáticas, COP 21, marcada para Paris, de 30 de novembro a 11 de dezembro próximos.

O documento se intitula “Apelo de Cardeais, Patriarcas e Bispos de diversas partes do mundo à COP21” e será apresentado segunda-feira (26/10) aos jornalistas, na Sala de Imprensa da Santa Sé. No início do encontro, haverá a assinatura do Apelo por alguns representantes do Episcopado mundial.

Quem estará presente

Participarão da coletiva os Cardeais Oswald Gracias, Presidente da Federação das Conferências Episcopais Asiáticas (FABC), Arcebispo de Bombaim (Índia); e Rubén Salazar Gómez, Presidente do Conselho Episcopal latino-americano (CELAM), Arcebispo de Bogotá (Colômbia). Também falarão com a imprensa representantes de Associações Continentais de Conferências Episcopais da Oceania e da Europa. Como convidado especial, estará presente o Prof. Jean-Pascal van Ypersele de Strihou, Universidade Católica de Lovaina (Bélgica).

Assista ao vivo

O apelo estará disponível no site da Aliança Internacional de Organizações Católicas de Desenvolvimento, www.cidse.org. 
Por Rádio Vaticano

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

15 de outubro: Dia dos Professores - Aqueles que dedicam uma vida ao futuro de todos nós, parabéns pelo seu dia!


Um semeador saiu a semear a sua semente, e, quando semeava, caiu alguma junto do caminho e foi pisada, e as aves do céu a comeram.

E outra caiu sobre pedra e, nascida, secou-se, pois que não tinha umidade.
E outra caiu entre espinhos, e, crescendo com ela os espinhos, a sufocaram;
E outra caiu em boa terra e, nascida, produziu fruto, cento por um.
Lucas 8:5-8

Neste mês de outubro, comemora-se o Dia dos Professores, momento propício para podermos comparar a tarefa de ensinar à tarefa de semear, mas com uma observação: de que para o bom educador não há solo ruim, e o objetivo é o de semear sempre, com a expectativa de que haverá fruto.

Atualmente, ao professor cabe ser mais que professor, cabe ser educador, o profissional que é sensível o bastante para perceber a riqueza da diversidade humana que está em suas mãos, e tirar o maior proveito possível desta situação, em prol da aprendizagem de todos.

O professor se encanta a cada dia com sua profissão e consegue reconhecer o potencial que cada aluno/aluna tem e que outras pessoas não conseguem.

Quem não se lembra das palavras de estímulo/incentivo que recebeu de um professor ou professora?

Quem não se lembra da sua primeira professora/professor?

Cada professor(a) é único(a) em sua maneira de ensinar, de semear conhecimento/informação e formação em seus alunos e alunas. Cada aula planejada com seriedade, carinho e alegria é um momento impar entre o professor e seus alunos. Faça desses momentos espaços de crescimento, ensine/semeie e aprenda a cada dia e você verá as sementes brotarem.

Se as sementes parecerem não querer brotar re-planeje suas ações, pense no que você quer ensinar, quantas vezes forem necessárias, semeando com amor, respeito, paciência, com fé em seu aluno e em sua aluna e em Deus.

Feliz Dia dos Professores/as/Semeadores/as.
Nilza Mary Rosário

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Arcebispo australiano fala de desafios do Sínodo sobre família


Os riscos de idealizar o matrimônio e a vida familiar. A tarefa de condensar diferentes pontos de vista. A necessidade de uma linguagem renovada e mais amigável para certificar que a mensagem da Igreja seja ouvida. Esses são apenas três dos desafios dos participantes do Sínodo dos Bispos sobre Família nesta terça-feira, 13, nas discussões em grupos, os chamados círculos menores. Os resumos das discussões serão apresentados ao Papa nesta quarta-feira, 14.

Encarregado de apresentar os resultados do grupo de língua inglesa, o arcebispo australiano Mark Coleridge disse que há um real perigo no Sínodo de falar da família de uma forma idealizada ou romantizada e que não tem relação com a realidade da vida das pessoas.

Há uma tendência de olhar para trás, para a “era de ouro da família”, disse o bispo, em que havia uma mãe, um pai e três ou quatro crianças. Mas isso não é uma realidade para muitas pessoas e se o Sínodo não reconhece isso, vai significar simplesmente um bispo falando para o outro de modo incompreensível para outras pessoas.

Dom Mark compara os bispos a “antenas” que precisam ouvir e se envolver com as famílias em todas as suas complexidades. Falando de uma crise na vida familiar, ele disse que “o que realmente está em crise é o nosso próprio, às vezes demasiado estreito, entendimento sobre o que o matrimônio e a família são”.

O arcebispo australiano também comentou como é trabalhar com tantas perspectivas diferentes ganhando voz no Sínodo. “Sentimos que há questões que precisam ser abordadas, análises que precisam ser feitas e decisões que precisam ser tomadas em nível local ou regional”.

Enquanto acredita que os todos os líderes da Igreja são chamados por Deus para promover a verdade que foi revelada, Dom Mark acrescentou que os bispos precisam ter cuidado ao decidir o que pode e o que não pode ser negociado.
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano em inglês

Papa reafirma promessa de nova visita ao Brasil em 2017

O Papa quer manter a sua palavra e voltar ao Brasil em 2017. A promessa feita em julho de 2013, diante dos fiéis em Aparecida, deverá ser cumprida, e foi o próprio Francisco a garanti-lo pessoalmente ao Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis. O cardeal está participando do Sínodo sobre a Família como Presidente Delegado, motivo pelo qual não pode estar em sua arquidiocese, celebrando a padroeira.

“Com muito pesar, estou ausente da celebração da grande festa da nossa padroeira e rainha do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, mas tenho um motivo para justificar a minha ausência: o Papa Francisco me nomeou como um dos Presidentes delegados do Sínodo da Família e por isto estou aqui em Roma, participando do encontro até dia 25. Tive, no entanto, a alegria de participar, e presidir a missa, da comunidade brasileira aqui em Roma, no bairro de Trastevere. Foi uma celebração com uma participação muito grande de brasileiros que vivem em Roma e nos arredores de Roma. Isto me fez, de certo modo, preencher, este sentimento de pesar por não poder participar da celebração de honra e louvor em Aparecida. Estou unido espiritualmente a todos os romeiros, a todos aqueles que estão hoje visitando o Santuário, em peregrinação; estou rezando por todos e pedindo a Deus que, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, que abençoe o nosso Brasil, o nosso povo, que nos dê luzes para podermos seguir o nosso caminho rumo ao crescimento, ao desenvolvimento, sempre na paz e na harmonia, e também na justiça social, onde todos os brasileiros possam usufruir do crescimento e do progresso do nosso país”.

“Estive com o Santo Padre nesta manhã de segunda-feira (12/10) em seu gabinete na Casa Santa Marta, renovando o convite para que ele possa, se Deus assim o permitir, ir novamente ao Brasil, visitar novamente o Santuário da padroeira do Brasil. É claro que o convite é para 2017, quando celebraremos 300 anos do encontro da imagem de Aparecida no Rio Paraíba. O Santo Padre, é claro, deseja ir, como já o manifestou em outras oportunidades. Está distante ainda, não podemos dizer que esta visita é oficial porque não nos cabe dar esta notícia, pois cabe é claro à Santa Sé, à Sala de Imprensa do Vaticano, comunicar a agenda e a programação do Santo Padre, sobretudo em relação às suas visitas ao exterior, mas nós o aguardamos e esperamos que o Santo Padre nos visite em 2017; será realmente uma bênção muito grande para todo o Brasil a sua visita”.

“Eu lhe lembrei que ele havia feito esta promessa lá na Tribuna Papa Bento XVI, quando se despediu da multidão: ‘Até 2017!’. Ele falou ‘Eu sei disso, me recordo desta minha expressão daquele dia e tenho este desejo muito sincero de voltar a visitar Aparecida, sobretudo nesta ocasião dos 300 anos, que é um acontecimento muito especial, muito singular para Aparecida e para todo o Brasil”.
Por Rádio Vaticano

CNBB apoia campanha de resgate às crianças desaparecidas

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil está apoiando, em conjunto com outras entidades, a campanha “Vamos resgatar nossas crianças!”, promovida pelos conselhos Federal (CFM) e Regionais de Medicina (CRMs). O objetivo é colaborar para a elucidação de casos de desaparecimento de crianças, por meio da atuação das autoridades competentes.

No site do CFM é possível cadastrar um desaparecimento e buscar por crianças desaparecidas. São oferecidos formulários online para os dois serviços. O endereço eletrônico também dispõe de dicas para médicos e familiares de como evitar e agir em casos suspeitos de desaparecimento.

De acordo com o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, ligado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, atualmente há 371 casos de desaparecimentos de crianças e adolescentes entre 4 e 15 anos, sendo 204 meninos e 167 meninas. Apenas quatro pessoas foram localizadas. As informações ainda não refletem a realidade, uma vez que o serviço disponibilizado precisa “mapear iniciativas estaduais de registro e divulgação de casos de crianças e adolescentes desaparecidos e, com o apoio das redes de segurança pública e de direitos da criança e do adolescente, registrá-los na base nacional”. Essa ação é necessária para “consolidar uma matriz nacional” de dados a respeito do tema.

De acordo com o CFM, são mais de 250 mil casos de crianças desaparecidas no Brasil. As estatísticas apontam um desaparecimento a cada 15 minutos no país. O tráfico humano, tema da Campanha da Fraternidade de 2014, faz mais de 20 milhões de vítimas no mundo. O principal motivo de fugas e sumiço de menores são os maus-tratos.

Um folder confeccionado pelo CFM apresenta informações de como evitar um desaparecimento, explicando que os pais devem, por exemplo, ensinar à criança o nome completo e o telefone dos responsáveis e a “não aceitar alimento, falar ou sair com estranhos ou pessoas não autorizadas”. Também são indicadas ações de como proceder numa situação, além de abordar a norma da Lei 11259/2005, que prevê a busca imediata pela criança a partir da ocorrência policial.
Por CNBB

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Paróquia se prepara para celebrar São Lucas, evangelista

Nossa paróquia vai celebrar o padroeiro de uma de suas comunidades: São Lucas! Homem de profundo conhecimento e fé inabalável, que ajudou a escrever a história de Cristo através de seu evangelho.

Participe conosco! São Lucas é o padroeiro dos médicos, por isso, nesses dias, vamos rezar por esses profissionais e pela saúde daqueles que estão enfermos.


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida; façamos a consagração à rainha e padroeira do Brasil


Ó Maria Santíssima, pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo, em vossa querida imagem de Aparecida, espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil.

Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis; consagro-vos a minha língua para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-vos o meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas.

Recebei-me, o Rainha incomparável, vós que o Cristo crucificado deu-nos por Mãe, no ditoso número de vossos filhos e filhas; acolhei-me debaixo de vossa proteção; socorrei-me em todas as minhas necessidades, espirituais e temporais, sobretudo na hora de minha morte.

Abençoai-me, o celestial cooperadora, e com vossa poderosa intercessão, fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade.

Assim seja!

domingo, 11 de outubro de 2015

Círio de Nazaré 2015 reúne mais de 2 milhões de fiéis pelas ruas de Belém




Cerca de dois milhões de pessoas participaram da 223ª edição do Círio de Nazaré, a maior procissão católica do Brasil, realizada neste domingo (11), em Belém. A romaria começou por volta de 6h, após missa de abertura realizada na Catedral de Belém pelo arcebispo metropolitano Dom Alberto Taveira. Às 11h30, a berlinda chegou à Basília Santuário, após percurso de 3,6 km (veja vídeo acima). Na Basílica, milhares de fiéis estão reunidos para assistir a missa celebrada por Dom Irineu Roman, Bispo Auxiliar de Belém, realizada logo após o fim da procissão.

O trajeto do Círio iniciou em frente à Catedral de Belém, na Praça Frei Caetano Brandão, seguindo para a Praça do Relógio, Av. Portugal, Boulevard Castilhos França, Av. Presidente Vargas e Av. Nazaré até a Praça Santuário.

Durante a procissão, 13 carros acompanham a multidão para que os devotos possam depositar suas promessas, em geral grandes velas ou objetos de cera que simbolizam as graças alcançadas.

Chamados de ex-votos, estes objetos são posteriormente catalogados e passam a integrar o acervo do museu do Círio.

Ao longo da procissão, vários devotos traziam imagens da santa e miniaturas de casas, em agradecimento. Vindo de Teresina (PI), Pedro da Conceição Silva trazia consigo um objeto diferente: um terço gigante, pesando 13 quilos. Ele explica que recorreu à Nossa Senhora após os médicos declararem que sua esposa teria apenas dois anos de vida.

"A minha esposa estava muito doente em Teresina. Os médicos desenganaram e deram no máximo dois anos de vida para ela. Então eu recorri à Nossa Senhora pela saúde da minha esposa e disse que pagaria a promessa aqui em Belém. Eu ofereci esse sacrifício. Participo há 23 anos seguidos, e há 13 anos eu venho com o terço, pagando a promessa".

Outros devotos seguiam o trajeto de joelhos. Cleidiane Maria, 40 anos, veio de Ourém, nordeste do Pará, para cumprir a promessa que fez.

A Corda é um dos grandes símbolos da festa religiosa. Assim como a da Trasladação, tem 400 metros e pesa 600kg. Aproximadamente 7 mil pessoas conduzem a corda que puxa a Berlinda de Nossa Senhora de Nazaré. Sob forte calor, os fiéis seguem agarrados à corda em uma emocionante demonstração de fé.

Pedaços da corda são disputados pelos promesseiros ao fim da procissão. Para que ela não seja rompida antes da chegada da berlinda em seu destido, a arquidiocese de Belém realiza desde 2011 uma campanha pelo não corte antecipado da corda. No entanto, às 9h55, romeiros informaram que a corda foi cortada perto da quinta estação.

A Corda faz parte do Círio desde 1855, quando, por causa de uma forte chuva, a feira do Ver-o-Peso ficou inundada. Na época a berlinda era conduzida por um carro de boi, que não pode passar. A solução foi atar cordas a fim de que os romeiros pudessem desatolar a Berlinda.

Desde o Círio 2004 a diretoria da festa alterou o formato da Corda nas procissões, que deixou de ser em forma de “U” para ser linear. Na Trasladação e Círio de 2014, a Corda continua sendo dividida em núcleos (da Cabeça e da Berlinda) e estações (são cinco, ao todo) com cordões de isolamento feitos pela Guarda de Nazaré e fuzileiros da Marinha do Brasil.

O Núcleo da cabeça da corda, com 11 metros, foi conduzido por cerca 92 pessoas. As cinco estações, cada uma com 6 metros, foram levadas por quase de 50 promesseiros.
Informações: G1

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Sínodo dos Bispos entra na fase de discussão em grupos


Bispos de várias partes do mundo continuam reunidos no Sínodo que acontece no Vaticano desde o último domingo, 4. Na manhã desta quarta-feira, 7, três deles conversaram com a imprensa sobre os trabalhos dos círculos menores, uma discussão em grupos divididos por idiomas.

Presentes na coletiva de hoje Dom Salvador Piñeiro (Peru), Dom Laurent Ulrich (França) e Dom Charles Joseph Chaput (EUA). Mediando a conversa, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.

Dom Ulrich comentou a riqueza de se trabalhar em conjunto, nos círculos menores, sobre um sujeito delicado e completo como a família. “A família nos ajuda a nos confrontarmos com nós mesmos e passar por cima das nossas diferenças.”

Essa harmonia que a discussão em grupos divididos por idiomas proporciona também esteve na fala de Dom Piñeiro, que participa do círculo de língua espanhola. Além desse aspecto, o arcebispo citou a importância dessa colegialidade entre os bispos e do acompanhamento do Santo Padre. “O ambiente fraterno vai ajudar para seguir nas reflexões e voltarmos às igrejas com novos projetos para cuidar da família”.

Dom Piñeiro lembrou que Deus chama o casal para que sejam esposos e pais e a Igreja precisa acompanhar as famílias nesse caminho. Porém, embora haja o consenso de que a família é célula base da sociedade, ainda há espaço para aspectos contrários a isso, como casos de divórcio e aborto. “Temos que apostar no Evangelho de Jesus que é de vida e esperança e pela família”, declarou.

A intervenção de Dom Chaput, dos EUA, na coletiva de hoje recordou o recente Encontro Mundial das Famílias, realizado na Filadélfia em setembro passado. “O objetivo do encontro das famílias era celebrar a vida familiar, os participantes foram embora com mais confiança no futuro”, disse.

Esse encontro mundial, que foi animado também pela presença do Papa Francisco, reuniu famílias do mundo inteiro, que vivem realidades distintas. Essa diversidade de contextos familiares constitui, inclusive, um dos desafios do Sínodo, e não passou despercebida por Dom Chaput. “É importante no Sínodo trabalhar pelos problemas relevantes não só a um país, mas a todos os países (…) Nossa audiência é imensa, temos que ter em conta essa diversidade (…) Temos que ter cuidado com nossa linguagem para não ferir as pessoas, mas também temos que ser fiéis à doutrina da Igreja ”.

Em especial, Dom Chaput recordou o tema do homossexualismo, assunto polêmico que deve ser discutido no Sínodo. “Estou certo de que o tema do homossexualismo será objeto de discussão e espero encontrar palavras que acolham, e não firam”.

As coletivas de imprensa têm sido realizadas diariamente para informar aos jornalistas o andamento do Sínodo. Na conversa de hoje, padre Lombardi acrescentou que os padres sinodais são livres para publicar suas intervenções ou conceder entrevistas à imprensa.

Círio de Nazaré 2015 acontece nesse final de semana e reunirá milhares de fiéis pelas ruas de Belém-PA


Acontecem neste final de semana em Belém, capital do estado do Pará, os tradicional festejos do Círio de Nazaré, maior evento religioso do país e certamente um dos destaques do turismo religioso no Brasil.

Realizado em Belém do Pará há mais de dois séculos, o Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas procissões católicas do Brasil e do mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da capital do Estado, num espetáculo grandioso em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a mãe de Jesus.

No segundo domingo de outubro, a procissão sai da Catedral de Belém e segue até a Praça Santuário de Nazaré, onde a imagem da Virgem fica exposta para veneração dos fiéis durante 15 dias. O percurso é de 3,6 quilômetros e já chegou a ser percorrido em nove horas e quinze minutos, como ocorreu no ano de 2004, no mais longo Círio de toda a história.

Na procissão, a Berlinda que carrega a imagem da Virgem de Nazaré é seguida por romeiros de Belém, do interior do Estado, de várias regiões do país e até do exterior. Em todo o percurso, os fiéis fazem manifestações de fé, enfeitam ruas e casas em homenagem à Santa. Por sua grandiosidade, o Círio de Belém foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.

Além da procissão de domingo, o Círio agrega várias outras manifestações de devoção, como a trasladação, a romaria fluvial e diversas outras peregrinações e romarias que ocorrem na quadra Nazarena.
O domingo do Círio começa com a celebração de uma missa em frente à Catedral metropolitana de Belém, a Sé, às 5h30. Ao término da missa, às 6h30, é iniciada a procissão que percorre as ruas de Belém até a Praça Santuário de Nazaré, em um percurso de 3,6 quilômetros. Em 2004, o trajeto foi cumprido em 9 horas e 15 minutos, sendo registrado como o Círio mais longo de toda a história.

A cada ano, o Círio de Nazaré atrai um número maior de romeiros, reunindo, além dos fiéis de Belém e do interior do Estado, devotos de várias regiões do país e até mesmo visitantes estrangeiros. Durante todo o trajeto feito pela imagem de Nossa Senhora, os devotos fazem diversas manifestações de fé, além de enfeitar as ruas e casas em homenagem à Santa.

Por sua grandiosidade, o Círio de Belém foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como patrimônio cultural de natureza imaterial. Mérito conquistado não só pela Imagem de Nossa Senhora de Nazaré, mas também pelo simbolismo da corda do Círio, que todos os anos é disputada pelos promesseiros que enchem as ruas de Belém de fé e emoção; dos carros de promessas, que carregam as graças atendidas pela Virgem; dos mantos de Nossa Senhora, que a deixam ainda mais linda; da Berlinda, que se destaca na multidão carregando a pequena imagem tão singela e do hino “Vós sois o Lírio Mimoso”, canção que embala os milhares de corações que acompanham o Círio em uma só voz.

Após a grande procissão, a imagem da Virgem fica exposta no altar da Praça Santuário para visita dos fiéis durante 15 dias, período chamado de quadra nazarena.

Curiosidade

O termo “Círio” tem origem na palavra latina “cereus” (de cera), que significa vela grande de cera. Por ser a principal oferta dos fiéis nas procissões em Portugal, com o tempo passou a ser sinônimo da procissão de Nazaré aqui Belém e de muitas outras pelas cidades do interior do Pará.


História da devoção à N. S. de Nazaré

A devoção a Nossa Senhora de Nazaré teve início em Portugal. A imagem original da Virgem pertencia ao Mosteiro de Caulina, na Espanha, e teria saído da cidade de Nazaré, em Israel, no ano de 361, tendo sido esculpida por São José. Em decorrência de uma batalha, a imagem foi levada para Portugal, onde, por muito tempo, ficou escondida no Pico de São Bartolomeu. Só em 1119, a imagem foi encontrada. A notícia se espalhou e muita gente começou a venerar a Santa. Desde então, muitos milagres foram atribuídos a ela.

No Pará, foi o caboclo Plácido José de Souza quem encontrou, em 1700, às margens do igarapé Murutucú (onde hoje se encontra a Basílica Santuário), uma pequena imagem da Senhora de Nazaré. Após o achado, Plácido teria levado a imagem para a sua choupana e, no outro dia, ela não estaria mais lá. Correu ao local do encontro e lá estava a “Santinha”. O fato teria se repetido várias vezes até a imagem ser enviada ao Palácio do Governo. No local do achado, Plácido construiu uma pequena capela.

Em 1792, o Vaticano autorizou a realização de uma procissão em homenagem à Virgem de Nazaré, em Belém do Pará. Organizado pelo presidente da Província do Pará, capitão-mor Dom Francisco de Souza Coutinho, o primeiro Círio foi realizado no dia 8 de setembro de 1793. No início, não havia data fixa para o Círio, que poderia ocorrer nos meses de setembro, outubro ou novembro. Mas, a partir de 1901, por determinação do bispo Dom Francisco do Rêgo Maia, a procissão passou a ser realizada sempre no segundo domingo de outubro.

Tradicionalmente, a imagem é levada da Catedral de Belém à Basílica Santuário. Ao longo dos anos, houve adaptações. Uma delas ocorreu em 1853, quando, por conta de uma chuva torrencial, a procissão – que ocorria à tarde – passou a ser realizada pela manhã.
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