A Família
Dom Félix de Gusmão e Dona Joana de Aza formaram um casal feliz. Seus filhos Antonio, Mares e Domingos são o melhor testemunho de vida conjugal que Deus chamou a Seu santo serviço. Antonio foi sacerdote e dedicou sua vida ao serviço dos pobres e doentes num hospital. Domingos, o caçula da família, também foi escolhido por Deus para ser sacerdote da Diocese de Osma, e Pai e Fundador da grande Família Dominicana. Manes seguiu os passos de seus irmãos. Vestiu o hábito de irmão pregador e se dedicou ao anúncio da Palavra de Deus.
A mãe tem um sonho que revela a missão de São Domingos
Dona Joana era uma mulher muito querida por ser compassiva e generosa com os pobres e necessitados.
Contra a tradição que Dona Joana, quando grávida de Domingos, certa noite sonhou que dava à luz um cachorro branco e preto que segurava na boca uma tocha, com a qual ia incendiando o mundo por onde passava. Preocupada com um sonho tão singular, foi visitar o mosteiro de São Domingos de Silos, próximo a Caleruga, e pediu ao monge que fizesse a interpretação daquele sonho. Na intimidade de sua oração, ouviu a seguinte resposta: “Seu filho será um fervoroso pregador do Evangelho e com sua palavra atrairá muitos à conversão e alertará os pastores da Igreja contra seus inimigos”.
Esta resposta tranqüilizou Dona Joana, que esperou pelo tempo em que o Senhor cumpriria o Seu desígnio. Por isso, os escultores e pintores representam São Domingos de Gusmão acompanhado de um cão com uma tocha na boca, com uma significativa legenda: “Domini canis”, isto é “Cães do Senhor”.
O batismo
O menino do sonho misterioso nasceu a 24 de junho de 1170. Foi batizado na Igreja paroquial de São Sebastião de Caleruega e, em gratidão a São Domingos de Silos, seus pais lhe puseram o nome de Domingos.
Durante a cerimônia do Sacramento do Batismo, sua mãe viu uma luz à frente do menino, com um resplendor extraordinário. Desde então, essa luz nunca mais deixou de iluminar seu rosto. Depois de cinqüenta anos, irmã Cecília Romana, discípula de São Domingos, escreveu: “De sua face saía certo resplendor que seduzia a todos e arrastava-os ao seu amor e reverência”. Esta maravilhosa graça é representada por uma estrela na testa de Domingos; por isso, a liturgia dominicana canta: “Oh! luz da Igreja, doutor da verdade…pregador da graça…”
Milagre do vinho
Joana era muito compreensiva…vendo a miséria dos pobres, doava muito de seus bens, distribuía também vinho de um certo tonel…Nestas circunstâncias, chega Dom Félix, cansado…Dona Joana não tem uma gota de vinho para oferecer ao seu esposo, pois tinha dado tudo aos pobres. Naquele momento, lembra-se da maravilhosa passagem bíblica das Bodas de Caná da Galiléia e, tomando o menino Domingos nos braços, prostra-se em oração. Deus escuta seus pedidos e premia sua caridade, fazendo aparecer vinho no tonel…e logo veio o elogio do velho espanhol: “Dona Joana, que vinho tão saboroso!”
Do livro "Nas pegadas de São Domingos de Gusmão". Ir. Maria Izabel Coenca.
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