São Domingos de Gusmão e o Rosário
Quando a tentação envolve os irmãos nas dúvidas sobre a sua vocação, Maria lhes alcança o dom da perseverança; abençoa o dormitório e cuida do sono. Quando surgem as necessidades Nossa Senhora as provê e serve; não permite nunca que lhes falte o pão de cada dia, e no ministério da pregação, assiste-lhes manifestamente.
Domingos, em suas horas de encontro filial com a Mãe de Deus, sente a feliz inspiração de orar com o Evangelho. Assim nasceu a oração do Evangelho do Rosário, centrado no mistério do Verbo Encarnado. Para combater os cátaros, Domingos lê um determinado acontecimento do Evangelho, comenta, convida à reflexão e conclui com a recitação da Ave-Maria. Por isso, acertadamente, é chamado de Rosário: “Compêndio de todo o Evangelho”.
Evangelização ardente, com o exemplo de oração e de pobreza heróica do pregador, revelam seu amor ao Salvador e às almas; uma palavra que se dirige a todos: aos bons cristãos para melhorá-los na sua vida espiritual mais profunda e uma ação mais generosa; a dos hereges para abordá-los de frente, iluminar suas mentes e conduzi-los de novo a Cristo Ressuscitado”.
Enfermidade e morte de São Domingos de Gusmão
Domingos passa os dias e as noites em claro; entretanto, sua enfermidade avança…Domingos…pediu de imediato que ao falecer fosse levado ao convento de São Nicolau, porque queria ser sepultado junto com seus irmãos…em nenhum momento a febre e a dor mudaram a expressão de seu rosto, sempre sereno, sorridente e alegre.
Na aflição e o pranto dos irmãos comovem Domingos e lhe arrancam palavras de consolo: “Não choreis; eu serei mais útil para vocês depois da morte, mais do que em vida”.
Frei Rodolfo está à cabeceira de Domingos, e com uma toalha vai secando o suor mortal de seu rosto. De repente, Domingos murmura: “Comecem”. Os irmãos recitam o Credo; logo as orações rituais da encomendação da alma, e quando invocam: “Vinde em sua ajuda, Santos de Deus. Acudi-o, anjos do Senhor. Recebe a sua alma na presença do Altíssimo, Domingos morre na doce serenidade dos justos. Era tarde de 6 de agosto de 1221.
Na noite de 23 de maio de 1233, os irmãos se reuniram em torno do túmulo…Então, em presença de uma verdadeira multidão, os Irmãos…finalmente abriram o caixão. A cada etapa, um perfume maravilhoso, misterioso se espalhava por toda a Igreja.
Algum tempo depois, um pedido de canonização de Domingos foi apresentado pelo Bispo, pela universidade e a comunidade de Bolonha…a 3 de julho de 1234,..Gregório IX proclamou a santidade de Domingos.
De "Nas pegadas de São Domingos de Gusmão" Ir. Maria Izabel Coenca. Ed. Palavra e prece. 2008, e "São Domingos" por Simon Tugwell. Editions Du signe.
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